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  • Posse: 17/07/2007 - (3º ocupante)
  • Fundador: Mário Savelli
  • Patrono: São João Bosco
  • Antecessor: Samoel Atlas

Acadêmico

 

37 José Luiz Gomes do Amaral c72d2

JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL - nasceu em São Paulo - Capital no dia 24 de fevereiro de 1950. Filho de Helder Ourique do Amaral, açoriano, de Angra do Heroísmo e Yara Benedicta Gomes do Amaral, paulistana.

 

Formação:

Conclui o Ginásio no Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo e o Colegial, no Instituto Estadual de Educação Professor Alberto Levi.

Em 1971, os exames vestibulares o levam à Escola Paulista de Medicina, onde transcorre a maior parte de sua existência. Dá-lhe aquela Casa a formação médica, a formação docente e humanista.

Gradua-se médico em 1976, especialista em Anestesiologia 1978 e ingressa na carreira Docente, em 1980. Busca qualificação em Medicina em Estrasburgo, na Faculdade de Medicina Louis Pasteur, retornando em 1984, para chefiar o Setor de Terapia Intensiva da EPM, cargo que ocupa durante 2 décadas, até 2004.

Em 1991, acede ao cargo de Professor Titular. Serve esta instituição em diferentes posições, notadamente na Diretoria Clínica do Hospital São Paulo, nos anos 90 e, em 2011 e 2012, como Pró-Reitor de Planejamento.

É membro de bancas em 16 concursos para Professor Titular, 17 em Livre-Docência, 66 em Doutorados e 49 em Mestrado. Orienta 27 tese de pós-graduação stricto senso, publica 53 artigos completos e 144 resumos em periódicos científicos, 73 capítulos e edita 16 livros.

Expressa-se ainda publicamente em 110 editoriais e em mais de 950 conferências, mesas redondas e painéis.

 

Em  sua vida enquanto médico:

Dedica-a à Universidade, onde divide prática clínica e docência, bem como à “Corporação” Médica.

Na Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo, onde foi membro da Comissão Científica e Vice-Presidente;

Na Sociedade Brasileira de Anestesiologia, onde presidiu a Comissão de Ensino e Treinamento;

Na Sociedade Paulista de Terapia intensiva, onde foi Secretario;

Na Associação Brasileira de Medicina Intensiva, membro da Comissão de Formação do Intensivista;

Nas Associações Médica Brasileira e Paulista de Medicina, como Presidente eleito em cada uma delas, por duas gestões consecutivas.

Envolve-se na aproximação dos Países Lusófonos e com a fundação da Comunidade Médica de Língua Portuguesa. Não foram poucas as ações de colaboração em que participa, no Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde.

A WMA, organização que congrega 9 milhões de médicos em Associações Nacionais de mais de 100 Países, serviu-a 7 anos consecutivos em cargos de Direção.

É membro de seu Conselho, Chairman do Comitê de Assuntos Médicos Associativos e tem a honra de, assumir sua Presidência, em 2011.

Assim, durante quase 20 anos, José Luiz Gomes do Amaral tem vivido as Sociedades Médicas, nas Especialidades que exerce, no Estado e no País, e, em instituições internacionais, a realidade da Profissão Médica.

Assumiu posições de representação acrescentando aos próprios sentidos as impressões do coletivo, trazendo nitidez e força às diferenças e às semelhanças. Fez entender as desigualdades que caracterizam as tantas populações que assistimos, reconhecendo que o desafio maior de nossos dias, é estender a milhões de excluídos do Progresso, os benefícios da Ciência Médica.

Ao lado do pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Secção do Conselho Federal de Medicina do Brasil, José Luiz Gomes do Amaral é registrado médico na Secção Norte, no Porto, na Ordem dos Médicos de Portugal;

É associado à Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, à European Society of Critical and Intensive Care Medicine e outras.

É sócio Honorário da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais;

Titular Honorário Nacional do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sócio Emérito da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica.

