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Academia Cristã de Letras

Oficialmente, a história da Academia Cristã de Letras iniciou-se às 20 horas do dia 14 de abril de 1967, quando um grupo de pensadores (professores, escritores, poetas, jornalistas) reuniram-se no salão nobre do Clube Piratininga (situado na Rua Formosa, 367, 26º andar, na cidade de São Paulo) para criar uma Entidade Cultural de caráter científico-literário e cristão.

Essa reunião, idealizada e presidida pelo professor Sérgio Carlos Covello, contou com a presença dos poetas Afonso Vicente Ferreira e Nicola de Stefano, do professor Ewaldo Behrmann, do escritor e poeta Bernardo Pedroso e do jornalista e poeta Antonio Lafayette Natividade Silva.

Após a abertura da sessão e da concordância unânime com a fundação da Academia, o presidente Sérgio Carlos Covello fez a leitura do projeto dos Estatutos, que foi discutido e aprovado por todos.

Nessa mesma reunião foi escolhida a diretoria provisória que ficou assim constituída: Presidente: Benedicto Rodrigues Aranha; Secretário: Antonio Lafayette Natividade Silva; Tesoureiro: Nicola de Stefano.

A Ata foi redigida por Antonio Lafayette Natividade Silva e assinada por todos os presentes à reunião, já considerados acadêmicos fundadores da Academia Cristã de Letras. (Na Ata não consta a presença nem a assinatura do jornalista e poeta Benedicto Rodrigues Aranha, que se tornou o presidente da diretoria provisória.).

1ª Ata de Fundação da Academia Cristã de Letras

Aos quatorze dias do mês de abril do ano de mil novecentos e sessenta e sete, às 20 (vinte) horas, reuniram-se no salão nobre do Clube Piratininga, à rua Formosa, 367 – 26º andar, as seguintes pessoas, para a constituição da Academia Cristã de Letras: poeta Bernardo Pedroso, poeta Afonso Vicente Ferreira, poeta Nicola De Stefano, professor Ewaldo Behrmann, que foram previamente convidados pelo professor Sérgio Covello e que concordaram plenamente com a fundação da referida Academia. De início o professor Sérgio Covello abriu a sessão e passou a ler o projeto dos Estatutos, item por item, que foi discutido e aprovado unanimemente. Prosseguindo, foi escolhida a diretoria provisória que ficou assim constituída, também por aprovação unânime: Presidente: Benedicto Rodrigues Aranha; Secretário: Antonio Lafayette Natividade Silva; Tesoureiro: Nicola de Stefano. Nada mais havendo para ser tratado, foi pelo Sr. Sérgio Covello, que presidiu a reunião, declarado encerrados os trabalhos, dos quais se lavrou a presente ata, que vai por todos os presentes devidamente assinada comigo, Antonio Lafayette Natividade Silva que a lavrei. Os abaixo-assinados ficam desde já, considerados acadêmicos fundadores da Academia Cristã de Letras.

São Paulo, 14 de abril de 1967.

Sérgio Carlos Covello

Bernardo Pedroso

Nicola De Stefano

Afonso Vicente Ferreira

Antonio Lafayette Natividade Silva

 

Visão parcial da ata histórica de fundação da Academia Cristã de Letras:

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Emblemas da Academia Cristã de Letras

No primeiro Livro de Ata da Academia Cristã de Letras, iniciado na data de sua fundação (14 de abril de 1967), encontramos o carimbo com o primeiro emblema da entidade, utilizado em muitos de seus ofícios:

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O segundo emblema da Academia Cristã de Letras, usado até os dias atuais, foi criado por Biaggio Mazzeo

Biaggio é especialista em desenhos de carimbos postais, premiado em muitos concursos nacionais e internacionais. Sua execução foi aprovada pela Diretoria, em 17 de junho de 1977, e consta na Ata da Reunião Ordinária da Diretoria, de 23 daquele mês. Esse emblema foi usado pela primeira vez no dia 4 de outubro de 1977, em um carimbo postal emitido pelo Correio, em comemoração ao “Dia do Poeta”, instituído pela Academia Cristã de Letras.

