Acadêmico
GUIDO ARTURO PALOMBA
GUIDO ARTURO PALOMBA - Nasceu em São Paulo - Capital, no dia 3 de outubro de 1948.
Formação:
Especialista em Psiquiatria Forense (título reconhecido pela Associação Médica Brasileira, Associação Brasileira de Psiquiatria e Sociedade Brasileira de Medicina Legal).
Perito habilitado nos Tribunais Judiciários de São Paulo (desde 1975 até o presente, com cerca de treze mil laudos e pareceres realizados).
Ex-médico-chefe do antigo Manicômio Judiciário de São Paulo (1975- -1985).
Membro do Conselho Editorial de revistas científicas e culturais, nacionais e internacionais.
Ex-diretor Científico, no Brasil, do British Medical Journal, edição em língua portuguesa.
Coordenador do Suplemento Cultural da Associação Paulista de Medicina (desde 1988 até o presente).
Autor de mais de duzentos e cinquenta artigos científicos e culturais (entre eles, a série A decadência da psiquiatria).
Obras:
Publicações dos livros:
Insania furens (em andamento, 2014).
Questões psiquiátrico-forenses (em andamento, 2014).
História da Academia de Medicina de São Paulo (Edição Independente, 2013).
Dicionário biográfico da psiquiatria e da psicologia (Editora Juarez de Oliveira, 2009).
Tratado de psiquiatria forense civil e penal [o primeiro, no gênero, em língua portuguesa (Atheneu, SP, 2003)]
Loucura e crime (Fiuza, 1996)..
Noções básicas de psiquiatria forense (Sugestões Literárias, 1992).
Coautor dos livros:
7 de março (Academia de Medicina de São Paulo, 2012)
Homicídio crime rei (Coordenação de Laerte Marzagão, Editora Quartier Latin, 2009).
Coordenador-autor dos livros:
450 Anos de História da Medicina Paulistana (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004).
Associação Paulista de Medicina, 75 anos (Atheneu, Rio de Janeiro, 2005).
Colaborador dos livros:
AMB 60 anos (Associação Médica Brasileira, São Paulo, 2011).
Conquistas e desafios, 80 anos da Associação Paulista de Medicina (SMS Editora, São Paulo, 2011).
Fundador e Presidente do Comitê Multidisciplinar de Psiquiatria Forense da Associação Paulista de Medicina (2005-2006).
Membro Emérito da Academia de Medicina de São Paulo [ingressou em 1992, Secretário Adjunto (1997-1998); Secretário Geral (1999-2000); Presidente Eleito (2001-2002); Presidente (2003-2004); Vice-presidente (2005-2006); Presidente (2007-2008); Comissão de Patrimônio (2009- -2010); Comissão de Patrimônio (2011-2012); Conselho Científico (2013- -2014)].
Diretor Cultural da Associação Paulista de Medicina (1991-1995; 1999- -2014).
4º Vice-presidente da Federação Brasileira de Academias de Medicina (2005-2008).
Membro Titular da Academia Paulista de História (desde 1992).
Membro Titular da Academia Cristã de Letras (desde 2001).
Membro Titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (desde 2004), com comenda Dom Pedro I.
Membro Titular do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (desde 2004).
Membro Fundador da Academia Hispano-brasileira de Ciências, Artes e Letras (1984).
Membro do Clube Machado de Assis (1996).
Membro Remido do Clube dos 21 Irmãos Amigos (desde 1985).
Membro da International Academy of Law and Mental Health (2002-2007).
Membro correspondente da Academia Cearense de Medicina (desde 1992).
Membro do Conselho Penitenciário de São Paulo (2009-2011).
Membro da Comissão Antidrogas da Ordem dos Advogados do Brasil (2010- -2012).
Membro da Ordem Nacional de Escritores.
Sócio Fundador da Sociedade Brasileira de História da Medicina.
Irmão Remido da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (desde 2002).
Cofundador do Museu de História da Medicina (Associação Paulista de Medicina).
Cofundador do futuro Museu da Tolerância (Universidade de São Paulo).
Professor convidado (temas psiquiátrico-forenses) de algumas faculdades de Direito, de Psicologia, de Medicina, entre outras entidades [Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Ordem dos Advogados do Brasil, Academia de Polícia de São Paulo, Polícia Militar (GATE), Associação Paulista de Medicina].
Possui pequena coleção de livros raros e raríssimos de Psiquiatria Forense, de Psiquiatria e de Medicina Legal.
Curador da Pinacoteca da Associação Paulista de Medicina.
