Rompem-se os diques da alma. Nas retinas,
confundem-se as visões do Bem e o Mal.
Momo sacode os guizos! Nas esquinas,
e nos salões, estronda a bacanal!
No entanto, há mais Pierrôs e Colombinas,
Palhaços e Arlequins, na vida real,
que os que atiram confetes, serpentinas,
alegria a fingir no Carnaval!
Cinzas! Máscaras rolam. Mas só a morte,
a derradeira máscara, é quem tira.
Momo sorri – talvez da própria sorte...
O amargor, numa dúvida, se expressa:
- O Carnaval findou?! – Mordaz mentira!
- A vida marcha: - E o Carnaval começa!