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 O emblema representa um sol estilizado, acompanhado de ondas que se originam da parte inferior e escura, atingindo a parte alta, em que há a sugestão de luz solar. O centro branco lembra um alvo a atingir e a inscrição, além do nome da Academia, apresenta as sublimes palavras do seu patrono, São Francisco de Assis, que, por si só, traduzem um elevado mundo de compreensão e bondade: Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Insígnias Acadêmicas

Faixa e Roseta

A faixa acadêmica com a roseta, nas cores amarela e vermelha, usada nas sessões solenes da Academia Cristã de Letras. Sua extremidade inferior dispõe-se franjada. De acordo com o Estatuto de 1976, artigos 22 e 23, as insígnias dos acadêmicos constituíam-se de faixa de aproximadamente 7 centímetros de largura, assim como um colar, nas cores amarela e vermelha, simbolizando a intelectualidade e o enlevo espiritual, terminando por uma roseta das mesmas cores e finalidade da faixa, com cerca de 5 centímetros de diâmetro.

 

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 A faixa, aqui ilustrada, diferentemente do que consta no Estatuto de 1976, tem cerca de 15 centímetros de largura. E a roseta, disposta como adorno na porção inferior da faixa acadêmica tem as letras maiúsculas da ACL bordadas na cor vermelha sobre um fundo amarelo, tem cerca de 20 centímetros de diâmetro. Na roseta ao lado, as cores estão invertidas: as letras são bordadas na cor amarela sobre fundo vermelho.

Na época, já estava previsto que uma Assembleia Geral pudesse adotar o uso de uma medalha em substituição à roseta. A faixa acadêmica foi utilizada pelo menos até 1980.

Na foto da posse de Tácito Remi de Macedo van Langendonck, em 6 de abril de 1979, podemos observar que ele está sendo introduzido no anfiteatro por outros três acadêmicos. Os três estão usando a faixa acadêmica, sob o smoking:

 

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 Depois de empossado na Academia Cristã de Letras, Tácito Remi de Macedo van Langendonck aparece com a faixa acadêmica. Ao seu lado direito, está sua esposa, Zy van Langendonck:

 

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 Colar e Medalha

Em 1979, sob a coordenação do acadêmico Geraldo Dutra de Moraes, foi desenvolvido um projeto para a criação de um colar com uma medalha para os membros vitalícios da Academia Cristã de Letras usarem por ocasião das sessões solenes do sodalício. A confecção da medalha foi confiada ao consagrado escultor Luiz Morrone.

A entrega do Colar acadêmico com a Medalha da Academia Cristã de Letras aos seus membros vitalícios aconteceu na sessão solene realizada aos 21 de setembro de 1979. As cores amarela e vermelha da faixa acadêmica simbolizam, igualmente, a intelectualidade e o enlevo espiritual.

Em uma das suas faces ela apresenta a figura do Patrono da Academia, São Francisco de Assis, recebendo no Monte Alverne as chagas da crucificação de Cristo em suas mãos, tendo ao fundo a Igreja da Porciúncula, reprodução do Óculo Monumental da Igreja de São Francisco de Assis, de Ouro Preto, notável obra do Aleijadinho:

 

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  Medalha com a gravura de São Francisco de Assis e, ao fundo, a Igreja da Porciúncula.

 

Na outra face, o emblema da Academia Cristã de Letras, que apresenta um sol estilizado, acompanhado de ondas de luz que se originam da parte inferior escura, atingindo a parte alta, em que há a sugestão de luz solar. O centro branco lembra um alvo a atingir. Há ainda o nome da Academia e as sublimes palavras do seu Patrono, São Francisco de Assis, que, por si só, traduzem um elevado mundo de compreensão e bondade:

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

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  Um sol estilizado, acompanhado de ondas de luz.

