O sol tombando a flama purpurina,
no leito azul, sereno, se aninhava.
Era setembro, sete, na colina,
D.Pedro as cartas de Além-mar folheava.
Súbito, olhando a plácida campina
que às margens do Ipiranga se espraiava,
ouve a prece da Terra, ainda menina,
que, pouco a pouco, se fazia escrava.
Eclode um grito: - “Independência ou Morte!”
Todo o Brasil é um brado de repulsa!
Rolam por terra os laços! Sul a norte,
ruge o Titã, pelo clamor desperto!
E ardendo em brios canta, freme, pulsa,
exulta um povo, dos grilhões liberto!