São Francisco de Assis
Patrono da Academia Cristã de Letras
Sérgio Carlos Covello, idealizador da Academia Cristã de Letras em 1967, foi também o Acadêmico que propôs o nome de São Francisco de Assis como Patrono da Academia, na reunião de 05 de abril de 1974. Sua proposta foi aclamada e aceita por unanimidade.
Em novembro de 1981, a Academia Cristã de Letras recebeu em doação um quadro de São Francisco de Assis, pintado a óleo pela consagrada pintora Zy van Langendonck, esposa do confrade Tácito Remi de Macedo van Langendonck.
O quadro, que se encontra no anfiteatro da sede social da ACL, reproduz uma bela e inspirada imagem de São Francisco de Assis, no alto do Monte Alverne, recebendo nas mãos as chagas de Cristo. Trata-se de uma magnífica obra de arte que veio agregar valor cultural e simbólico para a Academia Cristã de Letras.
A instalação solene na sede da ACL foi realizada em 04 de outubro de 1983. Na ocasião, a convite do presidente da sessão solene, acadêmico José Pedro Leite Cordeiro, o quadro foi descerrado, sob calorosa salva de palmas, pela própria autora, Maria Aparecida Vergueiro (Zy) van Langendonck. Logo após, o quadro foi abençoado pelo acadêmico e padre Hélio Abranches Viotti. O agradecimento ao casal doador foi feito pelo acadêmico Manoel Vitor.
Embora não conste nos Estatutos nem no Regimento Interno da Academia Cristã de Letras, a Oração de São Francisco de Assis é lida rotineiramente antes de se começar os trabalhos das reuniões ordinárias, extraordinárias ou sessões solenes. Este ritual iniciou-se na gestão de Antonio Lafayette Natividade Silva (1996-1997).
Oração da Paz*
Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado;
Compreender que ser compreendido;
Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe;
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna!
Amém.
*De acordo com informações obtidas do Frei Lucas Tosi (do Mosteiro de São Francisco de Assis) a Oração pela Paz é conhecida no mundo inteiro como Oração de São Francisco. Ela atende à aspiração de todas as pessoas cristãs, mas não foi escrita pelo santo franciscano. Surgiu em um almanaque publicado na Normandia, antes da Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra, foi impressa com uma imagem de São Francisco e a ele foi atribuída a autoria, numa tradução para a língua inglesa. Nas publicações posteriores foi sendo aperfeiçoada e traduz o sentimento e o propósito de São Francisco, este santo que prega a humildade e o amor.
História de São Francisco de Assis
São Francisco nasceu na cidade de Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182, filho de Pietro e Joana Bernardone. Seu pai era um rico comerciante de tecidos que trazia da França a maior parte de suas mercadorias e foi lá que conheceu sua esposa, de origem francesa.
Francisco recebeu dos padres da escola Episcopal uma boa educação cristã, mas foi da mãe que ele herdou o caráter e suas melhores qualidades: meiguice e firmeza, além de fervorosa fé cristã.
Com o pai ele aprendeu a arte do comércio e foi preparado para dar continuação aos negócios da família. Era um jovem alegre, amante da música e das festas e tinha muitos amigos, com os quais saia para se divertir e cantar serenatas. Destacava-se pelo entusiasmo, vestia-se bem, tinha dinheiro para promover festas e aproveitar a vida abastada.
Historicamente, a Itália, assim como toda a Europa, vivia um momento difícil, de passagem do feudalismo para o sistema de burguesia, com o surgimento das pequenas cidades. O poder dos senhores feudais estava sendo questionado e surgiram enfrentamentos e guerras entre eles e as classes emergentes (comerciantes, artesãos e pequenos industriais). Também havia uma disputa acirrada pelo poder numa esfera mais elevada, entre o Imperador e o Papa.
