Acadêmico
RICARDO HENRY MARQUES DIP
RICARDO HENRY MARQUES DIP - Nasceu em São Paulo - Capital, no dia 23 de novembro de 1950. Filho de Hanry Dip e Maria Helena Marques Dip. Ocupa a cadeira de número 20 da Academia Cristã de Letras.
Formação:
Bacharel em Jornalismo pela Faculdade de Jornalismo “Cásper Líbero”, de São Paulo (1972).
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1973), recebeu os prêmios “Faculdade Paulista de Direito”, “Professor José Frederico Marques” e “Professor Antônio de Queiróz Filho”.
Magistrado de carreira (com ingresso na Magistratura Paulista em 1979),
Juiz do Tribunal de Alçada Criminal do mesmo Estado, a partir de 1994.
Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (janeiro de 2005).
Mestre em Função Social do Direito, pela Faculdade Autônoma de Direito (Fadisp –São Paulo – 2009).
Pertence às Instituições:
Membro fundador do Instituto Jurídico Interdisciplinar da Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Portugal).
Acadêmico de honra da Real de Jurisprudencia y Legislación de Madri (Espanha).
Academia Cristã de Letras
É membro do comitê científico do Instituto de Estudios Filosóficos “Santo Tomás de Aquino”, de Buenos Aires.
Integra o Conselho Acadêmico da Seção de Filosofia do Direito de El Derecho: Diário de Doctrina y Jurisprudencia, sob a rubrica da Universidade Católica Argentina.
É membro do Conselho Editorial da Revista do Irib e do Conselho Editorial Nacional da Revista de Direito Notarial, editada pelo Colégio Notarial do Brasil.
É integrante do Conselho Editorial dos Cadernos do CENoR, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
É titular da cadeira n. 12 da Academia Brasileira de Direito Registral Imobiliário
Titular da cadeira n. 23 da Academia Notarial Brasileira.
Atividades:
Presidiu a Comissão do 185º Concurso de Ingresso na Magistratura do Estado de São Paulo. Atualmente, preside a Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Foi presidente da Turma Especial de Direito Público do Tribunal de Justiça paulista e Secretário – Geral da Escola Paulista da Magistratura.
Supervisor da Biblioteca da Corte e Coordenador de sua “Agenda dos 150 Anos”, foi convocado a colaborar na Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Magistrado de carreira (com ingresso na Magistratura Paulista em 1979).
Juiz do Tribunal de Alçada Criminal do mesmo Estado, a partir de 1994.
É diretor da Seção de Estudos de Direito Natural do Consejo de Estudios Hispánicos "Felipe II", de Madri.
Ministrou palestras no Brasil e no Exterior, com destaque para as proferidas em Morélia, México, no XVII Congresso Latino-Americano de Consulta Registral (2003);
Palestras na Faculdade de Direito da Universidade do Porto e na Faculdade de Direito da Universidade do Minho, em Braga, Portugal (2003);
Moscou, Rússia, XIV Congresso Internacional do Direito Registral (junho de 2003);
Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (janeiro de 2005)
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (2007);
Faculdade de Direito da Universidade Católica do Chile (2006 e 2007).
