Quando D. João VI tornou à terra natal,
no Brasil deixando o herdeiro Pedro,
as cortes portuguesas reagiram muito mal,
e não gostaram nenhum pouco desse enredo.
Ao Brasil não era dada a independência,
Esse era o pensamento d ‘além mar,
0 povo subjugado não merecia indulgência,
A Portugal cabiao0 direito demandar.
Eis que surge uma figura imponente,
que de D. Pedro era amigo e patrono,
José Bonifácio, o patriarca, jamais conivente,
aconselhou o afilhado a lutar por seu trono.
Numa viagem a São Paulo, até então perfeita,
Pedro pressentiu que era chegada a hora,
Portugal exigia seu retorno, que desfeita,
Eis o momento certo para uma desforra.
Desfaziam-se ali os laços de amizade,
Que até então esses dois povos unia,
Pedro jogou ao chão, fazendo alarde,
Aas insígnias lusas que seu peito exibia.
E junto ao riacho do Ipiranga,
um cenário bucólico, o Brado de independência ou morte então ecoou,
e o Brasil, nesse sete de setembro histórico,
ao pódio das nações soberanas assomou!