As desigualdades sociais motivaram a revolta do povo contra os nobres da cidade de Assis. Com a morte do imperador romano-germânico Henrique VI, que dominava a região, iniciou-se uma revolta dos mercadores de Assis. O Ducado de Assis era controlado pelo Duque de Spoleto, que cobrava altos pedágios. Os revoltosos organizam uma tropa para combater a nobreza feudal. Francisco e muitos outros jovens tomaram partido na causa social do povo.
Em socorro dos nobres, Perugia, uma cidade vizinha, mandou um exército bem preparado para defendê-los. Na luta sangrenta, Francisco foi preso, assim como seus jovens companheiros de Assis e permaneceu no cárcere durante um ano. Foi libertado graças ao pagamento feito por seu pai.
O jovem Francisco voltou à cidade de Assis marcado pelas experiências da guerra e do cárcere: doente, enfraquecido e sem projeto de vida. Nesse tempo a igreja buscava voluntários para lutarem em defesa dos seus territórios. Francisco, inspirado nas histórias de heróis e de valentes cavaleiros, começou a idealizar outras lutas. Inscreveu-se e se preparou com a melhor armadura de cavaleiro.
Após a partida, na primeira noite em que o exército se reuniu, junto à cidade de Espoleto, Francisco, ainda doente e com febre, ouviu a voz de Deus que lhe perguntou: “Francisco, a quem deves servir, ao Senhor ou ao servo? ” Ao Senhor, respondeu Francisco! “Então, por que trocas o Senhor pelo servo?” Francisco compreendeu que deveria servir a Deus, abandonou o seu ideal de cavaleiro. Retornou a Assis, onde foi humilhado e alvo de zombarias.
Francisco, aos poucos, foi se transformando. Passava muitas horas sozinho, buscava lugares isolados no campo e, quando encontrava um mendigo, doava o que dispunha no momento. Foi se habituando à oração e, na sua conversão, sofria as dúvidas e fraquezas humanas. Num momento difícil da sua vida, Francisco encontrou-se com um leproso, e diante do horror das feridas e do odor, pensou em fugir. Movido por um grande amor, venceu o obstáculo, voltou-se para o leproso e o abraçou e beijou, reconhecendo nele um irmão.
Em outra ocasião, também importante, achava-se em oração na Igreja de São Damião (uma capelinha quase destruída) quando, olhando o crucifixo e examinando as paredes caídas ao redor, compreendeu o pedido de Deus: “Francisco, reconstrói a minha Igreja! ”
Para empreender o projeto de reconstruir a igreja, Francisco retirou recursos do pai. Este, já enfurecido pelas atitudes de Francisco e prevendo o risco de perder o patrimônio pelas mãos do filho maluco, abriu um processo perante o bispo para deserdá-lo. Diante das acusações do pai, na frente do bispo e de todos, Francisco tirou as próprias vestes e, nu, as devolveu ao pai dizendo: “Daqui em diante tenho somente um pai, o pai nosso do céu! ”
Francisco passou a reconstruir as igrejinhas caídas, com o seu próprio trabalho, assentando pedras, comendo do que lhe davam na mendicância da rua, e adotou trapos de eremita como vestes.
Depois que reconstruiu a igreja de São Damião, restaurou também uma capela próxima aos muros de Assis e uma outra, a igreja de Santa Maria dos Anjos, conhecida como Porciúncula (que significa pequena porção de terra). Nesta, São Francisco decidiu permanecer, armando ao lado uma choupana para dormir.
