Acadêmico
ROQUE MARCOS SAVIOLI
ROQUE MARCOS SAVIOLI - Nasceu em São Paulo, Capital, no dia 26 de janeiro .Atual ocupante da cadeira número 34 da Academia Cristã de Letras, sucedeu a Roberto fontes Gomes , tomando posse no dia 08 de Agosto de 2013.
Formação:
Médico formado em 1974 pela Faculdade de Ciência Médicas de Santos.
Em 1975 frequentou como médico adido a Segunda Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Em 1976 frequentou Curso de Especialização em Cardiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Em 1977 foi aprovado em concurso público para médico assistente do recém inaugurado Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (INCOR) , cargo que ocupa atualmente exercendo a função de médico supervisor da Divisão Clínica do INCOR, lotado na Unidade de Cardio geriatria.
Em 1992 recebeu o título de Doutor em Medicina após defesa de tese na Faculdade de Medicina da USP em 1992, obtendo nota máxima com louvor.
Associações:
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Sociedade Paulista de Cardiologia.
Publicações:
Milagres que a Medicina não contou - Editora Global – São Paulo – 2004;
Depressão – onde está Deus? – Editora Global – São Paulo – 2004;
Um Coração Saudável – Editora Canção Nova – São Paulo – 2005;
Fronteiras da Ciência e da Fé – Editora Global – São Paulo, 2006;
La Guérison des Trois Coeurs – Presse de La Renaissance – Paris – 2006;
Não Entre em Pânico – Editora Global – 2007;
Médico Graças a Deus – Edições Loyola – São Paulo – 2007;
Neuvaine pour La Guérison de La Depréssion – Presse de La Renaissance- Paris – 2007;
Novena per Guarire Dalla Depressione – Effata Editrice – Torino – 2008;
Novena para Curar La Depression – Editora Mensajero – Bilbao – 2010;
Envelhecer com Deus – Edições Loyola- Sao Paulo – 2010;
Um Coração de Mulher – Editora Canção Nova – São Paulo – 2012;
Depressão – Um Sinal de Esperança – Edições Loyola – São Paulo – 2013;
Um Dor Sem Nome – Editora Canção Nova – São Paulo – 2014.
PREMIAÇÕES:
Instituto Geográfico e Histórico de São Paulo – 2012;
Mérito Profissional em Ciências Médicas - Academia Brasileira de Arte Cultura e História – 2003;
Mérito Histórico e Cultural – Academia Brasileira de Arte Cultura e História – 2003;
Mérito Histórico e Cultural em Literatura – Academia Brasileira de Arte Cultura e História -2003;
Prêmio Sandoz - XLII Congresso Brasileiro de Cardiologia – Sociedade Brasileira de Cardiologia – 1986;
Prêmio Sandoz de Hipertensão Arterial – Sociedade Brasileira de Cardiologia -1983;
Prêmio Investigador Jovem do Certame - Prof. Ignácio Chaves – Sociedade Internacional de Cardiologia – San Juan de Puerto Rico – 1980.
Acadêmico anterior
Roberto Fontes Gomes
Posse: 26/05/1994 - (2º ocupante)
Roberto Fontes Gomes nasceu na cidade de Santos, litoral paulista. Era sobrinho do renomado poeta José Martins Fontes (1884-1937), que é patrono da cadeira no 26 da ínclita Academia Paulista de Letras, e patrono da cadeira no 3 da veneranda Academia Cristã de Letras.
Foi jornalista e trabalhou durante 35 anos no jornal A Gazeta. Além disso, atuou como assessor do secretário de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo.
Roberto Fontes Gomes foi agraciado com o Prêmio Jabuti, em 1975, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, em reconhecimento aos serviços prestados ao noticiário literário. Pertenceu a diversas entidades, dentre as quais salientam-se: Ordem Nacional dos Escritores; União Brasileira de Escritores, sendo tesoureiro geral de 1976-1978; Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo; Academia Paulistana de História; e Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, onde fez parte da Comissão de Redação da revista no triênio 1999-2002.
