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  • Posse: 16/03/2005 - (2º ocupante)
  • Fundador: Sérgio Carlos Covello
  • Patrono: Machado de Assis
  • Antecessor: Sérgio Carlos Covello

Acadêmico

 

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PAULO NATHANAEL PEREIRA DE SOUZA - Nasceu na Vila de José Paulino - distrito de Campinas, em 25 de março de 1929, 

Atual ocupante da cadeira número 01 da Academia Cristã de Letras, sucedeu a Sérgio Carlos Curvello, tomando posse em 16 de março/2005.

 

Atividades:

Presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e do Conselho de Administração do CIEE/SP;
Reitor das Universidades Corporativas - UNISCIESP / UNISESCON;
Consultor Técnico de organizações governamentais e privadas nas áreas de educação e trabalho; C) Dados Acadêmicos: Escola Alemã de Campinas (pré-escola) -1934/1935;
Grupo Escolar "Paulino Carlos", São Carlos/SP -1939;
Ginásio Diocesano - São Carlos/SP -1945;
Cursos Clássico e Normal- Instituto de Educação "Dr. Álvaro Guião" - São Carlos/SP -1950;
Curso de Ciências Econômicas - Universidade de Marília - Marília/SP (Diploma registrado na USP - n.o 13.162 -1964);
Curso de Especialização - Créditos de Mestrado em Educação na Escola Pós-Graduada de Sociologia e Política, SP -1968;
Graduação em Direito (curso incompleto - até 4a série);
Doutor em Educação pela Universidade MackenzieD)

 

Publicações:

Livros Publicados e Colaborações em Jornais e RevistasLivros:.

Ginásio Pluricurricular em São Paulo Cia. Editora Nacional-1.967.

Normas Regimentais Unificadas do Ensino Secundário Cia. Editora Nacional-1.970.

Desafios Educacionais Brasileiros. Livraria Pioneira Editora -1.978.

Educação, Escola e Trabalho Livraria Pioneira Editora -1.984.

A Pré-escola: Nova Fronteira Educacional. Livraria Pioneira Editora -1.984.

Educação na Constituição e Outros Estados Livraria Pioneira Editora -1.986.

Como entender e aplicar a Nova LDB Livraria Pioneira Editora -1.997.

Educação: Uma Visão Crítica Livraria Pioneira Editora -1.989.

Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior Brasileiro Livraria Pioneira Editora -1.991.

ABC da LDB. Editora Unimarco / Loyola - 1.993

Problemas (Sempre) Atuais da Educação Brasileira Editora Unimarco - 1.995 .

Falas (De História, de Circunstância, de Educação) Editora Pancast -1.996.

LDB e Educação Superior Pioneira - Thomson Learning - Editora - 2.001.

Educação, Estágio & Trabalho (ensaios de Paulo Nathanael e Arnaldo Niskier) Editora Integrare - 2007

Mais de um milhar de ensaios, Artigos, Aulas Magnas, Conferências, Pareceres e textos publicados na imprensa e em revistas nacionais e estrangeiras.

 

Outras Publicações:

Ensaios Históricos na Revista do Arquivo Municipal de São Paulo;Índia Vanuire - Uma heroína do Oeste Paulista;
Atualidade de Euclides da Cunha;
Caxias, o Pacificador.

Separatas CENAFOR (algumas)
A Educação para o Trabalho e as Habilitações Profissionais no Ensino de Segundo Grau;
Os Desafios da Formação Profissional (conferência proferida em Kingston, na Jamaica em 1.984), na reunião mundial do Cinterfor/OIT;
Preparação para o Trabalho na Lei 7044/82;
Uma Nova Escola Normal;
Futuro da Formação Profissional;

Panorama Crítico da Educação Brasileira (Escola Superior de Guerra);

Coleção CIEE: Algumas Separatas, entre outras:
Ensino Superior Brasileiro - Fórum Permanente de Debates;
Educação - velhos problemas, novas soluções;
Educação e Saber (Conferência no Tribunal de Alçada Criminal de SP);
História: uma referência para todos os tempos;
O Estágio dos Estudantes do Ensino Médio nas Empresas, em parceria com o Dr. Amauri Mascaro Nascimento (3a edição);
Inventário da Educação Brasileira;
Educação, estágio e responsabilidade fiscal das Prefeituras.