Com o tempo, São Francisco compreendeu que deveria reconstruir a Igreja dos fiéis e não somente as igrejas de pedra. Durante uma missa, na leitura do Evangelho, ouviu e compreendeu que os discípulos de Jesus não deviam possuir ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem sandálias... que deviam pregar a paz e a conversão. No dia seguinte, os habitantes de Assis viram-no chegar, não mais com roupas de eremita, mas com uma túnica simples, uma corda amarrada à cintura e os pés descalços. A todos que encontrava no caminho dizia: “A paz esteja com vocês! ”
São Francisco passou a falar da vida do Evangelho, nos lugares públicos de Assis. Falava e agia com tamanha fé, que o povo que antes zombara dele, agora o ouvia com respeito e admiração. E assim, o bom Deus quis que São Francisco tivesse irmãos de conversão. Aos poucos, suas palavras foram tocando os corações. O primeiro foi Bernardo, um nobre e rico amigo seu; depois Pedro Cattani. Estes, agindo conforme diz o evangelho, doaram tudo o que tinham aos pobres.
Quando o grupo chegou a 12 irmãos, São Francisco decidiu ir até Roma e pedir ao Papa autorização para viverem a forma mais pura do Evangelho, conforme o desejo e a escolha que fizeram. O Papa achou que seria muito duro para eles esse modo de vida, porém deu permissão e também autorizou que eles pudessem pregar. Durante esse período de visita, o Papa teve um sinal profético e reconheceu em Francisco o homem que em seu sonho segurava a Igreja como uma coluna.
Muitos outros Irmãos foram se juntando ao grupo, desejando viver conforme Francisco. Os frades fizeram suas habitações em choupanas ao redor da igrejinha da Porciúncula. Dividiam as atividades entre oração, ajuda aos pobres, cuidados aos leprosos e pregações nas cidades; também se dedicavam às atividades missionárias, indo 2 a 2 a lugares distantes e pagãos. Eram alegres, pacíficos, amigos dos pobres.
Uma grande preciosidade para São Francisco e a Ordem dos Frades Menores veio de uma jovem, de família nobre de Assis, chamada Clara. Ela procurou Francisco pedindo para viver o mesmo modo de vida, segundo o Evangelho. São Francisco ponderou sobre as duras condições a que ela estaria se submetendo, mas recebeu-a com grande alegria. Clara, depois de alojar-se, temporariamente, num convento Beneditino, foi morar no conventinho ao lado da igreja de São Damião, que Francisco havia reconstruído. Ela ajustou o modo de vida dos frades para mulheres e recebeu, por sua vez, muitas companheiras de conversão.
Muitos cristãos, ouvindo São Francisco, decidiram seguir seu exemplo e ensinamento. Alguns pediam conselhos e São Francisco os orientava conforme o estado de vida de cada um. Para uma mulher e seu marido, que o procuraram, São Francisco recomendou servir ao Senhor permanecendo em casa.
São Francisco assistiu ao crescimento da Ordem Franciscana, que se espalhou por diversas partes do mundo. Embora a velhice estivesse distante, seu corpo frágil se debilitou, agravado por um problema nos olhos, que o
deixou quase cego.
Em certos períodos, São Francisco se isolava para orações e jejum. Numa dessas ocasiões, num monte chamado Alverne, de rochas gigantescas e escarpadas, o bom Deus quis que ele, que tanto buscou se assemelhar a Jesus, tivesse igualmente as feridas da crucifixão. Com muita dor, mas intensa alegria, por ter as marcas de Jesus no próprio corpo, São Francisco recebeu as feridas que se mantiveram vivas até o fim de sua vida, dois anos depois.
Quando desceu o monte, ele, que sempre quis caminhar a pé, se permitiu montar num burrinho, tal era a sua debilidade.
Quando ele se aproximava das cidades, uma multidão sempre o aguardava – o povo, principalmente os pobres e doentes, desejava ir ao encontro de São Francisco.
Pouco antes de morrer, de passagem por São Damião para despedir-se de Clara e suas irmãs, seu estado se agravou e ele teve de passar a noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio. Pela manhã São Francisco cantava um cântico que compôs em louvor a Deus, e que chamava de Irmão o sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e todas as criaturas. Numa choupana junto à Porciúncula, no anoitecer do dia 3 de outubro de 1226, São Francisco pediu aos irmãos que o despissem e o colocassem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmãos acompanhavam lentamente, São Francisco morreu. Morreu cantando.
