Slide
  • Fonte: Ives Gandra da Silva Martins

P/Ruth

O soneto das rimas amarelas,
Desenhadas em simples aquarelas,
Às vezes, tendo cores de capelas,
Outras vezes apenas de favelas,

O soneto das rimas paralelas,
Relembrando os olhares das donzelas,
Num passado de moças tagarelas
E serenatas feitas em ruelas.

O soneto das minhas caravelas,
Da busca da mais bela entre as mais belas,
De luta em temporais e nas procelas
E do bem descobrindo sentinelas,

O soneto do amor sem ter tutelas,
Em que p’ra ti meu peito abre em janelas.