Acadêmico
MARIA CECÍLIA NACLÉRIO HOMEM
MARIA CECÍLIA NACLÉRIO HOMEM - Nasceu em São Paulo - Capital no dia 28 de outubro.
Professora, historiadora, escritora, Doutora em Estruturas Ambientais, bacharel e licenciada em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo.
SOBRE A AUTORA:
Maria Cecília Naclério Homem é a décima quarta mulher a entrar para Academia Cristã de Letras, em 30/08/2011. Ocupa a Cadeira 25, cujo Patrono é Rui Barbosa. Paulistana, professora, historiadora, escritora, é Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Bacharel e Licenciada em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo, e Mestre na área de História, pela FFLCH-USP.
Possui os Diplomas de Língua e Literatura Italiana, pelo Istituto Italiano di Cultura de São Paulo, o Superior de Língua, Literatura e Civilização Francesas pela Universidade de Nancy/França.
Como bolsista do Instituto de Cultura Hispânica e da Fundação C. Gulbenkian, aperfeiçoou seus estudos de Língua e Literatura Espanholas e Portuguesas, além de Geografia, História, História da Arte e da Arquitetura na Universidade Complutense de Madrid e na Universidade de Lisboa, direcionando-se para o conhecimento do patrimônio histórico e arquitetônico paulista e a necessidade de sua preservação.
Trabalhou como pesquisadora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e no Instituto de Estudos Brasileiros, ambos da USP. Pela FAU, realizou estágio no Inventário Geral dos Monumentos e Riquezas Artísticas da França, Paris, cujo relatório foi publicado por essa Faculdade em forma de apostila, em 1976.
Além de artigos de sua autoria, salientam-se as obras:
Catálogo Vila Penteado, (pesquisa, coord. e textos, et alii),
FAU-USP e Secretaria de Estado da Cultura, Ciência e Tecnologia de SP, 1976.
Higienópolis: Grandeza e decadência de um bairro paulistano, 1º Prêmio do Concurso Monografias de Bairros, concedido pela Prefeitura Municipal de São Paulo, 1979, e publicada pela Prefeitura em 1980, reeditada pela Edusp em 2011 como o título Higienópolis: Grandeza de um Bairro Paulistano;
O Prédio Martinelli: a Ascensão do Imigrante e a Verticalização de São Paulo (Mestrado),
O Palacete Paulistano e Outras Formas de Morar da Elite Cafeeira (1897-1918) (Doutoramento),
Cozinha e Indústria em São Paulo: do Rural ao Urbano, editado pela Edusp, em 2015, com o qual recebeu o Prêmio Jabuti de 2016.
Realizou, ainda, História da Igreja de Nossa Senhora do Brasil e seu Retábulo Barroco: Do Colonial ao Neocolonial, a ser editado.
Tem participado em várias bancas examinadoras em Mestrado e Doutorado, na área de arquitetura e urbanismo.
Como pós-doutorado, dedica-se ao estudo das tipologias e usos da habitação paulistana durante o império do café, com o objetivo de chegar à História do Cotidiano e da Cultura Material.
É membro também, da Academia Paulista de História, do Instituto Histórico Geográfico de São Paulo; do Conselho Cívico e Cultural, da Associação Comercial de São Paulo; e da Sociedade de Veteranos de 32 - MMDC.
Entre os demais trabalhos de sua autoria, salientam-se:
- Aula-conferência “A Língua Portuguesa no Mundo Globalizado”, 64º Encontro dos Descobrimentos, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 05 de outubro de 2016.
- Entrevista: “Programa Diálogo Nacional”, Nº 903, com Ruy Martins Altenfelder Silva, dia 30 de setembro de 2015.
- Comunicação: “Importância Nacional Brasileira e Internacional da Língua Portuguesa”, publicada na Revista do IHGSP, n. XCIX, 2015, e apresentada no Seminário Internacional da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo: "Espaços Narrados: A Construção dos Múltiplos Territórios da Língua Portuguesa", 29 de outubro a 01 de novembro de 2012 e por ocasião do encerramento do ano “Portugal no Brasil”, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, em 2013. Publicada também na Revista do Historiador da Academia Paulista de História (súmula com ilustrações), números 166, 167 e 168, no período de março a agosto de 2013.