Revista Brasileira de Direito Educacional (conferências e artigos diversos).

Colaboração na Revista Agitação (CIEEjSP), Revista Ensino Superior (SEMESP), Revista da Academia Paulista de História - APH e Jornal da Academia Brasileira de Letras - ABL. Discursos, apresentações, prefácios, entrevistas e aulas diversas.

Colaboração com o capítulo “Constituição e Financiamento da Educação no Brasil” no livro "O Tributo - Reflexão Multidisciplinar sobre sua natureza", coordenado por Ives Gandra da Silva Martins.
Fundador: Alberto Seabra Sucessores: René Thiollier; Maria de Lourdes Teixeira; Benedicto Ferri de Barros

Acadêmico anterior

Vide fundador...

Fundador


Posse: 01/12/1967 - (1º ocupante)


Sergio CovelloSérgio Carlos Covello, mais conhecido por Sérgio Covello, foi um dos idealizadores e entusiastas da Academia Cristã de Letras. Abriu a sessão de fundação da entidade, em 14 de abril de 1967, ocorrida no 26o andar do edifício do Clube Piratininga, situado à Rua Formosa, no 367, no centro da capital paulista.

Nessa efeméride, em que foi apresentado e aprovado o Estatuto, estavam presentes os poetas: Bernardo Pedroso, Afonso Vicente Ferreira, Nicola De Stefano, Antonio Lafayette Natividade Silva (quem lavrou a ata), e os professores Sérgio Covello e Evald Behrmann, que não chegou a fazer parte da entidade.

Em deferência a Sérgio Covello foi-lhe dada a cadeira no 1, tendo escolhido para seu patrono Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), consagrado como Machado de Assis, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

Sergio Carlos Covello graduou-se em direito e teve seu registro na Ordem dos Advogados de São Paulo de número 33.634. Fez pós-graduação na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, obtendo seu mestrado (2/3/1982) e doutorado (27/10/1989).

Sergio Carlos Covello publicou as seguintes obras: Contratos Bancários (1981; 3a edição em 1999); A Presunção Em Matéria Civil (1983); Ação de Despejo (1985); O Sigilo Bancário (1991); ComeniusA Construção da Pedagogia (2a edição em 1992); Ação de Alimentos (1994, 4a edição); A Obrigação NaturalElementos para uma Possível Teoria (1996); Prática da Locação e do Despejo (1998); e Prática do ChequeDoutrina, Formulários, Legislação, Normas do Banco Central (1999, 3a edição).

Foi também membro da Sociedade Teosófica e ministrou diversas palestras, dentre as quais a intitulada “O Eclesiastes e a Arte de Viver Bem”, que pode ser visualizada na Internet.


 Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.

 

 

Patrono

 

Machado de Assis(1839-1908)O maior escritor brasileiro de todos os tempos, nasceu no Rio de Janeiro, de pais pobres e incultos, em 21 de junho de 1839. Viveu 69 anos, tendo falecido em 29 de setembro de 1908, na mesma cidade de seu nascimento. Verdadeiro milagre da autodidaxia, Machado nunca frequentou um curso formal, seja de ensino básico ou universitário, mas aproveitou ao máximo o seu convívio com pessoas cultas e ilustres, tendo desde muito jovem lido um oceano de obras de prova e verso, brasileiras e estrangeiras, principalmente as escritas em francês e inglês.

Dono de uma insaciável fome de saber superou sua pobreza e, sendo como era, mulato, os preconceitos de cor, para frequentar, desde muito jovem, as melhores rodas intelectuais do Rio de Janeiro, e delas receber estímulos e aplausos pelos versos e peças de teatro que ensaiou escrever ainda na adolescência. Dos seus romances, destacam-se pela qualidade literária os realistas: Quincas Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Esau e Jacob, Memorial de Aires.

Escreveu, ainda dez peças de teatro, cinco livros contendo obras poéticas; dezenas e dezenas de contos, que são obras primas de sua bibliografia, além de crônicas sem conta sobre fatos políticos, culturais, sociais e o que mais fosse. Casou-se em 13 de novembro de 1869, com a portuguesa Carolina Augusta e viveram felizes por exatos 35 anos.

