Vejo hoje, o tempo na sua face:
O jardim, a ponte sem fim,
Como se o passado voltasse,
Trazendo o aroma de jasmim:
A mesma flor, sempre presente
Em nossos espaços de vida,
Do sonho pleno, permanente,
E de mãos dadas, caminhado.
Vejo, hoje, a luz esmaecida,
Outrora tão resplandecente,
De toda fantasia vivida,
Que envolvia o mundo da gente!
E nessa moldura, plasmado
Está o mesmo amor antigo
Que ainda baila enamorado
E que sempre esteve comigo!
Frances de Azevedo - Cadeira 39 da ACL