- Entrevista sobre o currículo da historiadora, concedida ao “Jornal Gente”, da Rádio Bandeirantes, dada a José Paulo Andrade, Salomão Ésper e Rafael Colombo. no dia 13 de novembro de 2014.
- “Presença da Itália na Produção do Móvel e do Desenho Brasileiros: Fábrica de Móveis Federico Oppido & Irmão”. In: Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU/USP, v. 18, pp. 138-153, 2011.
- Artigo: “Antônio da Silva Prado, Prefeito de São Paulo.”. In: Edilene Matos et alii. A Presença de Castello, São Paulo, Humanitas/FFLCH/USP, Instituto de Estudos Brasileiros, 2003, p.619-635.
- “O princípio da racionalidade e a gênese da cozinha moderna.” In: Pós. Revista do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU/USP, São Paulo, v. 13, 2003;
- “Mudanças espaciais na casa republicana: a higiene pública e outras novidades”. In: Pós - Revista do Programa de Pós Graduação da FAU/USP, São Paulo, v. 3, 1993;
- Tradução do francês para o português/Artigo: “Relações de produção e desenvolvimento das forças produtivas: o exemplo do moinho d'água”. De autoria do historiador Charles Parain, in: GAMA, Ruy (org.) História da Técnica e da Tecnologia. (Textos Básicos) São Paulo, Edusp e T. A. Queiroz, 1985. São Paulo: Edusp e T. A. Queiroz, 1985;
- “Sobre a construção da capital do café e da indústria (1875-1930)”. In: Catálogo Warchavchik, Pilon, Rino Levi: três momentos da arquitetura paulista. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1983;
- Catálogo Vila Penteado: (coordenação) com textos de sua autoria e diversos autores. São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, 1976.
Palestras:
- A Importância nacional brasileira e internacional da língua portuguesa. Ilustrada com fotos e mapas do império Romano e do mundo lusófono.
- A Verticalização de São Paulo, ilustrada com fotos e plantas de edifícios e da cidade de São Paulo;
- O Ecletismo na Cidade de São Paulo: arquitetura e urbanismo durante a expansão do café paulista. Ilustrada com fotos e plantas de residências burguesas e populares.
- A Evolução da Cozinha Paulista: O espaço em função da indústria e da urbanização. IIustrada com fotos, desenhos e plantas de residências urbanas e rurais.
- Sobrados e chácaras como expressão de poder, na cidade de São Paulo, no século XIX, em colaboração com Maria Lucília Viveiros Araújo.
Condecorações:
- Colar “Carlos de Souza Nazareth”, ofertado pela Associação Comercial de São Paulo, na Câmara Municipal de São Paulo, salão nobre, 03 de julho de 2017.
- Medalha “DRÁUSIO”, outorgada pelo MMDC – SOCIEDADE VETERANOS DE 32 – 18 de agosto de 2016.
- Medalha “Governador Pedro de Toledo”, outorgada pelo MMDC – SOCIEDADE VETERANOS DE 32 - 01 de outubro de 2015,
- Colar do Centenário do Instituto Histórico e Geográfico, 30 de julho de 2014; Colar do Jubileu pelo Instituto Histórico Geográfico de São Paulo, em 2007.
- “Diploma de Gratidão” outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo, em comemoração ao 81º Aniversário de Cessação das Hostilidades do Movimento Constitucionalista de 1932, pelos relevantes serviços prestados. São Paulo. 04 de outubro de 2013.
- Medalha Governador Pedro de Toledo, pela Sociedade Veteranos de 1932 – MMDC. São Paulo, 18 de novembro de 2013.- Medalha 23 de Maio – MMDC, 2006. - Colar da Vitória, Evocativo dos 80 Anos da Revolução Constitucionalista de 1932, Sociedade Veteranos de 32 – MMDC.
- Comenda Dom Pedro I “O Imperador do Brasil” (Academia Brasileira de Arte, Cultura e História em parceria com o Instituto Histórico Geográfico de São Paulo).
- Medalha MMDC do Estandarte da Loja Maçonaria Roma, filiada ao Grande Oriente de São Paulo e federada ao Grande Oriente do Brasil (2006).