Ingressou, em 26 de maio de 1994, como o segundo ocupante da cadeira no 34 da ínclita Academia Cristã de Letras, tendo por patrono o padre Diogo Antônio Feijó (1784-1843). Nesse sodalício atuou como bibliotecário em duas gestões: 1998-1999 e 2000-2001.
Roberto Fontes Gomes faleceu em 9 de outubro de 2010. São de sua lavra as seguintes obras: Tarde de Domingo (1971, contos – menção honrosa do concurso promovido pelo governo do estado do Rio de Janeiro, em 1972); Contrastes (1973, contos e crônicas); Condição de Angústia (1977, contos); Do Outro Lado da Esquina (1979, contos); Passando em Revista (1982, memória jornalística); Crônicas Entre Parênteses (1948, memória histórica – Prêmio Clio da Academia Paulistana de História); Taurus-57 (1985, novela); Sonetos de Martins Fontes (1987, antologia poética); Desafios do Asfalto (1988); Outubro 26 (1991, contos); e Revivência (2003, contos).
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Fundador
Paulo Zingg
Posse: 15/07/1977 - (1º ocupante)
Paulo Zingg nasceu na cidade de São Paulo, em 27 de maio de 1917. Foram seus pais Alberto Zingg e Margarida Zingg, ambos franceses. Estudou no Colégio Vilalva, no Ginásio de São Bento e no Colégio Nossa Senhora do Carmo.
Aos 18 anos e após ter trabalhado no comércio ingressou no jornalismo, tendo sido registrado como professional, em outubro de 1939. Trabalhou com redator nos seguintes jornais: Ação (1935-1936); Correio de São Paulo (1937); Diário de São Paulo (1937-1943); Folha da Noite (1939-1945); Diário da Noite (1945-1946); Jornal de São Paulo (1945-1946 e 1950-1951); Correio Paulistano (1947-1950); Última Hora (1951-1953); e Diário de Notícias do Rio de Janeiro, onde assinou de 1965 a 1971, a coluna “Fogo Cruzado”. Ademais, fundou, em 1948, o jornal Folha do Povo, de Santo André, que dirigiu até 1965.
Paulo Zingg foi também diretor das revistas: “Petróleo”; “Ilustração” (1942-1945); assim como diretor da Editora Banas e da Editora Alcântara Machado Comércio & Empreendimentos, onde participou do lançamento de feiras comerciais (1958-1962); além de redator chefe da primeira revista empresarial brasileira denominada “Direção”.
Paulo Zingg teve atuação como jornalista na defesa dos aliados na II Guerra Mundial; da campanhas políticas contra a corrupção e a subversão, ligando-se desde 1962, aos militares que organizaram o movimento de 31 de março de 1964, no qual tomou parte. Outrossim, trabalhou como redator do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo; foi chefe do gabinete da Secretaria de Educação e Cultura (1949-1951); membro da Comissão de Convênios Culturais e Bolsas de Estudos (1958-1962); e organizador de promoções culturais do Guia Turístico do Município de São Paulo.
Em 1967, foi nomeado interventor do governo estadual, na Fundação para o Livro Escolar, onde restaurou seu patrimônio e empreendeu em todo o estado, a campanha do barateamento do livro didático, com a promoção de mais de 400 feiras. Em decorrência, foi eleito presidente do Conselho Diretor da Fundação para o Livro Escolar, onde atuou até 3 de janeiro de 1972. Presidiu também a primeira Semana de Estudos do Livro Escolar; foi membro da Comissão Estadual do Livro Técnico e Didático e membro da Comissão Estadual de Moral e Civismo (1962-1972).
Em 1968, participou do X Ciclo de Estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, onde apresentou o trabalho: “As Elites Brasileiras e o Desenvolvimento”, tendo sido o orador da turma.