 

Broche

Adolfo Lemes Gilioli, por ocasião do seu primeiro mandato como presidente da entidade (2002-2003) introduziu, como distintivo acadêmico, um broche com uma miniatura do emblema do sodalício. Ele pode ser usado na lapela do paletó dos acadêmicos ou no vestuário das acadêmicas:

 

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  Broche da Academia Cristã de Letras.

 

Preenchimento das Cadeiras - Em 1º de dezembro de 1967 tomaram posse, simultaneamente, 10 acadêmicos:

 

Sérgio Carlos Covello, Cadeira nº 1 – patrono Machado de Assis;

Benedicto Rodrigues Aranha, Cadeira nº 2 – patronesse Francisca Júlia;

Antonio Lafayette Natividade, Cadeira nº 3 – patrono Martins Fontes;

Nicola de Stefano, Cadeira nº 4 – patrono Dante Alighieri;

Bernardo Pedroso, Cadeira nº 5 – patrono Vicente de Carvalho;

Afonso Vicente Ferreira, Cadeira nº 6 – patrono Catulo da Paixão Cearense;

José Flávio Malheiros Leite, Cadeira nº 7 – patrono Castro Alves;

Benevides Beraldo, Cadeira nº 8 – patrono Padre Belchior de Pontes;

Júlio Augusto de Mello e Silva Filho, Cadeira nº 9 – patrono Visconde de Cairú;

Isaias Castro Júnior, Cadeira nº 10 – patrono Visconde de Taunay.

 

Notas:

1- Os relatórios anuais, de 1976 até 1981, mostram que a Cadeira nº 7, cujo patrono é Castro Alves, foi fundada por José Flávio Malheiros Leite. Mas em 1977 este fundador era considerado “acadêmico inativo”, pois não comparecia e nem se comunicava com a Academia.

2- Embora no relatório anual de entidade de 1976 constasse que Isaias Castro Júnior fosse o titular da cadeira nº 10, nada foi encontrado a seu respeito no acervo da Academia, a não ser que “estava desaparecido havia muitos anos”. Ao contrário, consta com farta documentação, que o fundador da Cadeira nº 10 foi Tácito Remi de Macedo van Langendonck tendo escolhido para patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.

 

Em 1968

Aos 23 de março, Dom Dylmar Corrêa Baldoino Costa tomou posse na Cadeira nº 11, cujo patrono é o padre José de Anchieta;

Aos 29 de novembro, Maria Semíramis Miranda Mourão tomou posse na Cadeira nº 12, cuja patronesse é Cecília Meireles.

 

Em 1969

Aos 26 de março, o General José Bresser da Silveira tomou posse na Cadeira nº 13, cujo patrono é Miguel Couto;

Aos 16 de maio, Maria Rosa Caldas Moreira Lima tomou posse na Cadeira nº 14, cujo patrono é Assis Chateaubriand Bandeira de Mello.

 

Em 1970

Aos 14 de outubro de 1970, Lorenza Hernandez Della Cruz Maldonado tomou posse na Cadeira nº 15, cuja patronesse é Santa Terezinha d’Avilla.

 

Em 1971

Aos 19 de novembro, Genaro Lobo tomou posse na Cadeira nº 16, cujo patrono é Coelho Neto.

 

Em 1972

Aos 11 de agosto, Alcindo Brito tomou posse na Cadeira nº 17, cujo patrono é José Carlos de Macedo Soares.

 

Em 1973

Aos 21 de maio, Hugo Schlesinger tomou posse na Cadeira nº 18, cujo patrono é Oswaldo Aranha;

Aos 28 de junho, Jorge Bertolasso Stella tomou posse em na Cadeira nº 19, cujo patrono é Rafael Petazzoni;

Aos 4 de outubro, Maria de Lourdes Teixeira Santos tomou posse na Cadeira nº 20, cujo patrono é Gustavo Teixeira.

 

Em 1974

Aos 28 de junho, Gastão Pereira da Silva tomou posse na Cadeira nº 21, cujo patrono é Sigmund Freud;

Aos 26 de setembro, Kyélce Amazonas Correia tomou posse na Cadeira nº 22, cujo patrono é Santo Agostinho;

Aos 24 de outubro, Adérito Augusto de Moraes Calado tomou posse na Cadeira nº 23, cujo patrono é dom Duarte Leopoldo e Silva.

