P/Ruth
O soneto das rimas amarelas,
Desenhadas em simples aquarelas,
Às vezes, tendo cores de capelas,
Outras vezes apenas de favelas,
O soneto das rimas paralelas,
Relembrando os olhares das donzelas,
Num passado de moças tagarelas
E serenatas feitas em ruelas.
O soneto das minhas caravelas,
Da busca da mais bela entre as mais belas,
De luta em temporais e nas procelas
E do bem descobrindo sentinelas,
O soneto do amor sem ter tutelas,
Em que p’ra ti meu peito abre em janelas.