Márcia Etelli Coelho (Poema em homenagem aos músicos)
O concerto findou ao som de violinos,
pungentes acenos de despedida,
vibrantes cantatas de um rouxinol.
Aplausos lembravam badalos de sinos
e o mundo tornava-se, ali, uma ilha
trocando energia com o velho farol.
Enquanto as luzes do palco se apagavam,
aplausos contínuos seguiam, efusivos.
Uníssono coro, insistindo no bis.
No encanto geral, emoções afloravam
olhares atentos, brilhantes e vívidos,
marcando pra sempre esperança motriz.
Lá fora, a Lua, vestindo seresta,
dançava com Vênus que, do alto, sorria,
secando as lágrimas de toda a cidade.
Amigos chamaram aquilo de festa.
Alguns apostaram se mera utopia.
Talvez algum sonho, magia ou milagre.
O tempo mostrou, através da saudade,
que aquele momento... era felicidade!