Helio Begliomini
Crônicas, Ensaios e Cartas
Stargate Books, São Paulo – 1998, 120 páginas
Prefácio: Demerval Mattos Junior
Em sua existência, na passagem pela vida, o homem lega a seus semelhantes suas realizações e seu testemunho.
Nas atribulações de cada dia, sobrevivendo, construindo, e com os olhos voltados para os grandes sonhos, o homem, quase não percebe sua importância nas pequenas coisas e fatos do cotidiano.
Minimizando seu papel, esquece, que o simples fato de ser, manifesto em cada gesto, em cada palavra ou em cada escolha, tem o potencial de gerar diferentes respostas no ambiente em que vive, imprimindo de alguma forma ou cm alguma coisa, os sinais de sua existência.
O ser humano, sabidamente limitado em sua capacidade de atenção, não consegue captar e integrar simultaneamente todos os estímulos que o atingem a cada momento. Cercado pelas fronteiras de sua capacidade biológica e de mecanismos nem sempre muito claros de seu inconsciente, elege em diferentes situações e ocasiões, prioridades para as quais dirige sua atenção e inteligência, deixando em um plano menor, quase imperceptível, fatos, palavras e atitudes, que vividos simultaneamente por outras pessoas, ao mesmo tempo e no mesmo local, as marcaram de formas e intensidades diferentes.
Percorrendo etapas e superando obstáculos, misturando alegrias e tristezas, o homem, tende no decorrer do tempo, a esquecer as dificuldades que foram copiosa fonte de preocupações c ansiedades. Se não guardou cm pormenores a experiência vivida, se as emoções não se repetem cm sua memória com a mesma intensidade, leva entretanto, recordações, a quem como guia, recorre intuitivamente nos momentos de necessidade, procurando e encontrando velhas soluções para novos problemas.
Vivendo hoje com os olhos voltados para o amanhã, criando constantemente novos objetivos que se tornam velhos logo a seguir, cie testemunha um universo de mudanças e transformações, caminhando em direção a um futuro, que por vezes o assusta, e onde residem seus melhores sonhos e esperanças.
A sociedade moderna, refletindo de certa forma o homem de seu tempo, preocupando-se apenas com o que estamos fazendo ou poderemos realizar, tende a não valorizar o que passou, situando as velhas experiências apenas como uma etapa vencida. Neste contexto erra, e erra gravemente, pois nunca se deve esquecer que no passado é que o homem encontra seu equilíbrio e engendra seu modelo de felicidade.
Na relatividade do tempo, para viver-se sabidamente, é necessário que o passado esteja presente com tanta intensidade como no futuro, é preciso que nossas recordações estejam sempre ao nosso lado, para que tenhamos a exata noção daquilo que já vivemos e construímos.
Existem, como o autor deste livro, pessoas especiais, que conseguem flagrar as coisas do seu tempo, sem perder a relação com o que já passou; que olham para o futuro com a prudência do conhecimento adquirido; que conseguem retratar a sociedade com equilíbrio e senso crítico, que são os autores e protagonistas, que realizam e testemunham, dando fê do seu tempo e de sua gente.
Para aqueles que viveram o período retratado nestas páginas, é dada a oportunidade de rever conceitos, recordar fatos, lembrar das verdades afirmadas hoje e desmentidas amanhã, e muito especialmcnte. aprender a lição de humildade que somente o tempo é capaz de dar e o espírito é capaz de entender.
Para aqueles que não testemunharam, aqui está a oportunidade de entender os caminhos percorridos pela medicina e urologia brasileira nos últimos anos, vistos pelo lado de dentro, humanizado e sensível, expressos por uma pena vigorosa e independente, e sobretudo comprometida pelos ideais da ética e da moral.
Entendendo que este livro ultrapassa as finalidades, desejo que seja alvo de boa e suave leitura, para todos aqueles que tenham a oportunidade de sobre ele colocarem seus olhos e suas mãos.