Outras Orações de São Francisco de Assis
O cântico do Irmão Sol
(ou o cântico das criaturas)
Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a bênção
Só a ti Altíssimo, são devidos;
E homem algum é digno
De te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o Senhor irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.
E ele é belo e radiante
Com grande esplendor.
De ti, Altíssimo, é a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Vento,
Pelo ar, ou nublado
Ou sereno, e todo o tempo,
Pelo qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é mui útil e humilde
E preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Fogo.
Pelo qual iluminas a noite.
E ele é belo e jucundo
E vigoroso e forte.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a mãe Terra,
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados os que sustentam a Paz,
Que por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,
Da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
Conformes à tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!
Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-o com grande humildade.
Amém.
Paráfrase ao Pai-Nosso
Ó santíssimo Pai nosso:
Criador, Redentor, Salvador e Consolador;
que estais nos céus: nos anjos e nos santos.
Vós os iluminais para o conhecimento, porque vós,
Senhor, sois a Luz.
Vós os inflamais para o amor, porque vós, Senhor,
sois o Amor.
Vós habitais neles repletando-os para a vida beatífica,
porque vós, Senhor, sois o sumo Bem, o Bem eterno,
do qual procede todo bem
e sem o qual nada pode ser bom;
Santificado seja o vosso nome:
reluza em nós o conhecimento de vós,
para podermos reconhecer a largura de vossos benefícios,
o cumprimento de vossas promessas,
a altura de vossa majestade e a profundidade dos juízos (cf. Ef 3,18);
Venha a nós o vosso reino:
para que reineis em nós por vossa graça
e nos deixeis entrar no vosso reino,
onde veremos a vós mesmo sem véu, teremos o amor perfeito a vós,
a beatífica comunhão convosco, a fruição de vossa essência;
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu:
a fim de que vos amemos de todo o coração, pensando sempre em vós;
de toda a alma, aspirando sempre a vós;
de todo o nosso entendimento, ordenando todos os nossos desejos a vós
e buscando em tudo a honra vossa;
de todas as nossas forças,
empenhando todas as virtudes e sentidos do corpo
e da alma na obediência a vosso amor e em nada mais.
E para amarmos o nosso próximo como a nós mesmos,
atraindo, na medida de nossas forças,
para o vosso amor todos os homens,
alegrando-os pelo bem dos outros e pelo nosso próprio bem,
compadecendo-nos deles em suas tribulações
e jamais ofendendo a ninguém;
O pão nosso de cada dia:
vosso dileto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, nos dai hoje,
a fim de lembrar e reconhecer o amor que teve por nós
bem como tudo o que por nós tem falado, operado e sofrido;
Perdoai-nos as nossas ofensas:
por vossa inefável misericórdia
e o inaudito sofrimento de vosso dileto Filho,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
e pela poderosa intercessão da beatíssima Virgem Maria
bem como pelos méritos e súplicas de todos os vossos eleitos;
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido:
e o que nós não perdoamos totalmente,
fazei vós, ó Senhor, que o perdoemos plenamente,
a fim de que possamos amar sinceramente os nossos inimigos
e por eles intercedamos junto de vós,
não retribuamos a ninguém o mal pelo mal (cf. Rm 12,17)
e nos esforcemos por ser úteis a todos em vós;
E não nos deixeis cair em tentação:
oculta ou manifesta, impetuosa ou inesperada;
Mas livrai-nos do mal:
passado, presente e futuro.
Amém.
Elogio às virtudes
Salve, rainha da sabedoria,
o Senhor te guarde por tua santa irmã, a pura simplicidade!
Senhora santa Pobreza,
o Senhor te guarde por tua santa irmã humildade!
Senhora santa caridade,
o Senhor te guarde por tua santa irmã a obediência!
Santíssimas virtudes todas,
guardar-vos o Senhor, de quem procedeis e vindes a nós!
