Na alma canta a lembrança
No peito chora a saudade
Longe o tempo de criança
E tão distante a mocidade.
Nos tropeços do caminho
Verga o corpo outrora forte
A vida segue em desalinho
Vislumbra o sinal da morte.
Antes de partir eu quisera
Já na véspera da partida
Com sabor de primavera
Um beijo de despedida.
Sentir o cálido abraço
O olhar, o gesto, o riso
Depois, fluir no espaço.
Nas vibrações do sorriso.
Dizer o adeus sem ironia
Sem sofismas dar o adeus
E na curta prece da agonia
Jurar amor eterno aos meus!
Lázaro José Piunti -