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  • Posse: 30/08/2011 - (3º ocupante)
  • Fundador: Kyélce Amazonas Correia
  • Patrono: Santo Agostinho
  • Antecessor: Carlos Correa de Oliveira

Acadêmico

 

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CAROLINA RAMOS - Nasceu em Santos em 19 de março de 1924

 

Músicista, Professora Normalista, Secretariado e Folclore. Poetisa e escritora.

Vários cursos de literatura, línguas e enfermagem.

 

Premiações:

Em Concursos de Contos, Crônicas,

Trovas em vários estados do Brasil e no Exterior: em Portugal, Moçâmedes, Chile, Venezuela, USA e Itália, Salerno, (“Medáglia de Mérito Internazionale – Poesia “Paz” 2010).

 

Participa das Instituições:

É membro da Academia Cristã de Letras de São Paulo,

Membro da Academia Santista de Letras,

Academia Feminina de Ciências Artes e Letras de Santos,

Instituto Histórico e Geográfico de Santos, que presidiu por três gestões, de 2000 a 2007, 

É Sócia Honorária da Casa do Poeta Lampião de Gás de São Paulo,

Presidente da União Brasileira de Trovadores, Seção de Santos.

Sócia correspondente da Academia Paulista de História, da Ordem Nacional dos Bandeirantes de São Paulo e de várias outras Academias de Letras e entidades culturais do Brasil.
Foi a 1ª mulher a conquistar o título de “Magnífico Trovador”, em Nova Friburgo, RJ 1973.

É Sócia Benemérita da UBT Nacional.

Foi agraciada com a “Medalha do Sesquicentenário de Santos”, outorgada pela Prefeitura Municipal; “Medalha dos Andradas”,pelo IHG de Santos e “Medalha Brás Cubas”, outorgada pela Câmara de Santos, em 2006”.

 

Livros publicados:

16 de poesias, trovas, contos , biografias etc. E vários inéditos: de folclore, trovas, contos e poesias.

Acadêmico anterior


Posse: 26/11/1991 - (2º ocupante)


Carlos Correa de Oliveira(1923-2010)Carlos Corrêa de Oliveira nasceu em 29 de agosto de 1923, na capital paulista. Foi casado com Eunice Marques de Oliveira e tiveram quatro filhos e seis netos: Felipe, Aline, Marcelo, Rodrigo, Fernando e Luíza.

Teve intensa e variada atividade. Profissionalmente, ocupou inúmeros cargos na prática do jornalismo, bem como na advocacia, funções que exerceu com muito empenho.

Recebeu diversos prêmios e condecorações, dentre as quais a medalha e o diploma de honra ao mérito, concedidos pela Ordem dos Velhos Jornalistas e pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo.

Carlos Corrêa de Oliveira foi membro da Academia Paulista de Jornalismo e da Academia Brasileira de Jornalismo, tendo por Patrono Giovanni Battista Libero Badaró (1798-1830).

Pertenceu também à Associação dos Cavaleiros de São Paulo, entidade que lhe concedeu o diploma de honra ao mérito da Cultura Cavaleiresca de Santo Amaro. Ademais, fez parte da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra; do Movimento de Renovação Política; da Casa do Poeta Lampião de Gás; do Movimento Poético Nacional; e do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Ingressou, em 26 de novembro de 1991, como segundo ocupante da cadeira no 22 da ínclita Academia Cristã de Letras, tendo por patrono Santo Agostinho (354-430). Nesse sodalício obteve a honra de seus pares de ter sido eleito presidente, exercendo seu mandato no biênio 1994-1995.

Carlos Corrêa de Oliveira faleceu em 3 de outubro de 2010, aos 87 anos.


 Texto feito pelo acadêmico Helio Begliomini, segundo ocupante da cadeira no 10 da Academia Cristã de Letras, tendo por patronesse Marie Barbe Antoinette Rutgeerts van Langendonck.