Não existe no mundo inteiro
homem algum em condições de possuir uma de vós,
sem que ele morra primeiro.
Quem possuir uma de vós e não ofender as demais,
a todas possui;
e quem a ofender, nenhuma possui e a todas ofende.
E cada uma por si destrói os vícios e pecados.
A santa sabedoria confunde Satanás e todos as suas astúcias.
A pura e santa simplicidade confunde toda sabedoria deste mundo e a prudência da carne.
A santa pobreza confunde toda cobiça e avareza e solicitudes deste século.
A santa humildade confunde o orgulho e todos os homens deste mundo e tudo quanto há no mundo.
A santa caridade confunde todas as tentações do demônio e da carne e todos os temores carnais.
A santa obediência confunde todos os desejos sensuais
e carnais e mantém o corpo mortificado para obedecer ao espírito
e obedecer ao seu irmão,
e forma o homem submisso a todos os homens desse mundo,
e nem só aos homens,
senão também a todas as feras e animais irracionais,
para que dele possam dispor a seu falante,
até o ponto que lho for permitido do alto pelo Senhor (cf. Jo 19,11).
Saudação à Virgem Maria
Salve ó Senhora Santa, Rainha Santíssima,
Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja,
eleita pelo Santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou por seu Santíssimo e
dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito.
Em vós residiu e reside toda plenitude da graça
e todo o bem.
Salve, ó palácio do Senhor!
Salve, ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó mãe do Senhor!
E salve vós todas, ó santas virtudes derramadas,
pela graça e iluminação do Espírito Santo,
nos corações dos fiéis,
transformando-os de infiéis
em fiéis servos de Deus!
Amém.
Louvores a Deus
Vós sois o santo Senhor e Deus único, que operais maravilhas.
Vós sois o Forte, Vós sois o Grande,
Vós sois o Altíssimo.
Vós sois o Rei onipotente, santo Pai, Rei do céu e da terra.
Vós sois o Trino e Uno, Senhor e Deus, Bem Universal.
Vós sois o Bem, o Bem universal, o sumo bem,
Senhor e Deus, vivo e verdadeiro.
Vós sois a delícia do amor.
Vós sois a Sabedoria.
Vós sois a Humildade.
Vós sois a Paciência.
Vós sois a Segurança.
Vós sois o Descanso.
Vós sois a Alegria e o Júbilo.
Vós sois a Justiça e a Temperança.
Vós sois a Plenitude e a Riqueza.
Vós sois a Beleza.
Vós sois a Mansidão.
Vós sois o Protetor.
Vós sois o Guarda e o Defensor.
Vós sois a Fortaleza.
Vós sois o Alívio.
Vós sois nossa Esperança.
Vós sois nossa Fé.
Vós sois nossa inefável Doçura.
Vós sois nossa eterna Vida,
Ó Grande e Maravilhoso Deus,
Senhor Onipotente, Misericordioso Redentor.
Amém.
Bênção ao Frei Leão
O Senhor vos abençoe e vos guarde.
Vos mostre a sua face e se compadeça de vós.
Volva para vós o seu rosto e vos dê a paz!
O Senhor vos abençoe,
Pai, Filho, Espírito Santo
Amém.
Oração Diante do Crucifixo de São Damião*
Ó glorioso Deus, altíssimo,
iluminai as trevas do meu coração,
Concedei-me uma fé verdadeira,
uma esperança firme e um amor perfeito.
Dai-me, Senhor, o reto sentir,
e conhecer, a fim de que possa cumprir
o sagrado encargo que de verdade acabais de dar-me.
Amém.
* Nota retirada do site www.san-francesco.org: “Segundo o testemunho de alguns antigos manuscritos, São Francisco rezou esta oração no momento em que estava diante do crucifixo de São Damião e recebia o seguinte encargo: ‘Francisco, vai reconstruir a minha Igreja’ ”.