Publicações:
Publicou vários livros, entre eles:
Da Ética geral à ética profissional dos registradores prediais;
Registro de imóveis e notas -responsabilidade civil e disciplinar, em colaboração com José Renato Nalini
Trilogia do camponês de Andorra
A vida dos direitos humanos (obra coletiva, que coordenou juntamente com Jaques de Camargo Penteado)
Direito penal: Linguagem e crise
Tradição, revolução e pós-modernidade (obra coletiva, que coordenou)
Propedêutica jurídica –Uma perspectiva jusnaturalista, em colaboração com Paulo Ferreira da Cunha
Crime e castigo: Reflexões politicamente incorretas, em colaboração com Volney Corrêa Leite de Moraes Júnior
Registros de Imóveis –Vários Estudos
Introdução ao direito notarial e registral (obra coletiva, que coordenou)
Los derechos humanos y el derecho natural (publicado em Madrid, pela ed. Marcial Pons)
Direito administrativo registral (ed. Saraiva, São Paulo, 2010)
Direito registral - Registros públicos -Doutrinas essenciais (ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2011 -coleção em que escreveu e que coordenou juntamente com Sergio Jacomino)
Prudência notarial (ed. Quinta, São Paulo, 2012)
Segurança jurídica e crise pós-moderna (ed. Quartier Latin, São Paulo, 2012)
Registros públicos e legislação correlata, em colaboração com Sérgio Jacomino (ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2012)
Outras Publicações:
Colaborou ainda com estudos para diversas obras coletivas publicadas no exterior, entre elas:
- Teoria do Estado Democrático, ed. Verbo, Lisboa, 2003
– Los Principios y el Derecho Natural en la Metodología de las Ciencias Prácticas, EDUCA, Buenos Aires, 2002
- Direitos Humanos –Teorias e Práticas, ed. Almedina, Coimbra, 2003
- (diversos verbetes para o) Diccionario Crítico de Juristas Españoles, Portugueses y Latinoamericanos (Zaragoza –Barcelona, 2005)
- Fines de la Pena Abolicionismo Impunidad (Cathedra Jurídica, Buenos Aires, 2010)
- “Ciudadanos para el bien común -Educación para la ciudadanía” (na obra coletiva El bien común: Cuestiones actuales e implicaciones político-jurídicas; edição de Miguel Ayuso; Madrid: Itinerarios, 2013)
Atualizou, com Renato Nalini, os livros Da Competência em Matéria Penal e Estudos de Direito Processual Penal, de José Frederico Marques
Escreveu o capítulo “A dignidade da humanidade e a Relectio de Indis de Francisco de Vitoria” no livro coletivo Estudos e debates em direitos humanos (organização de Vladmir Oliveira da Silveira; Campinas, Conceito, 2010)
Escreveu o capítulo “Objeção de consciência e objeção da consciência” na obra coletiva Princípios humanistas constitucionais, livro sob a coordenação de Carlos Aurélio Mota de Souza e Thais Novaes Cavalcanti (ed. Letras Jurídicas, São Paulo, 2010).
Escreveu o capítulo “A família e os novos modelos de união sexual”, no livro coletivo Direito natural -Uma visão humanista (organização de Carlos Aurélio Mota de Souza; São Paulo, Cidade Nova, 2012)
Escreveu o capítulo “Da cidade realmente sustentável”, na obra coletiva Regularização fundiária (coordenação de José Renato Nalini e Wilson Levy, Rio de Janeiro, Gen : Forense, 2013)
(Fonte: Currículo Lattes, Internet).
Acadêmico anterior
Jair Ribeiro da Silva
Posse: 06/11/1987 - (2º ocupante)
Jair Ribeiro da Silva nasceu em 25 de março de 1926, na cidade de Bocaiúva (MG). Era filho de Benjamin Ribeiro da Silva e de Maria dos Anjos Meira.
Mudou-se para a cidade de Centenário do Sul (PR), aos 18 anos, e se casou com Valderez Terezinha Seefelder da Silva, com quem teve cinco filhos: Benjamin, João Batista, José Roberto, Jair Filho e Júlio César.
Mudou-se novamente e desta vez, em 1978, para a cidade de São Paulo, permanecendo com suas atividades atinentes ao comércio de pães até 1985, quando, juntamente com seu filho Benjamin, fundaram o Colégio Albert Einstein.
Jair Ribeiro da Silva acreditava que a educação era a maneira mais eficaz de erradicar a pobreza, servindo-se dessa convicção para formar seus próprios filhos, todos profissionais e empresários de sucesso em São Paulo.
Uniu-se aos amigos que já trabalhavam pelo equilíbrio social da zona sul para estruturar a fundação da Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos – Sobel, situada à Rua Rubens Montanaro de Borba, Cidade Dutra. Essa entidade, que iniciou atividades como creche, estendeu suas ações na área da educação infantil e assistência integral às crianças, passando a englobar seis unidades. O complexo Sobei passou a ser presidido por Benjamin, seu filho mais velho.
Jair Ribeiro da Silva dedicou-se como empresário, com esmero à formação educacional. Ingressou, em 6 de novembro de 1987, com segundo ocupante da cadeira no 20 da veneranda Academia Cristã de Letras, tendo por patrono Gustavo de Paula Teixeira (1881-1937). Faleceu em 12 de dezembro de 1990, aos 64 anos.