Fundador


Posse: 26/09/1974 - (1º ocupante)


Kyélce Amazonas Correia(1911-1989)Kyélce Amazonas Correia, primeiro ocupante da Cadeira 22. Nascido em Curitiba, PR, na data de 26 de janeiro de 1911, descendia ele, pelo lado paterno, dos Viscondes de Nacar e do lado materno, do Barão do Serro Azul, cuja vida sofrida e heroica, teve afinal os méritos reconhecidos, permitindo-lhe ser postumamente galardoado com o título honroso de “Herói Nacional”, para emoção e justo orgulho de seus descendentes. Kyélce Amazonas Correia iniciou sua vida estudantil em colégios de Curitiba e do Rio de Janeiro. Ingressou na Faculdade de Medicina do Paraná, mas em virtude do falecimento de seu pai, viu-se forçado a interromper o curso no final do primeiro ano.

Transferiu-se para Paulicéia, passando a trabalhar na Companhia de Seguros de São Paulo, aonde se tornou superintendente, lá permanecendo até se aposentar. O sonho de tornar-se medico, entretanto, não se apagara de todo e, em reposta às vicissitudes que lhe haviam perturbado a carreira, valeu-se dos anos vividos no Recife para levar adiante o curso interrompido, até a sua conclusão. Contudo, após graduar-se, “optou por continuar suas atividades na Companhia de Seguros”, como explica sua filha Eloisa Elena. Ingressado no Rotary Club de São Paulo Leste, em 5 de setembro de 1952, torna-se Presidente desse Clube colaborando culturalmente sendo autor de muitos artigos em publicações dessa entidade o que o levou a ser homenageado com a Comenda “Paul Harris”. Em 1974, publicou o livro “O Homem Novo”, muito bem recebido pelo público, alcançando três edições, em 1974, 76 e 78.

Em 1975, foi eleito para a Academia Cristã de Letras inaugurando a Cadeira 22 sob o patronato de Santo Agostinho. Após aposentar-se, dedicou-se “à coordenação dos Cursilhos de Cristandade “trabalho que considerava um apostolado e do qual muito se orgulhava”.

Durante vinte e cinco anos foi casado com Carlota Bezerra Correia que lhe deu cinco filhos: Odilon Afonso, Alba Regina, Eloisa Elena e Carmen Lúcia. Casou-se em segundas núpcias, com Lygia Goulart Arruda Correia “união que também durou vinte e cindo anos”. Faleceu em São Paulo, em 23 de novembro de 1989.

 

Patrono

 

Santo Agostinho(354-430)Uma temeridade tentar resumir em poucas linhas a obra de alguém de tão extraordinária relevância como Santo Agostinho, grande filósofo e um dos maiores gênios teológicos de todos os tempos, cuja voz, atravessando gerações, empresta, desde a Idade Media, luzes e bases concretas à história da humanidade. Nascido em 13 de novembro de 354, em Tagaste, Numíbia - a África Romana – foi jovem indisciplinado que experimentou todos os prazeres da vida, de forma desregrada e fanfarrônica, antes de auto- transformar-se no Santo Agostinho humilde, amado, digno de ser seguido, admirado e respeitado, não apenas pela sua sabedoria excepcional em várias frentes, mas, principalmente, pela sua capacidade de dirimir dúvidas e explicar verdades que ele mesmo, com intenso afinco, procurara em sua agitada vida pregressa. Vida dinâmica, livre, tanto para errar como para acertar! Viveu sempre ao encalço dessas verdades que ele mesmo só divulgou quando plena e intimamente convencido de que, afinal, as alcançara. Filho de Patrício e de Mônica, santa mulher! A suave Mônica, cuja aura de virtude atraía devotos aqui mesmo na Terra e cujas angústias maternas, incrementadas pelos desmandos do filho, ajudaram a florir sua escalada para os céus!