 

Em 1975

Aos 27 de fevereiro, José Eugênio de Paula Assis tomou posse na Cadeira nº 24, cujo patrono é Paulo Setúbal;

Aos 24 de abril, Ruy de Azevedo Sodré tomou posse na Cadeira nº 25, cujo patrono é Ruy Barbosa;

Aos 26 de junho, Hélio Falchi tomou posse na Cadeira nº 26, cujo patrono é o Apóstolo São Paulo;

Aos 27 de novembro, Eurico Branco Ribeiro tomou posse na Cadeira nº 27, cujo patrono é São Lucas.

 

Em 1976

Aos 25 de maio, Frederico Perry Vidal tomou posse na Cadeira nº 28, cujo patrono é Dom Antonio Manoel de Vilhena;

Aos 19 de março, José Tavares de Miranda tomou posse na Cadeira nº 29, cujo patrono é São José, o Carpinteiro;

Aos 30 de setembro, Hugo Beolchi Júnior tomou posse na Cadeira nº 30, cujo patrono é Rodrigues de Abreu;

Aos 8 de julho, Paulo Pereira dos Reis tomou posse na Cadeira nº 31, cujo patrono é Aroldo de Azevedo;

Aos 21 de outubro, Manoel Vitor tomou posse na Cadeira nº 32, cujo patrono é Santo Antônio de Pádua e de Lisboa.

 

As 40 cadeiras foram teoricamente preenchidas na Assembleia Geral Extraordinária de 19 de agosto de 1976 com a eleição dos seguintes acadêmicos:

Armandino Seabra, Carlos Coelho de Faria, Geraldo Dutra de Moraes, padre Hélio Abranches Viotti, Paulo Zingg, Pedro Brasil Bandecchi e Zilda Xavier Polastro.

 

Notas:

Ao final de 1976 havia 24 acadêmicos em atividade, 6 acadêmicos inativos, 3 acadêmicos falecidos e 7 eleitos e ainda não empossados. Os acadêmicos inativos eram:

Isaias de Castro Júnior (desaparecido havia muitos anos);

Jorge Bertolaso Stella (frequência dispensada por motivos de saúde, além de contar com 88 anos de idade);

José Flávio Malheiros Leite (por motivo de doença prolongada em pessoa da família);

José Tavares de Miranda (tomou posse e não mais compareceu, por impossibilidade profissional);

Maria Rosa Caldas Moreira Lima (frequência dispensada, por motivo particular relevante);

Sérgio Carlos Covello (por ter dissentido e se afastado).

 

Em 1977

Aos 17 de novembro, Pedro Brasil Bandecchi tomou posse na Cadeira nº 33, cujo patrono é Juscelino Kubitschek de Oliveira;

Aos 15 de julho, Paulo Zingg tomou posse da Cadeira nº 34, cujo patrono é padre Diogo Antônio Feijó;

Aos 17 de março, Geraldo Dutra de Moraes tomou posse na Cadeira nº 35, cujo patrono é Tomás Antônio Gonzaga;

Aos 19 de maio, o padre Hélio Abranches Viotti tomou posse na Cadeira nº 36, cujo patrono é padre Antônio Vieira, o grande;

Aos 26 de novembro, Mario Savelli tomou posse na Cadeira nº 37, cujo patrono é São João Bosco.

 

Notas:

Em 1977 a Academia Cristã de Letras tinha 29 membros ativos, 3 falecidos (Benedicto Rodrigues Aranha, Bernardo Pedroso e Júlio Augusto de Mello e Silva Filho); 5 inativos, já citados na nota anterior: Isaias de Castro Júnior; Jorge Bertolaso Stella; José Flávio Malheiros Leite; José Tavares de Miranda; Sérgio Carlos Covello.

E havia quatro acadêmicos eleitos que ainda não tinham tomado posse, a saber: Armandino Seabra, Carlos Coelho de Faria, José Pedro Leite Cordeiro e Zilda Xavier Polastro.