- Medalha Constitucionalista (Sociedade Veteranos de 1932 – MMDC).- Medalha do Movimento Constitucionalista de 32, pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP, por sua Comissão Cívica e Cultural.
- Voto de Júbilo e Congratulações pela tese apresentada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP – Departamento de História, sob o título: “A Ascensão do Imigrante e a Verticalização de São Paulo”, pela Câmara Municipal de São Paulo, 1982.
Fonte: Curriculum Lattes.
Acadêmico anterior
Francisco Cimino
Posse: 10/09/1981 - (2º ocupante)
Francisco Cimino nasceu em 1904, em Araras (SP). De multiforme personalidade para as artes, destacou-se como poeta, escritor, pintor, desenhista, músico e compositor.
Iniciou seus estudos de arte cursando pintura, desenho e escultura na Escola Normal de São Carlos, entre 1918 e 1923. Posteriormente, fez aperfeiçoamento com Arlindo Castellani de Carli (1910-1985).
Estudou também no Conservatório Carlos Gomes de São Paulo. A propósito, são de sua autoria mais de 300 peças musicais, tendo fundado, em 1951, ao lado de Villa-Lobos (1887-1959), o Conservatório Paulista de Canto Orfeônico.
Como artista plástico Francisco Cimino foi diversas vezes premiado. Fez exposições individuais em diversos locais. Em São Paulo: Galeria de Arte Centro-América (1976); e Itaugaleria (1984 e 1986). Exposições coletivas nos seguintes locais: Rio de Janeiro: Salão Revolucionário (1931); São Paulo: 7o Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior, da Prefeitura Municipal (1940); 9o (1943); 14o 1948 – menção honrosa); 15o (1949); 16o (1951 – Prêmio Aquisição); 18o (1953 – medalha de bronze); 26o (1961); 42o (1978); e 47o (1984) edições do Salão Paulista de Belas Artes, a maioria delas realizada na Galeria Prestes Maia; 8o Salão da Paisagem Paulista (1976); 9o Salão da Primavera da Associação Paulista de Belas Artes (1977 – Prêmio Rosa de Bronze); 1o Salão de Artes Plásticas Pablo Picasso (1982 – Prêmio de viagem); 2o Salão dos Novos da Academia Paulista de Belas Artes (1982 – Prêmio Vasp); Salão da Associação Internacional de Artes Plásticas (1983 – honra ao mérito); 10 Pintores Amigos, na Galeria de Arte do Sesi (1986); Em Piracicaba: ); 27o Salão de Belas Artes de Piracicaba, na Pinacoteca Municipal (1979); 29o Salão de Belas Artes de Piracicaba, na Casa das Artes Plásticas Miguel Dutra (1981); Rio de Janeiro: Salão de Artes Plásticas no MEC (1979 – medalha de ouro); e Paris: Mostra no Centro Internacional de Arte Contemporânea (1984).
Francisco Cimino ingressou, em 10 de setembro de 1981, como o segundo ocupante da cadeira no 25 da ínclita Academia Cristã de Letras, tendo como patrono Rui Barbosa (1849-1923).
Faleceu em 1990, na cidade de São Paulo. São de sua lavra as seguintes obras de poesias: Vigília (1951); Prelúdios (1971); Confidências de Amor (1984); Ecos e Suspiros (1985); e Poética Historiográfica dos Bandeirantes (1992).
Em sua memória houve a exposição póstuma: Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa Brasileira (São Paulo, 1998). Nesse mesmo ano, a Prefeitura Municipal de Amparo homenageou-o ao criar o Salão de Artes Plásticas “Francisco Cimino”, por ter ele participado do movimento de implantação de uma série de museus e pinacoteca em diversas cidades paulistas. Seu nome também é honrado na Escola Municipal “Francisco Cimino”, em Pirangi (SP).
A respeito dos seus trabalhos escreveu o radialista e escritor Júlio Louzada em sua obra “Artes Plásticas: Seu Mercado, Seus Leilões” (1984): “Tem pintado belíssimas telas cujos temas principais são paisagens, tipos do interior e naturezas-mortas. Pinta sempre ao ar livre, liderando grupo de artistas em saídas semanais a diversos pontos de interesse paisagístico”.