A leitura dos textos de Hortencios e Cícero deu a Agostinho a ilusão de que “a verdadeira felicidade reside na busca da sabedoria”, o que o aproximou do maniqueísmo ao qual veio a renunciar, desiludido por não ver suas dúvidas esclarecidas.

Buscou, em vão, o neo-platonismo, na esperança de encontrar respostas que o levassem à verdade que tanto procurava.

Em Milão, atraído, a princípio, tão somente pela eloquência das prédicas de Santo Ambrósio, deixou-se cativar pelos ensinamentos contidos nos seus sermões e, mergulhando na leitura das Epístolas de São Paulo, abraçou a mesma religião seguida com tanta devoção por sua mãe – o Catolicismo. E foi no Catolicismo que definitivamente viu dissipadas as trevas que o cercavam, sentindo-se, afinal, dono da verdade, buscada sempre com obsessão. Santa Mônica recebeu em vida a graça de ver o filho regenerado, convertido e palmilhando o caminho para o qual tentava, em vão, endereça-lo desde menino. Logo em seguida, Mônica faleceu, deixando evidente que apenas a esperança de obter essa tão grande graça, a prendia ainda a esta esfera. Santo Agostinho, batizado por Santo Ambrósio aos 37 anos, entregou todo o vigor de sua fé e de sua retórica à luta contra todos os “ismos” heréticos que infestavam sua época, usando como arma a eficiência de suas obras, dos seus sermões e dos seus edificantes exemplos.

A sabedoria e a aura de virtude que acompanhavam seus atos, levaram-no ao sacerdócio, sendo depois, em Hipona, sagrado bispo, quase à revelia, em 28 de agosto de 430. Sua obra, além de extensa, é muito preciosa e como tal a classificam seus biógrafos, entre eles, Bernard Sessé que acrescenta: a obra de Santo Agostinho vai “da meditação intelectual à meditação filosófica, transpõe a etapa da contemplação e prossegue avançando, até abordar a sabedoria que se confunde com o Verbo de Deus.Santo Agostinho deixou alentado acervo de Cartas, Comentários aos Salmos, Tratados sobre as Escrituras, Tratados sobre a graça Divina, O livre Arbítrio, acervo que lhe deu o cognome de “Doutor da Graça”.

Confissões, Cidade de Deus e a Trindade, foram suas principais obras. A louvação de Deus é o objetivo maior dos treze livro que compõem as Confissões de Santo Agostinho, onde segundo ele mesmo, empenhava-se em atrai, para Deus, o espírito e o coração dos homens do seu tempo. Em suas Confissões, o Santo, com franqueza e humildade sinceras, expõe os erros de sua vida, suas fraquezas, suas dúvidas e desmandos, o gosto pela sensualidade, marcas indeléveis e inerentes às pegadas dos seus primeiros passos. Fiel amigo da verdade, coloca suas páginas e existência inteira, à mercê da crítica da sua própria consciência, antes de entregar tudo isto ao critério da avaliação pública.

Cidade de Deus veio dar continuidade às Confissões e é considerada a sua obra máxima. Nela, Agostinho justifica a Igreja Católica, livrando-a da acusação de que, seu desprezo aos deuses do Olimpo, acarretava a ira dos vândalos, induzindo-os aos contínuos ataques ao Império. Obra polêmica que lhe legou muitos debates com filósofos pagãos.

A Trindade, obra escrita, entre 405 e 420, com vistas ao mistério da Santíssima Trindade, o cerne da fé cristã, é o trabalho de maior importância doutrinária, de Santo Agostinho.

Seus escritos filosóficos, não raro, apresentavam contradições que geraram conflitos entre o platonismo e o catolicismo. O seu lema: “Creio, para compreender”, estimulou a inquietude de suas perenes pesquisas, no intuito de conciliar fé e inteligência. Daí a sua convicção de que “não pode haver ciência, sem um ato de fé precedente”.

Discurso de recepção

 Discurso de recepção - Cadeira nº 22

Discurso de posse

Discurso de posse - Cadeira nº 22