Co-fundador da Academia Brasileira de Letras, que presidiu até morrer, deixou um legado sem similar no universo das letras luso-brasileira, vindo a tornar-se um ícone da literatura pátria, bem como um exemplo para a juventude de guerreiro vencedor ante as vicissitudes da vida.

Discurso de recepção

 Discurso de recepção - Cadeira nº 01

Discurso de posse

Paulo Nathanael Pereira de Souza

Meu pai, Caetano de Souza, vivia na fazenda Poço Fundo, propriedade da família Souza, e minha mãe Maria do Carmo Pereira, mais conhecida por Ruth, era filha do Pedro Egmydia Pereira, chefe de estação do ramal da Sorocabana, daquele lugarejo, que, no futuro se tornaria um lugar próspero e rico, denominado Paulínia.

Aos três anos de minha idade, a família Pereira de Souza mudou-se para Campinas, onde fui matriculado no curso pré-escolar do jardim de infância do colégio alemão.

O excepcional educador, que dirigia o estabelecimento, professor Carlos Zink, decidiu tomar-me sob sua proteção: alfabetizou-me aos quatro anos de idade e fez-me dominar as quatro operações aritméticas.

Meu pai foi mal em seus negócios de transporte de açúcar do interior, faliu, e me tirou da escola. Como já estava alfabetizado, lia tudo o que me caia às mãos: jornais, revistas e livros infantis. Quando não tinha o que ler, compensava a falta, lendo a Bíblia, com a assistência de minha mãe, que era protestante, e conhecia o livro sagrado de traz para a frente.

Na escola primária não tive dificuldades para completar o curso, muito embora tenha sido obrigado a matricular-me em seis escolas diferentes, dados os diversos lugares para os quais meu pai, funcionário humilde da Companhia Paulista da Estradas de Ferro, era seguidamente removido: Campinas, Artur Nogueira, Bauru, Araraquara, Campinas de novo, e São Carlos, onde me formei no Grupo Escolar “Paulino Botelho”.

Fiz o exame de admissão ao ginásio, na escola estadual “Dr. Álvaro Guião” e fui reprovado. Fiquei sem estudar todo o ano de 1940 e fui trabalhar, como caixeiro de lojas, farmácias e livrarias, para, com os trocos que ganhava, ajudar a família a sobreviver.

D. Ruth acabou conhecendo Monsenhor Ruy Serra diretor do “Ginásio Diocesano”, e, apesar das diferenças religiosas entre eles, conseguiu ela matricular-me, com bolsa de estudos, naquele estabelecimento sediado num dos bairros da cidade.

Bacharelei-me nesse ginásio e busquei matricular-me no curso Clássico do “Álvaro Guião”, onde, além do currículo obrigatório, fazia a cadeira de Grego que era opcional, com um mestre francês, chamado Julien Fanvel, sobrevivente da 1ª Grande Guerra Mundial e dono de uma escola de comércio de muitos alunos na cidade.

Sendo eu o único aluno dessa língua clássica, passávamos toda quarta-feira à tarde, a conversar sobre mil assuntos da atualidade e alguma cousa sobre as declinações helênicas e trechos escolhidos de Homero, Sófocles e Aristóteles.

Assíduo frequentador de bibliotecas, sabia tudo sobre a literatura e a história do Brasil e de vários países, lendo, sem parar, mais de uma dezena de livros por semana.

Os jornais locais descobriram textos meus e me convidaram para assumir colunas regulares, onde registrava meus comentários sobre fatos diversos, notadamente os culturais.

Não havendo, naquele tempo, faculdades no interior do Estado de São Paulo, terminei o curso clássico e matriculei-me na Escola Normal, onde me formei professor primário. Fiquei, por causa dos jornais, muito conhecido pelos sancarlenses: candidatei-me a vereador e fui eleito.

Para sobreviver, lecionava particularmente a alunos que precisassem de reforço, principalmente na disciplina de Português, da qual tinha amplo domínio, e dirigia o jornal “A Cidade”, com a carta branca que me dava o proprietário: Nicola Florentino.

Um dia, o Fauvel convidou-me para assumir a disciplina de História Econômica do Brasil em seu curso técnico de Contabilidade. Assim é que, com 18 anos vi-me à frente de uma classe de 50 alunos, todos mais velhos do que eu, inclusive sendo um deles, o pai de minha namoradinha de então! Passei nesse teste de magistério, eis que no fim do ano fui paraninfo da turma. E assim descobri minha vocação de educador.

