Andaste bem pertinho de minha alma!
Tão perto, que cheguei a acreditar
Quem desta vez, alguém teria a palma,
De compreendê-la e dela se apossar!
Mas a aventura impôs-se em teu caminho,
Equívoca, a impelir-te em rumo incerto...
Partiste em busca de um banal carinho.
Restou a dor de um sonho mal desperto!
Chamei por ti!... E a brisa, com desgosto,
Murmurou confidente, ao meu ouvido:
- Esquece, tola, que eu te enxugo o rosto...
Deixa-o partir...o mais não tem sentido;
Se o adeus rouba o sorriso à tua boca,
A saudade e a ventura são rivais!
Deixa-o partir... Esquece... Esquece, louca!
Outro virá... e há de querer-te mais!