Em 2002, José Luiz Gomes do Amaral é eleito Titular da Academia de Medicina de São Paulo e passa ocupar a Cadeira no 23, patronímica de Gil Soares Bairão e, em 2014, é eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, para a cadeira no 48, patronímica de Márcio Philaphiano Nery.

José Luiz Gomes do Amaral, “Memorial apresentado à Academia Nacional de Medicina”, 2014, Rio de Janeiro. 

Acadêmico anterior


Posse: 27/09/1990 - (2º ocupante)


Samoel Atlas(1925-2006)Samoel Atlas nasceu na cidade de São Paulo, no bairro do Brás, em 1o de dezembro de 1925. Era filho de George Mitchel Atlas e de Salwa Salama Atlas, jornalistas oriundos da Síria. Sua mãe tornou-se uma importante mulher árabe que revolucionou a comunicação na imigração; reivindicou a independência da Síria em suas notáveis publicações, além de escrever belos poemas. Um deles era muito especial para Samoel Atlas. Certa feita fez questão de recitá-lo e acabou se emocionando ao relembrar sua querida mãe.

Samoel Atlas fez seus primeiros estudos no Grupo Escolar Romão Puigari, situado à Avenida Rangel Pestana, no bairro do Brás. Em sua infância conviveu com imigrantes italianos que muito o estimularam no estudo de diversas línguas. Completou o curso secundário no Colégio Paulistano em 1945 e ingressou na Escola Paulista de Medina (EPM), hoje, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1947, graduando-se em 16 de dezembro de 1953.

Seu professor de anatomia patológica, Jorge Michalany1, refere que “seu primeiro contato com Samoel Atlas se deu em 1950. Ele se distinguia por ser um bom aluno e, tal como ele (Michalany), um romântico pela EPM. O prestígio de Atlas com a diretoria e o Ministério da Educação era extraordinário, a ponto de conseguir instalar na EPM uma agência do Banco do Brasil, o que facilitava a atividade financeira dos docentes e estudantes. Ademais, foi ele quem batizou o salão de barbeiro como Al Fígaro, que eu (Michalany), depois mudei para Il Fígaro. Quando estudante imitava com perfeição os professores, principalmente Jairo Ramos2, José Maria de Freitas e até eu (Michalany) no quadro negro”.

Samoel Atlas casou-se com Elza Maria Orfali Atlas com teve dois filhos: Carlos Daniel Atlas e George Miguel Atlas Neto.

Após sua formatura especializou-se em ortopedia, estagiando no Pavilhão Fernandinho Simonsen da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, do qual, após 13 anos, tornou-se chefe. Optou pela carreira universitária, tornando-se assistente da EPM. Após concursos obteve o título de doutor e, por defesa de tese, a condição de docente-livre e titular de ortopedia e traumatologia da EPM.

Fez viagens de aprimoramento e pesquisas no exterior. Esteve em 1960 na Universidade de Cornell, em Nova Iorque (EUA), bem como na Universidade Mac Gill em Toronto (Canadá). Em 1963, por concessão do Conselho Britânico, estagiou no Nuffield Institute of Orthopaedics da Universidade de Oxford, chefiado pelo renomado professor Joseph Trueta Raspal, onde tiveram início suas pesquisas sobre pé torto congênito; e, em Londres, entre 1963 e 1964, no Royal National Orthopaedic Hospital, no serviço do professor Herbert Seddon.

Entre suas atividades médicas, Samoel Atlas pesquisou sobre a vascularização dos ossos em embriões e fetos humanos. Publicou inúmeros trabalhos e participou de diversos congressos nacionais e internacionais, tendo representado o Brasil no exterior. Em 1972, em visita à Síria e ao Líbano, apresentou seus trabalhos na Universidade Americana de Beirute (Líbano), após ter participado do Congresso Internacional de Ortopedia realizado em Tel-Aviv (Israel), onde presidiu a sessão sobre pé torto congênito. Nesse evento, seu trabalho foi considerado a mais importante contribuição à pesquisa referente a essa patologia.

Participou também do Congresso Internacional de Ortopedia realizado em Kyoto (Japão), quando apresentou três trabalhos de pesquisa, sendo um deles em japonês.