Quando em 1951 abriu-se o concurso público para a seleção de professores efetivos para os colégios estaduais, inscrevi-me para concorrer na disciplina de História, visto ser essa a área predileta de meus estudos autodidáticos. Eram trezentos candidatos para dez vagas. Consegui classificar-se em 6º lugar e escolhi vaga no colégio estadual de Tupã, onde por uma década, permaneci. Tornei-me diretor da escola, casei-me com a colega de Francês, Irene Terra Galvão e atuei no desenvolvimento da cidade, fundando e presidindo o Centro Cultural Mario de Andrade e a Sociedade Amigos de Tupã (SAT).

Cursei em Marília a Faculdade de Ciências Econômicas e formei-me Economista, fiz um segundo concurso público para efetivar-me no cargo de diretor vitalício do colégio e fui aprovado com destaque e muitos elogios dos superiores hierárquicos da Secretaria Estadual de Educação. Por isso me foi oferecido o cobiçadíssimo cargo de Inspetor Regional do Ensino Secundário no Sul do Estado, com sede em Itapetininga. Com essa nova função, comecei a carreira na macroeducação paulista. Mudei-me dois anos depois para a Capital, onde exerci importantes funções, como:

Chefe de Ensino Secundário do Estado;

Diretor dos Concursos Públicos do Funcionalismo Estadual (Departamento de Administração do Estado);

Chefe de Gabinete e Titular da Pasta Estadual de Educação;

Secretário de Educação;

Secretário de Educação e Cultura da Capital de São Paulo;

Titular do Conselho Estadual de Educação;

Titular do Conselho Federal em Brasília por 14 anos, do qual me tornei presidente;

Diretor Presidente do CENAFOR, uma fundação internacional da OEA;

Superintendente, a convite do Ciccilo Matarazzo, da Fundação Bienal das Artes;

Vice Presidente da Fundação de Ciências Aplicadas (obra educacional dos Jesuítas);

Reitor da Universidade de São Marcos e Diretor da FIEO de Osasco;

Professor Honoris Causa de numerosas universidades de São Paulo e outros Estados,

Doutoramento em Educação pela Universidade Mackenzie;

Membro de bancas de mestrado e doutorado,

Professor de cursos de pós-graduação em Educação,

Curador de Fundações, com destaque para a Fundação Padre Anchieta (TV-2) e para a Fundação Faculdade de Medicina da USP;

Membro do Conselho de Redação da Revista USP;

Membro dos Conselhos Superiores do SECOVI, da FECOMÉRCIO, da Associação Comercial de São Paulo, da FIESP;

Presidente por 6 (seis) anos do CIEE de São Paulo e Nacional;

Presidente Emérito do CIEE São Paulo e Nacional,

Consultor do CIEE do Rio de Janeiro;

Autor de mais de trinta livros sobre Educação, História e Economia, além de milhares de textos contendo pareceres técnicos, conferencias, aulas inaugurais, entrevistas e colunas de imprensa e estudos diversos;

Mais de 20 títulos de cidadania honorária de municípios brasileiros, incluindo São Paulo – Capital e Goiânia;

Membro do Conselho Consultivo do São Paulo Futebol Clube;

Criador e reitor da UNISCIESP e da UNISESCON, ambas em São Paulo;

Membro das Academias: Paulista de Letras, Cristã de Letras, Paulista de Educação e Paulista de História, tendo presidido várias delas;

Condecorado com mais de uma centena de medalhas cívicas e culturais, além das “Top” – Mérito Nacional da Educação (Presidência da República do Brasil), Ordre National de Mérite e Legión d’Honneur (Presidência da República da França) Mérito Naval e Almirante Tamandaré (Marinha de Guerra do Brasil).

Realizei dezenas de viagens internacionais a países da América do Norte, Central e do Sul, Europa, Ásia e África (a maioria a convite dos governos dos países); numerosas conferências proferidas em congressos internacionais nos USA, Portugal (Universidade de Coimbra), França, Jamaica, Venezuela, Colômbia, Espanha, Panamá, entre outros países visitados.