Membro do Conselho Consultivo da Fundação Adelino Ângelo, Porto (Portugal).
Acadêmico anterior
Demócrito de Castro e Silva
Posse: 14/04/1987 - (2º ocupante)
Demócrito de Castro e Silva, mais conhecido por Castro e Silva, nasceu em Cruz do Espírito Santo, no estado da Paraíba, em 18 de setembro de 1913, rincão que lhe inspirou a escrever sobre diversos temas. Estudou em João Pessoa, no Colégio Diocesano Pio X, bem como no Lyceu Paraibano, bacharelando-se em direito pela Faculdade do Recife, em 1946.
Castro e Silva tratava a literatura com seriedade, própria daqueles que nela encontram a melhor maneira de expressar seus sentimentos, pensamentos, intuições e percepções. Tinha também o dom saber transmitir seus conhecimentos. Foi um grande conhecedor, estudioso e divulgador de um dos maiores vates brasileiros de todos os tempos, seu conterrâneo – Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (1884-1914), mais conhecido por Augusto dos Anjos, de quem escreveu dois livros: Augusto dos Anjos, Poeta da Morte e da Melancolia e Augusto dos Anjos, o Poeta e o Homem (1954).
Castro e Silva foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; Instituto da Poesia Internacional; Pen Clube, tendo sido agraciado com as medalhas “Marechal Cândido Rondon”, “Dom Pedro I”, “Euclides da Cunha”, “Augusto dos Anjos”; o colar e a medalha “Cruz de João Ramalho”.
Outrossim, foi o primeiro ocupante da cadeira no 22 da Academia Paraibana de Letras, silogeu fundado em 14 de setembro de 1941. Escolheu para seu patrono nesse sodalício, o advogado e jornalista paraibano Luís Ferreira Maciel Pinheiro (1839-1889).
Demócrito de Castro e Silva ingressou, em 14 de abril de 1987, como o segundo ocupante da cadeira no 33 da ínclita Academia Cristã de Letras, tendo por patrono Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976). Nesse sodalício atuou como vice-presidente em dois mandado sucessivos (1988-1989 e 1990-1991).
Entre outros de seus livros têm-se: Maciel Pinheiro Peregrino Audaz (1949); Ritmos Estranhos; Esse Colosso, o Brasil (ensaio sobre geografia e história); Quatro Séculos de Poesia (estudo sobre a poesia no Brasil); Classe Média (romance social); e Retrato Vivo de Paraibanos Mortos (1972).
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Fundador
Pedro Brasil Bandecchi
Posse: 17/11/1977 - (1º ocupante)
Pedro Brasil Bandecchi, mais conhecido por Brasil Bandecchi, nasceu na capital paulista, em 30 de setembro de 1917. Foi membro de seleta família. Desde criança comportava-se como intelectual. Era muito estudioso, aplicado e pesquisador.
Graduou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1944. Destacou-se como advogado, historiador, professor e político. Foi professor titular de história, jornalismo, filosofia e ciências políticas.
Foi também vereador da Câmara Municipal de São Paulo, sendo líder da maioria quando era prefeito Armando de Arruda Pereira (1889-1955). Foi também secretário da Educação e de Cultura do município de São Paulo, cargo indicado em virtude de seus relevantes valores cívicos, culturais, políticos e morais. Teve igualmente importância no processo de tombamento, concretizado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), que é um órgão subordinado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, criado pela Lei Estadual no 10.247, de 22 de outubro de 1968.
Brasil Bandecchi também gostava do jornalismo, literatura e filosofia. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e foi membro fundador da cadeira no 6 da ínclita Academia Paulista de História, tendo escolhido por patrono João Francisco Lisboa (1812-1863), jornalista, historiador e político, também patrono da cadeira no 18 da augusta Academia Brasileira de Letras. Outrossim, teve a honra de se tornar titular da cadeira no 38 da egrégia Academia Paulista de Letras, tendo por patrono, o advogado paulistano Clemente Falcão de Souza Filho (1834-1887).
Brasil Bandecchi também ingressou, em 17 de novembro de 1977, como o fundador da cadeira no 33 da veneranda Academia Cristã de Letras, escolhendo para seu patrono, o estadista brasileiro Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976).
São de sua lavra as seguintes obras: História do Brasil (1969); Anti Tordesilhas (2a edição, 1965); Romanceiro Paulista; História Econômica e Administrativa do Brasil (1973); História da Civilização Brasileira; De Braille a Ruy Barbosa; Origem do Latifúndio no Brasil; e Elementos de História do Direito Brasileiro.