Samoel Atlas, outrossim, dedicou-se a instituições humanitárias como o Lar Escola São Francisco, Instituto de Reabilitação e Fisioterapia ligado à Unifesp, sendo seu diretor de 1993 a 1995; e a Apae – Associação dos Pais de Amigos dos Excepcionais de São Paulo. Pertenceu ao Esporte Club Sírio, sendo o 2o secretário em 1957, na gestão de Eduardo Salem.

Samoel Atlas teve diversas publicações literárias, particularmente de cunho histórico e filológico. Proferiu inúmeras conferências e palestras sobre variegados temas, destacando-se particularmente sobre a história da Mesopotâmia; origem da escrita e da gramática, assim como religiões e crenças.

Ingressou na augusta Academia de Medicina de São Paulo 31 de março de 1978, tornando-se membro emérito desse silogeu. Foi o primeiro ocupante da cadeira no 2 sob a patronímica de Octávio de Carvalho (1891-1973), fundador da EPM. Ingressou também, em 27 de setembro de 1990, como o segundo ocupante da cadeira no 37 da ínclita Academia Cristã de Letras sob a patronímica de São João Bosco (1815-1888).

Samoel Atlas dedicou grande parte de sua vida ao aprendizado de suas origens e, posteriormente, sem recompensa, ao ensino de tudo o que aprendera. Tornou-se um dos mais diletos filhos da comunidade árabe no Brasil. Fazendo jus ao seu sobrenome, foi reconhecido pela sua dedicação e pela sua prodigiosa inteligência. Seu curriculum vitae compreendia 3 volumes, totalizando 800 páginas!!! Era poliglota e falava nada menos do que dez idiomas, dominando sobremodo o árabe, inglês, francês, espanhol, italiano, alemão e o japonês. Falava razoavelmente o russo, húngaro e o gaulês, alem de algumas sentenças em chinês. Deliciava-se ao imitar o modo de falar português dos sírio-libaneses, italianos e húngaros.

Samoel Atlas ingressou na Comissão de Ética Médica da Unifesp em 1992 e trabalhou nessa instituição de ensino até 1995, quando atingiu o limite de idade de 70 anos, sendo compulsoriamente aposentado. Tornou-se um dileto aluno da Unifesp. Certa feita, num banquete, diversos colegas prestaram-lhe homenagem.

Jorge Michalany assim se exprimiu: “As Santas Casas das Misericórdias têm por tradição conferir o título de Irmão Benemérito aos cidadãos que a elas muito se dedicaram. E, a meu ver, as universidades deveriam fazer isso também, concedendo, além do tradicional título In Honoris Causa, também o título de Doutor Benemérito. Você, Atlas, é uma instituição da Escola Paulista de Medicina. O simples fato de reviver com suas incomparáveis imitações a história dessa Escola lhe daria o direito de receber o título de Doutor Benemérito. Você, Atlas, possui a arte do espírito e da frase”.

Samoel Atlas destacou-se como médico, pesquisador, historiador, filólogo e filantropo. Faleceu na cidade de São Paulo aos 80 anos, em 6 de julho de 2006. Eis algumas das palavras que o arquiteto Rubens Anauate, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Club Homs e diretor do Conselho Ortodoxo da Cidade de São Paulo, consignou por ocasião do seu passamento:

“Drumond chamou de eterno ‘tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata’. (...).
Feliz daquele que conviveu com Samoel ainda que por alguns momentos:

Se aluno, aprendeu acima do esperado.
Se paciente, encontrou a solução e a cura.
Se parente, recebeu orientação e afeto.
Se amigo, sentiu lealdade e dedicação.
Se parceiro de negócios: A retidão e a honradez.
Samoel venceu todos os desafios, jamais sucumbiu ou esmoreceu.
(...).

O brilho intenso que vem do céu, Samoel forjou aqui, entre nós; não lhe bastou ser médico, ensinou a ser médico, levou seu saber aos cantos do mundo, na língua de cada um; surpreendeu sempre, visitou o passado à procura da origem dos nossos nomes; contou às famílias do Homs detalhes de suas próprias e ricas histórias; escreveu, leu, estudou, jamais sonegou o conhecimento; mascate da cultura de porta em porta; arauto da palavra definitiva.