Em sua existência, na passagem pela vida, o homem lega a seus semelhantes suas realizações e seu testemunho.
Nas atribulações de cada dia, sobrevivendo, construindo, e com os olhos voltados para os grandes sonhos, o homem, quase não percebe sua importância nas pequenas coisas e fatos do cotidiano.
Minimizando seu papel, esquece, que o simples fato de ser, manifesto em cada gesto, em cada palavra ou em cada escolha, tem o potencial de gerar diferentes respostas no ambiente em que vive, imprimindo de alguma forma ou com alguma coisa, os sinais de sua existência.
O ser humano, sabidamente limitado em sua capacidade de atenção, não consegue captar e integrar simultaneamente todos os estímulos que o atingem a cada momento. Cercado pelas fronteiras de sua capacidade biológica e de mecanismos nem sempre muito claros de seu inconsciente, elege em diferentes situações e ocasiões, prioridades para as quais dirige sua atenção e inteligência, deixando em um plano menor, quase imperceptível, fatos, palavras e atitudes, que vividos simultaneamente por outras pessoas, ao mesmo tempo e no mesmo local, as marcaram de formas e intensidades diferentes.
Percorrendo etapas e superando obstáculos, misturando alegrias e tristezas, o homem, tende no decorrer do tempo, a esquecer as dificuldades que foram copiosa fonte de preocupações e ansiedades. Se não guardou com pormenores a experiência vivida, se as emoções não se repetem cm sua memória com a mesma intensidade, leva entretanto, recordações, a quem como guia, recorre intuitivamente nos momentos de necessidade, procurando e encontrando velhas soluções para novos problemas.
Vivendo hoje com os olhos voltados para o amanhã, criando constantemente novos objetivos que se tornam velhos logo a seguir, ele testemunha um universo de mudanças e transformações, caminhando em direção a um futuro, que por vezes o assusta, e onde residem seus melhores sonhos e esperanças.
A sociedade moderna, refletindo de certa forma o homem de seu tempo, preocupando-se apenas com o que estamos fazendo ou poderemos realizar, tende a não valorizar o que passou, situando as velhas experiências apenas como uma etapa vencida. Neste contexto erra, e erra gravemente, pois nunca se deve esquecer que no passado é que o homem encontra seu equilíbrio e engendra seu modelo de felicidade.
Na relatividade do tempo, para viver-se sabidamente, é necessário que o passado esteja presente com tanta intensidade como no futuro, é preciso que nossas recordações estejam sempre ao nosso lado, para que tenhamos a exata noção daquilo que já vivemos c construímos.
Existem, como o autor deste livro, pessoas especiais, que conseguem flagrar as coisas do seu tempo, sem perder a relação com o que já passou; que olham para o futuro com a prudência do conhecimento adquirido; que conseguem retratar a sociedade com equilíbrio e senso crítico, que são os autores e protagonistas, que realizam e testemunham, dando fê do seu tempo e de sua gente.
Para aqueles que viveram o período retratado nestas páginas, é dada a oportunidade de rever conceitos, recordar fatos, lembrar das verdades afirmadas hoje e desmentidas amanhã, e muito especialmcnte. aprender a lição de humildade que somente o tempo é capaz de dar e o espírito é capaz de entender.
Para aqueles que não testemunharam, aqui está a oportunidade de entender os caminhos percorridos pela medicina e urologia brasileira nos últimos anos, vistos pelo lado de dentro, humanizado e sensível, expressos por uma pena vigorosa e independente, e sobretudo comprometida pelos ideais da ética e da moral.
Entendendo que este livro ultrapassa as finalidades, desejo que seja alvo de boa e suave leitura, para todos aqueles que tenham a oportunidade de sobre ele colocarem seus olhos e suas mãos.
(Demerval Mattos Junior)
Diretor do Serviço de Urologia do Hospital Servidor Público do Estado de São Paulo.