Em 1978

Aos 12 de maio, Armandino Seabra tomou posse na Cadeira nº 38, cujo patrono é o brigadeiro José Vieira Couto de Magalhães;

Aos 6 de abril, Carlos Coelho de Faria tomou posse na Cadeira nº 39, cuja patronesse é Madre Maria Teodora Voiron.

Em 1982

Aos 8 de outubro, Afiz Sadi tomou posse da Cadeira nº 40 e escolheu Gibran Khalil Gibran como seu patrono.

 

Nota:

Zilda Xavier Polastro, eleita em 1976 para a cadeira nº 40, cujo patrono seria Humberto de Campos, adoeceu, vindo posteriormente a falecer, sem tomar posse da cadeira.

No Relatório Anual de 1982 está assim consignada a anulação da ocupação da cadeira no 40: Em virtude de não ter podido tomar posse da cadeira no 40, que teria como Patrono Humberto de Campos, por motivo de doença, e de conformidade com as disposições estatutárias, deixa de ocupar, de pleno acordo, a referida cadeira, a consagrada poetisa Zilda Xavier Polastro. Assim, essa cadeira, para todos os efeitos foi declarada vaga.

 

Emblemas da Academia Cristã de Letras

Carimbo

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Encontra-se consignado na 1a contracapa, do primeiro Livro de Ata da Academia Cristã de Letras, iniciado em 14 de abril de 1967, um carimbo indicativo do primeiro emblema deste sodalício.

Trata-se de um livro aberto ao meio onde se lê na página esquerda em letras maiúsculas “ACADEMIA CRISTÃ DE LETRAS”, e na página direita encontra-se uma cruz acima dos dizeres “S.Paulo – Brasil” (figura 1).

Tal emblema encontra-se consignado em vários ofícios da entidade.

 

Estatutos e Regimento Interno

Ao longo desses 50 anos de história, a ACL teve quatro Estatutos, sendo que o atual (2005) foi elaborado para se adaptar ao novo Código Civil, de acordo com a lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

Todos eles estão publicados aqui no Site. A leitura atenta de cada um dos Estatutos nos possibilita fazer também um passeio pela história de nossa Academia, com incursões nos hábitos e costumes de nossa sociedade.

O Estatuto de 1967, apresentado e aprovado em 14 de abril, no dia da fundação da ACL, contém oito capítulos (com 48 artigos) assim denominados: Da Academia e Seus Fins; Dos Bens; Do Órgão Diretivo; Da Assembleia; Dos Membros; Dos Títulos; Das Eleições; Das Disposições Gerais.

 

Curiosidades:

O Artigo 20 nos mostra a força da religião: ser cristão era o primeiro dos requisitos para ingressar na Academia. O candidato deveria apresentar carta de recomendação de uma autoridade religiosa. O segundo requisito exigia a apresentação de atestado de boa conduta, expedido por Delegado de Polícia ou autoridade escolar.

O Artigo 37 limita o número de vagas para as mulheres: das 40 cadeiras, apenas 10 poderiam ser ocupadas por elas.

O Artigo 48 previa a elaboração de um Regimento Interno, que seria elaborado pela Diretoria e Membros Fundadores, mas não temos registro desse regimento.

 

O Estatuto de 1976, aprovado em 8 de janeiro, contém sete capítulos (com 34 artigos) assim denominados: Da Academia e Seus Fins; Do Órgão Diretivo; Da Assembleia; Dos Acadêmicos Titulares, sua Eleição e Posse; Das Insígnias; Dos membros Honorários; Das Disposições Gerais. (Nessa época, a Academia Cristã de Letras contava com 27 cadeiras preenchidas, sendo que dois acadêmicos haviam falecido e outros dois sem paradeiro conhecido.)

 

Curiosidades:

Este Estatuto já não menciona a necessidade de apresentar carta de recomendação de uma autoridade religiosa, nem de atestado de boa conduta, expedido por Delegado de Polícia ou autoridade escolar.