Agora, Samoel, o ‘eterno’ de Drumond faz todo o sentido!”


1Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
2Nota: Jorge Michalany foi membro titular e emérito da cadeira no 6 da Academia de Medicina de São Paulo sob a patronímica de Nagib Faris Michalany.
3Nota: Jairo de Almeida Ramos presidiu a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo num mandato anual entre 1939-1940, sendo honrado com a patronímica da cadeira no 75 desse silogeu.

Fundador

 


Posse: 26/11/1977 - (1º ocupante)


Mario Savelli 91afeMÁRIO SAVELLI nasceu aos 10 de outubro de 1909, em São Carlos, Estado de São Paulo. Vem ainda criança para a Capital, onde faz seus estudos. Luta a Revolução Constitucionalista de 32. Gradua-se engenheiro civil pela Escola de Engenharia Mackenzie e, em Filosofia, na Faculdade Paulista de Letras e Filosofia da Universidade de São Paulo.

Graças à sua sólida qualificação técnica, percorre, na Light and Power Company (atual Eletropaulo) trajetória notável: engenheiro chefe das obras de retificação do rio Pinheiros e da usina Henry Borden de Cubatão; engenheiro–residente no alteamento da barragem de Lages, desvio Paraíba-Piraí, barragem Santa Cecília e usina hidroelétrica Nilo Peçanha, no Rio de Janeiro; assume as chefias do departamento de engenharia civil, de concessões, divulgação e relações oficiais.

Mário Savelli casa com Ignez Josephina Droguetti e têm dois filhos: Alfredo Mário Savelli e Adolfo Bolivar Savelli, ambos engenheiros.

Seja nas associações profissionais, seja em outros setores da estrutura social, Savelli dedicou-se à profissão e ao bem comum com denodo: durante 15 anos como Conselheiro e Diretor de Cultura do Instituto de Engenharia; foi membro da Sociedade Mineira Engenheiros, presidiu o capítulo brasileiro da American Society of Civil Engineers, foi membro da Sociedade Brasileira de Cartografia, da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas, da Associação Brasileira de Normas Técnicas e da Sociedade Rural Brasileira; foi eleito e reeleito presidente da Associação dos Antigos Alunos do Mackenzie, da Sociedade Amigos da Cidade, diretor, vice-presidente, orador oficial, 1o secretário e sócio grande benemérito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; membro do Ateneu Paulista de História; da Sociedade Brasileira de Geografia (do Rio de Janeiro); sócio honorário da Sociedade Geográfica Brasileira; conselheiro da Sociedade de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais; do Instituto Pioneiros da Aeronáutica; do Instituto Genealógico Brasileiro; diretor do Centro de Estudos Euclidianos de São Paulo e (tesoureiro) da União Brasileira de Escritores. Teve intensa e rica vida rotariana. São de sua lavra centenas de trabalhos e publicações de vulto, conferências, palestras e outras intervenções de cunho técnico no campo da engenharia e cultural.

Sua imensa contribuição é reconhecida nas inúmeras homenagens que recebeu. Destacam-se entre elas as condecorações Marechal Rondon, Imperatriz Leopoldina, Patriarca José Bonifácio, Constitucionalista 9 de julho/MMDC, Couto de Magalhães, Alexandre de Gusmão, Dom Pedro I e Pedro II (estas três do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo), Euclides da Cunha, Cruz do Anhembi, Colar D. Pedro I, Colar João Ramalho, Ordem das Cinco Estrelas (da Sociedade Brasiliera de Geografia), Ordem do Ipiranga (do Governo do Estado de São Paulo), Pero Vaz Caminha, Cidadão Paulistano (da Câmara Municipal de São Paulo), Martin Afonso, Ana Nery, Amigo da Marinha...

Mario Savelli foi o primeiro ocupante da Cadeira no 37 da Academia Cristã de Letras e, em 1983, assume a Presidência desta Casa.