Pedro Brasil Bandecchi faleceu em 30 de setembro de 1985, aos 67 anos. Seu nome é honrado post-mortem na Escola “Pedro Brasil Bandecchi”, localizada na cidade de São Paulo, no bairro Jardim Amélia, na zona norte da capital paulista, bem como na Escola Estadual “Pedro Brasil Bandecchi”, no município de Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo.
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Patrono
Juscelino Kubitschek de Oliveira
Rememorar em oração JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, o presidente J. K., é falar do mais ilustre político nascido no seio de nossa pátria.
Sua ascensão não foi obra de acomodações ou arranjos políticos, como soem acontecer, nem de preferências pessoais, mas a consequência natural de seu talento e de sua vida inteiramente consagrados ao povo brasileiro.
Juscelino nasceu em Diamantina, Minas Gerais, em 1902. Filho de caixeiro- viajante e professora primária, perdeu o pai com três anos de idade. Alfabetizou-se pela mãe, com dificuldades materiais, a pouco e pouco foi galgando os degraus da longa escada que o levaria a formar-se médico, em 1927, pela Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Daí partiu para Paris, a fim de especializar-se em urologia. Regressando ao Brasil, instalou consultório em Belo Horizonte e logo a seguir casou-se com Sarah Gomes de Lemos, de família de políticos, filha de ex-deputado, o que talvez tenha desencadeado toda a sua inata vocação para a vida pública e para a política. Juscelino foi deputado federal, prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente do Brasil, por eleições realizadas aos 3 de outubro de 1955, com 3.077.441 votos, 500 mil a mais que os de Juarez Távora, seu adversário.
A obra que definitivamente marcou sua passagem pela Presidência da República foi a transferência da capital do País para Brasília, aos 21 de abril de 1960, cuja cidade foi e é considerada uma das mais importantes obras de arte moderna do mundo.
Juscelino impulsionou também a construção de duas grandes usinas hidrelétricas, Três Marias e Furnas, abriu rodovias, implantou indústrias automobilísticas e navais, formulou novas políticas sociais e financeiras, criou a Codemos, depois Sudene.
Sucedido na Presidência por Jânio Quadros, durante esse período Juscelino foi senador da República pelo Estado de Goiás, até ser cassado pelo regime militar, em 8 de junho de 1964, e suspenso de seus direitos políticos por dez anos, com base no Ato Institucional nº 1. Desvanecia-se, assim, o sonho da reeleição, chamado J.K. 65. Juscelino partiu para o exílio na Europa e retornou definitivamente ao Brasil em 9 de abril de 1967. Aqui foi preso, libertado, perseguido, em face do regime ditatorial vigente. Para sobreviver em paz, voltou-se às atividades literárias. Em fevereiro de 1974 foi eleito para a Academia Mineira de Letras. Nesse mesmo ano inscreveu-se para a Academia Brasileira de Letras, cadeira nº 1, vaga com o falecimento de Ivan Lins, tendo sido derrotado por Bernardo Ellis.
Em 22 de agosto de 1976 Juscelino Kubitschek de Oliveira morreu, em acidente de automóvel, no quilômetro 165 da Via Dutra, perto de Resende (RJ).
Muita gente nunca entendeu por que ele foi combatido e até mesmo perseguido por algumas forças que emergiram em 1964 no panorama da vida brasileira.
Nenhuma acusação deu em nada, mas há sim um motivo para justificar o velado ressentimento de alguns: J. K. era um homem feliz, e isso incomoda os fracos e invejosos, principalmente os que estão investidos de poder. Juscelino esteve sempre de bem com a vida, mesmo quando as circunstâncias políticas não lhe foram favoráveis. Talvez soubesse, como ninguém, compensar as agruras políticas no plano familiar, encontrando nas filhas, e depois nos netos, a razão essencial de sua existência terrestre. Esplendia alegria. Curiosamente, no dia em que foi vencido na Academia Brasileira de Letras (única derrota eleitoral em sua vida), mal soube o resultado, fez-se acompanhar de sua filha Maristela e foi com ela dançar... e dançou, dançou, como um eterno rapaz que vai ao baile pela primeira vez, mas sem temor, só com alegria generosa e muito brilho. Assim era Juscelino Kubitschek de Oliveira, júbilo contagiante, que serviu para tornar a alma de sua pátria e de seu povo mais felizes também.
Discurso de recepção
Discurso de recepção - Cadeira nº 33
Discurso de posse
Discurso de posse - Cadeira nº 33