O Artigo 22 trata das Insígnias, seu formato e significado simbólico.

O Artigo 27 mantém o limite de apenas 10 cadeiras para as mulheres na Academia.

O Artigo 32 dispõe que o Presidente designará uma Comissão de acadêmicos titulares para a redação do Regimento Interno, e este será submetido à aprovação em Assembleia geral.

O Regimento Interno de 1976 contém 28 Artigos.

 

Curiosidades:

O Artigo 11 (parágrafo único) determinava como obrigatório o uso do smoking para os acadêmicos e vestido branco e longo para as acadêmicas nas reuniões solenes. Todos deveriam usar a insígnia acadêmica e condecorações.

O Artigo 17 (parágrafos 3º e 4º) estabelecia que os discursos do recipiendário e do acadêmico que o saudaria não poderiam ser feitos de improviso e deveriam ser pré-aprovados.

O Estatuto de 1982, aprovado em 22 de maio, contém cinco capítulos (com 17 artigos), assim denominados: Da Academia e seus Fins; Do Aspecto Financeiro e Manutenção; Do Órgão Diretor; Da Reforma do Estatuto e Regimento Interno; Disposições Gerais.

 

Curiosidades:

O Artigo 4º estabelece que a Academia Cristã de Letras não se filia a nenhuma igreja ou congregação religiosa e, no trato dos estudos cristãos, atém-se ao seu caráter puramente científico-literário e cristão.

O Artigo 5º, finalmente, libera o número de cadeiras para as mulheres na Academia.

O Artigo 14 estabelece que tanto o Estatuto quanto o Regimento Interno entrarão em vigor na mesma data.

O Regimento Interno de 1982 contém 10 capítulos, com 31 artigos.

 

Curiosidades:

O Artigo 4º, parágrafo 1º, determina que o Presidente tem o direito de chamar a atenção dos faltosos, cassar-lhes a palavra, e até mesmo suspender a sessão.

O Artigo 4º, parágrafo 2º estabelece que o candidato eleito deverá tomar posse até três meses após sua eleição, e esta podendo ser prorrogada apenas por motivos imperiosos. Caso contrário, perderá o direito à cadeira.

O Artigo 12, parágrafo 2º, determina que o discurso de posse não poderá ser feito de improviso e deverá  ser entregue com um mês de antecedência. Sua leitura não deverá levar mais do que 30 minutos.

O Artigo 16, letra a, estabelece que os acadêmicos têm o dever de comparecer às reuniões sempre que forem convocados.

O Artigo 23, parágrafo único, mantém a obrigatoriedade do uso de smoking com colar acadêmico para os acadêmicos, e o vestido longo com colar para as acadêmicas.

O Artigo 24 determina todo o protocolo para as sessões solenes.

O Artigo 29 estabelece que a Academia não deve manter polêmica com a mídia e tampouco se envolver em questões políticas e religiosas.

 

O Estatuto de 2005 contém 15 capítulos (com 53 artigos): assim nomeados: Denominação, Finalidades, Sede e Prazo; Da Receita e do Patrimônio; Da Composição do Quadro Social e Acadêmico; Da Eleição e Posse dos Novos Acadêmicos; Dos Direitos e Deveres dos Associados; Dos Membros Honorários; Dos Associados Correspondentes; Das Diretorias; Da Eleição da Diretoria; Da Assembleia Geral; Duração do Mandato da Diretoria; Das Vagas; Do Exercício Financeiro e Patrimônio; Das Contas; Das Rendas e sua Aplicação; Das Rendas e sua Aplicação; Da Reforma do Estatuto e do Regimento Interno; Das Disposições Gerais.

Este Estatuto foi feito em decorrência da adaptação à legislação referente ao novo Código Civil, por força da lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

 

Curiosidades:

O Artigo 9º cria a categoria de membro remido, que preserva a condição de acadêmico, mas implica a vacância da respectiva cadeira.

O Artigo 22 cria a figura do vice-presidente para compor a Diretoria da ACL.