Seguem, abaixo, algumas telas de Francisco Cimino a título de ilustração:
Sebastião da Silva Barreto
Posse: 01/09/1993 - (3º ocupante)
Sebastião da Silva Barreto, mais conhecido por Silva Barreto, nasceu na cidade de Visconde do Rio Branco (MG), em 1918. Sua família é originária de Viana do Castelo e de Braga, ambas cidade de Portugal. O sobrenome “Barreto” encontra-se gravado no teto do Palácio de Sintra, nas proximidades de Lisboa, ao lado de outras importantes famílias lusitanas.
Sebastião da Silva Barreto tinha grande conhecimento da língua portuguesa. Dedicou-se à poesia e tinha primorosa técnica de escrever. Foi advogado e procurador de Justiça do Estado de São Paulo, aposentando-se nessa função. Casou-se com Creuza Barreto, artista plástica e diretora de patrimônio do Movimento Poético Nacional. Desse conúbio teve quatro filhos; oito netos e seis bisnetos.
A obra de Silva Barreto é muito extensa, como também foi a grande quantidade de entidades que pertenceu e as honrarias que lhe foram concedidas no Brasil e no exterior, em Portugal e Estados Unidos da América. Ademais, tinha trabalhos em francês, tendo recebido diversos prêmios como poeta, na França e na Suíça francesa.
Sebastião da Silva Barreto fundou, em 20 de outubro de 1976, ao lado do grande poeta Menotti Del Picchia (1892-1988), o Movimento Poético Nacional.
Dentre outras entidades que pertenceu salientam-se: Academia Rio-Branquense de Letras; Club des Intellectuels Français (França); Academie Internationale de Lutèce (França); Associação Paulista do Ministério Público de São Paulo; Associação dos Cavaleiros de São Paulo; Academia de Letras de Brasília; Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia do Rio de Janeiro; Instituto Brasileiro Genealógico; Casa do Poeta Lampião de Gás de São Paulo; Associação Paulista de Imprensa; e União Brasileira de Escritores.
Ingressou, em 1o de setembro de 1993, como terceiro ocupante da cadeira no 25 da egrégia Academia Cristã de Letras, tendo como patrono Rui Barbosa (1849-1923). Nesse sodalício desempenhou o cargo de diretor da sede em dois biênios (1998-1999 e 2000-2001).
Sebastião da Silva Barreto faleceu na cidade de São Paulo, em decorrência de um infarto, aos 14 de julho de 2010, contando com 92 anos.
São de Sua lavras as seguintes obras: A Tragédia da Fonte (1940, versos satíricos); Reticências Luminosas (1944, versos); Projeto para Constituição de Portarias sobre Menores (1958, direito); Figuras Anônimas (1a edição 1963; 2a edição 1987); Problemas Penais Oriundos de Identificação (1982, direito); 20 Poemas... e uma Lágrima (1990); O Mau Vizinho (1992, direito); Flores de Sangue (1993, poemas); As Serpentes do Paraíso (1993, contos, crônicas e lendas); Viajando pelo Mundo (1994, descrição de viajem); Patrocínio, o Espártaco de Bronze (1995, biografia); e A Família Barreto (s/d).
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Fundador
Ruy de Azevedo Sodré
Posse: 24/04/1975 - (1º ocupante)
Nasceu em Santos – SP, no dia 29 de abril de 1900, onde faleceu em 5/06/1978. Advogado e professor do ensino superior, notabilizou-se por sua brilhante atuação na área do Direito Social e Trabalhista. Diplomou-se em 1923, pela Faculdade de Direito da USP e foi membro do Conselho do Instituto dos Advogados de São Paulo, de 1938 a 1946. Em 1939, em companhia do professor Antonio Ferreira Cesarino Júnior e do Padre Saboya de Medeiros, fundou o Instituto de Direito Social – IDS, do qual também foi conselheiro e secretário perpétuo, além de seu presidente, até 1951. Em 1941, o Dr. Azevedo Sodré foi um dos organizadores do I Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em São Paulo, cuja legislação seria uma das fontes materiais da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, assinada no dia 1º de maio de 1943. Participou ainda, na Comissão Executiva do II e III Congresso Brasileiro de Direito Social, em 1946 e 1953, respectivamente. Presidiu a Comissão de Direito Social do Instituto dos Advogados de São Paulo, cargo para o qual foi eleito em 1944 e reeleito em 1955. De 1940 a 1944, foi membro do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (Secção de São Paulo), e seu Vice Presidente até 1965.