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Samuel Pfromm Netto
Posse: 10/11/1993 - (3º ocupante)
Samuel Pfromm Netto nasceu aos 3 de março de 1935, na cidade de Piracicaba (SP). Graduou-se em pedagogia, em 1959, e obteve, na Universidade de São Paulo (USP), seu doutorado (1970) e pós-doutorado (1974) em educação. Atuou, desde 1960, como professor dessa renomada instituição de ensino, na disciplina de psicologia da aprendizagem. Ademais, foi um dos responsáveis pelo planejamento e criação do curso de psicologia, assim como do Instituto de Psicologia da USP. Lecionou também na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Samuel Pfromm Netto além de se destacar como professor, pedagogo, educador, foi historiador e escritor. Atuou como diretor pedagógico do programa infantil “Vila Sésamo”, que foi ao ar na TV Cultura e TV Globo, muito elogiado pela qualidade de aprendizagem que oferecia.
Fundou e presidiu, na capital paulista, a empresa PNA – Pfromm Netto & Associados. De intensa vida associativa foi membro do vetusto Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, bem como teve a honra de pertencer à ínclita Academia Paulista de Educação e à cadeira no 7 da veneranda Academia Paulista de História, tendo por patrono Alexandre de Gusmão (1695-1793).
Ingressou como terceiro ocupante da cadeira no 20, da honorável Academia Cristã de Letras, em 10 de novembro de 1993, tendo por patrono Gustavo de Paula Teixeira (1881-1937). Teve a honra de presidir essa sodalício por dois mandatos (1998-1999 e 2000-2001).
Samuel Pfromm Netto faleceu em 17 de novembro de 2012, contando com 77 anos. Publicou mais de 40 obras, dentre as quais citam-se: Comunicação de Massa (1972); Psicologia da Adolescência (1976); Tecnologia da Educação e Comunicação de Massa (1976); Psicologia: Introdução e Guia de Estudo (1985); Psicologia da Aprendizagem e do Ensino (1987); Psicologia Introdução e Guia de Estudo (1990); Telas que Ensinam Mídia e Aprendizagem: do Cinema ao Computador (1998); Piracicaba de Outros Tempos (2001); Pena, Escudo e Lança (2003); Goethe: Poesias Escolhidas (2005); e Dicionário de Piracicabanos (2013).
Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.
Fundador
Maria de Lourdes Teixeira Santos
Posse: 04/10/1973 - (1º ocupante)
Nasceu em São Pedro, interior de São Paulo. Era bisneta do fundador da cidade, Joaquim Teixeira de Barros. Após concluir os estudos primários, transferiu-se para a cidade de Taquaritinga, onde se formou pela Escola Normal e exerceu o magistério por muitos anos.
Maria de Lourdes desenvolveu, desde jovem, seus dons poéticos, pois a poesia estava no gene de sua família: é sobrinha do renomado poeta Gustavo Teixeira e prima homônima de Maria de Lourdes Teixeira, da Academia Paulista de Letras. Poesias e crônicas de sua autoria foram publicadas no jornal Comércio de Taquaritinga.
A professora casou-se com Alarico Gonçalves dos Santos e mudou-se para São Paulo, onde dedicou boa parte de seu tempo a obras sociais e culturais. Nos anos 60 e 70, junto de seu marido, foi figura proeminente nos meios sociais e literários da capital paulista.
Declamadora e poetisa, foi integrante da União Brasileira de Escritores, da Casa do Poeta de São Paulo, da Casa do Intelectual e da Associação dos Cavaleiros de São Paulo. recebeu muitos títulos honoríficos, entre eles, Medalha Imperatriz Leopoldina, Medalha Benito Juarez, Medalha João Amós Comenius, Cruz de João Ramalho, Legião Joana D’Arc, Ordem da Solidariedade. Ela e seu esposo, foram agraciados, pelo Papa Paulo VI, com o título de Condes D' Alverne, por suas obras beneméritas, conforme noticiou A Gazeta de São Paulo em 06 de dezembro de 1969.
Em 04 de outubro de 1973, tomou posse da Cadeira N.º 20 da ACADEMIA CRISTÃ DE LETRAS e escolheu, como Patrono, seu ilustre tio, o poeta Gustavo Teixeira. O Acadêmico Sergio Carlos Covello, fundador da Cadeira 01, deu-lhe as boas vindas:
É com muita justiça que esta Academia acolhe em suas hostes uma beletrista que a par de sua arte poética, se dedica a intensa campanha de divulgação do poeta Gustavo Teixeira, uma das figuras máximas do nosso Parnasianismo.
