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  • Fonte: Helio Begliomini

Ao(s) meu(s) amado(s) filho(s).

Hoje você é uma criança e conta com poucos anos. Mas, amanhã, você será maior que o papai em tamanho, profissão e cultura, e poderá entender o que eu quero lhe transmitir de forma perene nesta hora.

Saiba, querido filho, que o papai e a sua mamãe sempre procuraram transmitir a você e ao seu querido irmão todo o amor que nós recebemos.

Saiba que, desde criança, nós procuramos mostrar-lhe a importância de amar o seu irmão, os seus pais e parentes.

Saiba que sempre nós quisemos ensinar-lhe o caminho do bem, das grandezas de Deus e da divindade dos nossos semelhantes.

Mas, saiba que tudo isso e mais a vida toda emanada de nós só puderam ser transmitidos da maneira com que foram amparados na sincera intimidade com o nosso “Papai do Céu” (Lembra-se?!).

Por isso, meu filho, é meu desejo que em sua vida não haja nada que possa afastar você do amor de Deus. Jamais se esqueça daqueles inesquecíveis momentos em que, juntos, nós ajoelhamos ao pé da cama para orar. Jamais se esqueça da ternura e carinho compartilhados na nossa família.

Para todo o sempre, seu Papai.

1 Dedicatória manuscrita e individual feita impulsivamente aos meus filhos, em 6 de setembro de 1984, por ocasião da conclusão de minha tese de mestrado – Contribuição ao Estudo dos Tumores do Testículo (Figuras 1 e 2), conquista auferida após dois anos de grande dedicação e acentuado estresse. A láurea foi obtida na disciplina de urologia da Escola Paulista de Medicina (EPM), hoje, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Foi, sem dúvida alguma, um momento de fortíssima emoção, que muito desejei e que vivi intensamente. Na ocasião contava com 29 anos e tinha somente dois filhos: Enrico, com quase quatro anos, e Bruno, com quase dois anos. A Giovanna, minha terceira filha, só viria nascer quatro anos e meio depois.

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Figuras 1 e 2 – Capa de minha tese de mestrado e dedicatória manuscrita aos meus filhos explicitada anteriormente.