Em abril de 1989, deixa-nos Mario Savelli.

Alfredo Mário Savelli, comunicação pessoal.

Patrono

 

Joao Bosco(1815-1888)Giovanni Melchior Bosco nasceu em Becchi, norte da Itália, aos 16 de agosto de 1815. Filho de Francesco Bosco e Margherita Occhiena vive infância de grandes provações, órfão já aos dois anos de idade. Da mãe camponesa, iletrada, mas sábia, recebe educação cristã, firme e serena. Desde cedo define os objetivos centrais de sua existência e neles perseverou. Dizia Giovanni Bosco, ainda criança "Quando crescer quero ser sacerdote para cuidar dos meninos. Os meninos são bons; se há maus é porque não há quem cuide deles".

Inicia seus estudos aos 13 anos e, da escola de Castelnuovo D'Asti ao seminário de Chieri, é ordenado em 1841. Transfere-se sacerdote para Turin onde dedica sua atenção à catequese e educação de jovens pobres, obra cristalizada no Oratório de São Francisco de Sales que, em 1846 instala definitivamente no bairro de Valdocco.

No oratório de Valdocco, de seus sonhos à transformação das duras circunstâncias daqueles tempos, Dom Bosco construiu, tijolo a tijolo, os sólidos alicerces da primeira casa Salesiana. Sob esse teto, em sua doutrina, sobressaem-se seguidores: o jovem Santo Domenico Sávio, seu inspirador. Sua prematura morte faz ver a Dom Bosco sua própria finitude e o risco de interrupção de sua missão. Percebe com clareza a imperiosa necessidade de constituição de uma Congregação que lhe desse continuidade. O valor de seu trabalho é reconhecido pelo Papa Pio XI. Com sua anuência e a adesão de sacerdotes, seminaristas e leigos Dom Bosco constitui a Sociedade de São Francisco de Sales em 18 de dezembro de 1859. Três anos depois, os primeiros salesianos fazem votos religiosos.

Dos oratórios, os salesianos passam a se dedicar também aos colégios e escolas. Em 1875, vêm para a América do Sul os primeiros missionários salesianos e por determinação de Dom Bosco é fundado em Niterói, em 1883, o Colégio Santa Rosa. Com o apoio da Princesa Isabel, surge o Liceu de Artes, Ofícios e Comércio - Liceu Coração de Jesus, a primeira casa salesiana em São Paulo. Foram seus primeiros alunos os filhos de escravos libertos e de imigrantes italianos, aos quais se oferecia ensino gratuito em oficinas profissionalizantes de sapataria e alfaiataria.

Não longe de Turim, em Mornese, Maria Domenica Mazzarello organiza uma oficina de costura para meninas, que passa receber órfãs. Seu trabalho tem a colaboração do padre salesiano Domenico Pasquale Pestarino. Ele e Dom Bosco propõem-lhe constituir congregação voltada à educação feminina, que denominam Filhas de Maria Auxiliadora. Em 1872, as primeiras salesianas fazem seus votos religiosos e Madre Maria Mazzarello se torna a primeira superiora da congregação. Santa Maria Domenica Mazzarello vem a falecer em 1881 e é canonizada aos 24 junho de 1951.

Em 1876, acolhendo proposta de Dom Bosco, o Papa Pio IX aprova a associação leiga dos Salesianos Cooperadores, também com o objetivo de educar jovens.

Morre Dom Bosco ao 72 anos, aos 31 de janeiro de 1888. A esse tempo a Sociedade já contava com 773 membros e 393 filhas de Maria Auxiliadora em 64 casas distribuídas nas Américas e na Europa.

Padroeiro dos jovens e aprendizes, Dom Bosco é canonizado em 1º de abril de 1934 pelo Papa Pio XI.

Bosco, Terésio. "Dom Bosco"DOM BOSCO: uma biografia nova". Tradução de Hilário Passero - 6a ed. – São Paulo Editora Salesiana, 2002. 564p. CDD282.092.

Discurso de recepção

 Discurso de recepção - Cadeira nº 37

Discurso de posse

Discurso de posse - Cadeira nº 37