No mesmo ano, foi eleito Conselheiro Emérito da OAB e reeleito para o biênio 1975/1977.
Membro da Diretoria da Sociedade Internacional de Direito Social, com sede em Genebra, Suíça, exerceu a função de Secretário Geral para a América Latina, até 1974. Membro da “Inter American Bar Association” dos Estados Unidos da América, até 1962. Professor contratado de Direito Social da Faculdade Paulista de Direito da PUC de São Paulo. Professor da Faculdade Católica de Direito de Santos – SP, desde a sua fundação, em 1951, e licenciado em 1965. Professor de Direito da Universidade Católica de Campinas – SP, de 1960 a 1963. 4º Presidente do Tribunal de Ética Profissional de São Paulo, no biênio de 1965/1967. Reeleito para o biênio de 1967/1969.
Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, eleito para o biênio 1971/1972 e reeleito para os biênios 1973/1974 e1977/1979. A seu respeito o professor José Martins Catarino escreveu, em 1994: “O Dr. Ruy de Azevedo Sodré, pessoa admirável, amigo de Cesarino (Jr.) e seu colaborador, notável do IDS, até hoje a maior autoridade brasileira em Deontologia Profissional de Advocacia, ensinou a matéria em Faculdade de Direito e escreveu, além de numerosos trabalhos sobre a mesma, a volumosa e insuperável obra A Ética Profissional e o Estatuto do Advogado”, 1972. Destacam-se, ainda: O Problema do Salário na Atualidade, 1944; Por que Adotamos a Expressão Direito Social, 1957; O Julgamento de Jesus, o Maior Erro Judiciário da História, 1957; O Advogado, a Regulamentação e a Ética Profissional, 1963; O Advogado, o Estatuto e a Ética,1967; Eurico Sodré, 1972; Evolução do Sentimento Religioso em Rui Barbosa, 1975; Advocacia Empresarial, 1975; A Vida e Obra de Edgard Egydio de Souza, 1976; O Advogado e o Dever da Verdade, 1977.
CESARINO JÚNIOR, Antonio Ferreira; CARDONE, Marly Antonieta. VI Congresso Internacional de Direito do Trabalho e Segurança Social. Disponível em: www.revistas.usp.br/rfdusp/article/download/-66539/69149. Acesso em: 10 out. 2014. INSTITUTO dos Advogados de São Paulo. Disponível em: http://www.iasp.org.br/historico. Acesso em 28 out. 2014. INSTITUTO Brasileiro de Direito Social Cesarino Júnior. Disponível em: http://www.institutocesarinojunior.org.br/historico.htm. Acesso em: 13 out. 2014.
HISTÓRIA: A criação da CLT. Disponível em: http://trt-24.jusbrasil.com.br/noticias/100474551/historia-a-criacao-da-clt. Acesso em: 13 out. 2014.
Patrono
Rui Barbosa
Rui Caetano Barbosa de Oliveira ou Rui Barbosa foi um dos intelectuais e homens públicos mais cultos e atuantes que o País já teve. Nascido em Salvador, Bahia, a 5 de novembro de 1849, faleceu em Petrópolis, RJ, no dia 10 de março de 1923.
Concluídos seus estudos secundários no Ginásio Baiano, ingressou na Faculdade de Direito do Recife (1866); formou-se, contudo pela de São Paulo (1870), onde foi colega de Castro Alves e de Joaquim Nabuco. Regressou em seguida a Salvador, onde se estabeleceu com banca de advogado. Iniciou sua carreira política como deputado provincial, em 1877. No ano seguinte, já deputado à Assembleia Geral, muda-se para o Rio de Janeiro.
Rui Barbosa dedicou toda a sua vida às causas nacionais, começando, ainda estudante, por defender as liberdades humanas.