Em 1969, foi nomeado diretor do Departamento de Educação e Recreio da Prefeitura de São Paulo, onde iniciou a recuperação dos Parques Infantis e criou os Centros da Juventude.
Em outubro de 1969, foi nomeado secretário de Educação e Cultura, cargo que exerceu até março de 1971 e, novamente, de 1986-1988.
De abril a novembro de 1971, Paulo Zingg foi nomeado diretor da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, onde fez ampla e notável reforma no Departamento Pessoal.
Em 1967, como delegado da Prefeitura, foi um dos organizadores do Projeto Rondon, e, em 1970, presidente do Conselho de Representação no estado de São Paulo. Em 1972, foi convidado a ser o coordenador do Projeto Rondon em São Paulo, contudo, declinou esse convite.
Salienta-se que também desempenhou a função de diretor superintendente da S.A. Anhembi, posteriormente transformada em Paulistur S.A., onde contribuiu para a recuperação financeira dessa empresa.
Dentre as honrarias que recebeu salientam-se: título de cidadão honorário dos seguintes municípios: Botucatu, Fernando Prestes, Jundiaí, Irapuru, Osasco, e São Caetano do Sul; medalha da França Livre, concedida pelo general De Gaulle, pelos serviços prestados à causa dos aliados na II Guerra Mundial; medalha de Chevalier dos Palmes Academiques, do ministério da Educação da França; medalha cultural José Bonifácio; medalha MMDC; cruz de João Ramalho; medalha Ana Nery; colar Dom Pedro I; Colar Dom Pedro II; medalha do Pacificador; medalha Amigo da Marinha; medalha do Mérito Santos Dumont; medalha governador Pedro de Toledo; medalha Anchieta; diploma de gratidão da cidade de São Paulo, concedido pela Câmara Municipal de São Paulo; e o título de Professor Benemérito da Cidade de São Paulo, concedido pelo ensino municipal da capital, em 1977.
Paulo Zingg foi presidente da Associação Paulista de Imprensa; membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, tendo por patrono o marechal Castelo Branco; fundador e diretor da União Brasileira de Escritores, antiga Associação Brasileira de Escritores; titular da cadeira no 19 da Academia Paulista de Educação; titular da cadeira no 46 da Academia Brasileira de História; fundador, em 15 de julho de 1977, da cadeira no 34 da Academia Cristã de Letras, tendo escolhido para patrono o padre Antônio Diogo Feijó (1784-1843); membro fundador da Academia Brasileira de Jornalismo; membro da Academia Paulistana de História; Instituto de Estudos Vale-Paraibanos; Ordem dos Velhos Jornalistas; Sociedade de Cultura Latina; Pen Center de São Paulo; e Ordem de Santo Amaro. Ademais, foi diretor cultural da Associação Paulista de Propaganda e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Paulo Zingg destacou-se também como orador e foi autor de milhares de artigos sobre literatura, história e política. São de sua autoria os livros: A Europa em Guerra (1940); As Batalhas da Guerra Política (1944); O Negro no Brasil Meridional; A Cidade na Formação Política do Brasil (1945); e O Roteiro da Revolução Brasileira. Ademais, traduziu dezenas de obras, destacando-se: “História da Revolução Francesa” (em três volumes), de Albert Mithiez; “Bases da Paz Futura”, de Henry M. Wrinston; e “A Época Contemporânea”, de Maurice Crouzet, da série “História Geral das Civilizações”.
Paulo Zingg teve sua vida pautada num idealismo puro, nunca se permitindo beneficiar-se da posição privilegiada que ocupava em seu meio. Atuou, com denodo e sabedoria no campo da educação por mais de 40 anos, prestando grandes serviços, particularmente à infância e à juventude paulistana.
