(Baile é o título do que considero prosa poética do médico Luis Gastão Costa Carvalho Serro-Azul, publicada em 2006, no Suplemento Cultural da Revista da APM, nº 171). Encantada, ousei escrever este poema, em 28/Maio/2020.
Vi-me dançando sem querer, talvez um Allegro Vivace,
Num salão espelhado, onde o dourado emoldurava
O teto com suas pinturas magníficas!
Ninfas pintadas saltavam, dançando também...
Johann Strauss, pai (1804-1841), surgiu
Num passe de mágica e tomando-me em seus braços,
-obviamente, tendo como pano de fundo uma de suas
Espetaculares composições- saímos a rodopiar
No amplo ambiente, marcando os passos
No piso marmóreo e quadriculado...
Eu valsava no ar: leve, fluída e solta!
Não existia mais ninguém!
Andante... Allegro... Adágio... Allegro No Molto...
Presto... Coda...
Confesso, não entendo. Mas, no meu sonho,
Pois, logicamente, foi um sonho,
Tudo isso apareceu!
E bastou um ruído vindo de muito longe,
Mas foi o suficiente, para me despertar...
E esse sonho valsante
Findou num instante...
Frances de Azevedo (Cadeira 39 da ACL)