Escreveu 50 livros reunidos em 137 tomos que incluem sua importante obra de jurisconsulto e sua vasta produção em vários campos afins: política, educação, história, economia, literatura. Os advogados, os cultores do direito reverenciam Rui Barbosa há mais de um século, devido ao seu amor à liberdade, à justiça e ao direito, professados como missão. Graças à pureza de sua linguagem e perfeição estilística, foi considerado um dos clássicos da língua portuguesa, “o estatuário da palavra” e o “vernáculo do século”. Além de sua dedicação à área do Direito, desde jovem, atuou como jornalista e político, tendo sido duas vezes deputado e conselheiro do Império.
Tomou parte ativa em quase todas as reformas políticas ocorridas em sua época: defesa do sufrágio direto, aprovado em 1880, reformas do ensino e emancipação dos escravos. Foi Ministro da Fazenda no governo provisório da nova República, Senador por duas vezes. Reviu o projeto da Constituição de 1891 e do Código Civil Brasileiro, opondo-se ao professor Ernesto Carneiro Ribeiro, que dera o parecer desse projeto. Respondeu-lhe Rui Barbosa com sua monumental Réplica, a qual provocou não menos substanciosa Tréplica do opositor. Em 1893, já então considerado uma das maiores glórias intelectuais do Brasil, chefiou a delegação à Segunda Conferência de Paz, reunida, em 1907, em Haia, a convite do Barão do Rio Branco, então Ministro das Relações Exteriores. Defendeu com brilho invulgar a adoção obrigatória do arbitramento nos conflitos internacionais e a participação de todas as nações pequenas e grandes, em inteira igualdade, na Corte do Arbitramento. Granjeou fama internacional, de onde o cognome que recebeu: a Águia de Haia. Voltou a Haia para retomar a mesma luta, em 1919-1921.
Por duas vezes foi candidato à Presidência da República, em 1907 e em 1919. Perdeu duas vezes. Em 1908, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, na vaga de Machado de Assis, tendo presidido esse sodalício até 1919.
Escreveu sobre Castro Alves (1881), Oswaldo Cruz (1917), o Marquês de Pombal (1882) e José Bonifácio (1887). São ainda de sua lavra várias obras na área de economia, entre as quais Relatório pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda (1891), considerado peça fundamental para o estudo da História Financeira do Brasil. Em 1882, preocupado com a educação, publicou Reforma do Ensino Secundário e Superior e, no ano seguinte, Reforma do Ensino Primário. Em 1886, sempre interessado na questão do ensino, que utilizava tradicionalmente o método decorativo, traduziu do inglês o célebre livro: Lição de Coisas, de autoria do escritor norte-americano Norman Allison Calkins, de 1861, onde propunha o método intuitivo.
Dotado de talento verbal admirável com o qual defendia suas ideias, o pensamento de Rui Barbosa continua ecoando até os dias atuais, admirado pelos brasileiros como sinônimo de competência, força moral e ética, impregnadas de patriotismo. Ocupa um posto privilegiado na história da cultura nacional.
FRASES: “A desigualdade se nivela pela educação, trabalho e perseverança”.
Sobre a língua pátria: “A degeneração de um povo, de uma nação ou raça, começa pelo desvirtuamento da própria língua” O Estado de S. Paulo, 18-5-011, Ab
“Uma raça, cujo espírito não defende o seu solo e seu idioma, entrega a alma ao estrangeiro antes de ser por ele absorvida”. (Migalhas, 532)
“Uma nação que se abandona a si própria é uma nação oferecida à conquista”. (Migalhas, 506)
Sobre igualdade: “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam”. (Oração aos Moços, p. 46)
BARBOSA, Rui. Migalhas de Rui Barbosa, vol.1, 1ª ed. São Paulo: Migalhas, 2010.
Oração aos Moços. Organização de Marcelo Módolo. Introdução de Pedro Luso. São Paulo: Hedra, 2009.
Edições Melhoramentos, Novo Dicionário de História do Brasil, Ilustrado. São Paulo, 1970, V. Ruy Barbosa, traz as obras escritas pelo autor bem como as obras sobre o mesmo. BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira, São Paulo, Cultrix, 2006, p.255-259.
Discurso de recepção
Discurso de recepção - Cadeira nº 25
Discurso de posse
Discurso de posse - Cadeira nº 25