Foi jornalista, escritor, educador e homem público. Faleceu em 18 de julho de 1991, aos 74 anos, no Hospital Alvorada, na capital paulistas, vítima de ataque cardíaco. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de São Paulo e foi sepultado no Mausoléu do Jornalista, no Cemitério São Paulo.
Seu nome é honrado post-mortem na Avenida Jornalista Paulo Zingg, no Jardim Jaraguá, na zona noroeste da cidade de São Paulo, bem como na Escola Paulo Zingg, no município de Cotia; e na Escola Municipal de Educação Infantil Paulo Zingg, na cidade de São Paulo.
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Patrono
Antônio Diogo Feijó
A história do nascimento do padre Antônio Diogo Feijó não é exata.
Ele teria nascido ou sido deixado na casa do padre Fernando Lopes de Camargo, em São Paulo. Batizado como "filho de pais incógnitos", ele era tido como filho do padre Félix Antônio Feijó e de Maria Joaquina de Carvalho, que viviam em Cotia, São Paulo.
Feijó era um padre secular e não um membro do clero regular. Suas relações com a Igreja Católica foram tensas, especialmente porque ele moveu uma campanha contra o celibato dos padres.
Na juventude, ele iniciou uma carreira de professor de história, geografia e francês nas vilas vizinhas de São Paulo, como Parnaíba, Guaratinguetá e Campinas.
Mais tarde, estabeleceu-se em ltú, na comunidade dos "Padres do Patrocínio", liderada pelo padre Jesuíno do Monte Carmelo. Ali ensinou filosofia, com grande influência do pensamento racionalista de Kant. Escreveu um compêndio de filosofia, o primeiro a tratar do pensamento kantiano no Brasil, o que o liga também à história da filosofia em nosso país.
Em 1821, foi eleito deputado por São Paulo nas Cortes de Lisboa, onde fez um corajoso discurso em favor da independência do Brasil. Ameaçado pela agitação contra os brasileiros separatistas que tomava conta das ruas, fugiu para a Inglaterra com ajuda de diplomatas britânicos. Regressou ao Brasil depois da proclamação da Independência, em 1822.
Como membro da Câmara Municipal de Itu, aprovou uma moção contra a Constituição de 1824, imposta pelo imperador com a intenção de estabelecer uma Monarquia absolutista. A crise política instalou-se e se estendeu até 1831, quando Dom Pedro 1º abdicou em favor de seu filho, Dom Pedro 2º, com cinco anos de idade. Até a maioridade do novo imperador, o Brasil seria governado por regentes.
Feijó foi ministro da Justiça da segunda regência trina. Ao criar a Guarda Nacional angariou o apoio da maioria da aristocracia rural. Deixou o ministério, mas foi feito presidente do Senado em 1833, pelo Rio de Janeiro. Sua posição contra José Bonifácio, conservador, o colocou como um dos líderes dos Liberais. Isso o fortaleceu para se tornar regente do Império, em outubro de 1835. Feijó fundou o Partido Progressista, que deu origem ao Partido Liberal.
Seus opositores formaram o grupo Regressista, que gerou o Partido Conservador.
Feijó atraiu a ira da aristocracia ao apoiar o fim da escravidão e enviar uma missão a Londres para tratar medidas de repressão ao tráfico negreiro. Ao mesmo tempo, enfrentou movimentos separatistas e populares como a Cabanagem, no Pará, a Revolta dos (escravos) Malês, na Bahia, e a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul. Acuado, renunciou em 19 de setembro de 1837. Mas voltou a presidir o Senado, em 1839. Participou da Revolta Liberal de 1842, de Sorocaba (SP). Foi preso, levado para Santos, depois para o Espírito Santo. Defendeu-se da acusação em 15 de maio de 1843, conseguindo ser absolvido, mas morreria no mesmo ano, meses depois.
Discurso de recepção
Discurso de recepção - Cadeira nº 34
Discurso de posse
Discurso de posse - Cadeira nº 34