Nos dias atuais, nem sempre ao homem moderno sobra tempo para apreciar a beleza das grandes obras do espírito. De sorte que a divulgação de tais obras torna-se trabalho importantíssimo para as letras, e que só pode merecer admiração e aplausos.
Em seu próprio discurso de posse, Maria de Lourdes exaltou a vida e a obra de seu patrono, do qual extraímos dois trechos:
Gustavo Teixeira, poeta de tantas faces, cujo instrumento de sonoridades várias canta os guerreiros, os triunfadores, os doges, as cidades, as batalhas, a tempestade, a mulher, o amor, a paisagem, as árvores, as flores, os crepúsculos e as alvoradas, teve o coroamento de sua existência de realização estética e humana, abeberando-se na fé cristã. (...)
E assim, perpetuado no bronze, rosto triste e aristocrático, está a lembrar aos que por ali transitam que em São Pedro existiu um poeta diferente, cintilante como um astro, humilde como a violeta que evola o seu perfume oculta na ramagem, e, entretanto, encontrou nessa forma de coexistir a razão de ser poeta, somente poeta... (Fonte: Livreto: Recepção de Maria de Lourdes Teixeira dos Santos na ACADEMIA CRISTÃ DE LETRAS, em quatro de outubro de 1973 – São Paulo; Museu Gustavo Teixeira – Coordenadora de Cultura: Sandra Golinelli : E-mail:
Ainda em seu discurso de saudação à nova Acadêmica, Sergio Carlos Covello faz um convite ao público presente na solenidade: Ouçamos o poema VOCÊ, publicado na Casa do Poeta, edição de 1969, e apreciemos a eleição, a formosura e a sensibilidade de seus versos:
Você é tudo o que eu queria...
Tudo que anseio a ilusão me dê;
O meu sonho de amor de todo dia,
Que nos meus olhos úmidos se lê.
A minha felicidade fugidia,
O meu sonho... O meu sonho é você.
Você... Você é a própria poesia
De tudo quanto à volta a mim se vê;
Se Deus quisesse dar-me um certo dia,
Tudo aquilo que anseio que me dê,
Fortuna, amor, tudo isso eu daria
Em troca de você...
É que você tem todos os venenos...
Os lábios de você têm não sei quê;
Os olhos de você... São dois morenos
Que andam à noite fazendo canjerê...
Por tudo isso eu pediria ao menos
Um pedacinho de você!...
Fontes:
Livreto: Recepção de Maria de Lourdes Teixeira dos Santos na ACADEMIA CRISTÃ DE LETRAS, em 4 de outubro de 1973 – São Paulo
Museu Gustavo Teixeira – coordenadora de Cultura: Sandra Golinelli
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. / Fone: (19)3481.9205
Patrono
Gustavo Teixeira
Gustavo de Paula Teixeira (São Pedro, 4 de Março de 1881 — São Pedro, 22 de Setembro de 1937) foi um poeta brasileiro, de tendências literárias entre o Parnasianismo e Simbolismo, peculiares as primeiras décadas do Século XX.
Gustavo Teixeira publicou dois livros apenas em vida. Ementário, publicado em 1908, trazia um prefácio de Vicente de Carvalho e poemas nos estilos romântico e parnasiano, notadamente utilizando versos alexandrinos, comuns à sua época. Em Poemas Líricos, de 1925, suas composições passaram a predominar em estilo através da estética simbolista. (Dados extraídos da Wikipedia)
Quem prefaciou e deu notoriedade à obra poética de Gustavo Teixeira foi o modernista Cassiano Ricardo ao prefaciar a antologia do autor que estava no esquecimento. "O poeta de "Martim Cererê" elaborou um autêntico ensaio sobre Gustavo Teixeira, analisando-o com a sua sensibilidade e agudeza a crítica, de forma a compreendê-lo e situá-lo, com o devido recuo no tempo", referindo-se à "idade" que condicionava seus versos monocórdios "próprios de épocas de ritmo mais sossegado e sem problemas".
Discurso de recepção
Discurso de recepção - Cadeira nº 20
Discurso de posse
Discurso de posse - Cadeira nº 20