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  • Fonte: Maria Cecília Naclério Homem

Texto de autoria da Prof.ª. Dr.ª.MARIA CECÍLIA NACLÉRIO HOMEM, que ocupa a Cadeira nº 25 da Academia Cristã de Letras, intitulado:“Importância Nacional Internacional da Língu aPortuguesa”.Originalmente publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XCIX, ano CXXI, São Paulo – 2015. Revisto pela autora em 15 de Fevereiro de 2022, e apresentado na Academia Cristã de Letras nessa mesma data.

Uso atual da Língua Portuguesa no mundo

• É o 6º idioma mais falado do mundo, por cerca de 273 milhões de pessoas. Constitui a população de dez países que foram colonizados pelos portugueses, os quais se localizam nos quatro continentes: Europa, América, África e Ásia. São eles: Portugal (Açores e Madeira), Brasil, Ãngola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Macau e Goa, Guiné Bissau e Guiné Equatorial.
• É a 3ª língua mais utilizada no mundo ocidental, muito à frente de nações do primeiro mundo. Acrescentemos as comunidades de língua portuguesa, existentes em países como a Argentina, Estados Unidos, Austrália, África do Sul;
• É a língua oficial do Brasil, falada, internamente, por cerca 213 milhões, segundo o IBGE. Sendo o único país da América do Sul a falar português.

LÍNGUAS MAIS FALADAS:

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Espaços Criados: O Império Romano e o latim vulgar

  •  As origens de nossa língua remontam a mais de 2000 anos da história da civilização ocidental;
  • Constitui herança da República Romana (509-27 a.C.) cuja capital já era Roma, e do Império Romano (27. a.C. a 476 d.C), o maior império da Antiguidade, que dominou o mundo mediterrâneo;
  • Exército romano levou para as suas províncias o latim vulgar, uma simplificação do latim literário. Tratava-se de modalidades do latim falado na antiga região do Lácio, na Itália. A camada mais forte, denominada EXTRATO, predominante, é romana.

O domínio Romano na Península Ibérica e nascimento das línguas românicas.

A Península Ibérica esteve sob o jugo romano no período que vai do século III a. C. (a Lusitânia-província, desde o século II a. C.) ao século V d. C. Nela nasceram o galego, o espanhol e o português;

O domínio Romano na Península Ibérica e nascimento das línguas românicas.

A Península Ibérica esteve sob o jugo romano no período que vai do século III a. C. (a Lusitânia-província, desde o século II a. C.) ao século V d. C. Nela nasceram o galego, o espanhol e o português;

  •  A grande maioria do vocabulário português , isto é, de 80% a 90%,
    procede do latim;
    O português provém do caso acusativo mais o uso das preposições. No antigo acusativo, a tendência era o emprego da ordem direta mais preposições.

Mais de dois mil anos de história:

Espaços criados

  • NA FORMAÇÃO DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS SÃO CONSIDERADAS TRÊS CAMADAS LINGUÍSTICAS, QUE CORRESPONDEM A PROCESSOS MARCANTES, REFERENTES À CONSTRUÇÃO DA LÍNGUA.

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NA FORMAÇÃO DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS SÃO CONSIDERADAS TRÊS CAMADAS LINGUÍSTICAS:

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  • Período Paleolítico (primeiro período da idade da pedra);
  • Os romanos encontraram na Península Ibérica povos como os celtas, os iberos, que se fundiram com os celtas, formando os celtiberos, entre os quais estariam também os lusos.
  • Influênciaram a fonética espanhola e galaico-portuguesa, ou penetraram no português moderno, via latim: palavras como carrus e charrua e diversos topônimos: Viena, Londres, Verdun, Milão, etc. No Sul: estavam presentes os fenícios, desde 1.100 a.C, e os cartagineses, séc. VII e VI a.C.: Cjador (Cadiz), Málaca (Málaga) e nas Baleares. Os gregos implantaram feitorias (postos para mercadorias) no Norte: Emporium (Ampurias).

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A pré-conquista romana do Mediterrâneo.

(330a.C.)Disp.em:www.httpexplorethemed.comRomeMedPt.asp.

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AconquistaromanadoMediterrâneo.(260a.

C.). Disp. em:www.httpexplorethemed.comRomeMedPt.aspc

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A conquista romana do Mediterrâneo.(20a.C.)

Disp. em:www.httpexplorethemed.comRomeMedPt.aspc

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A conquista romana do Mediterrâneo.(70d.C.).

Disp. em:www.httpexplorethemed.comRomeMedPt.aspc

O Extrato - (2ª CAMADA)

  • A camada mais forte, predominante, denominada extrato, é romana.
  • O português desenvolveu-se na costa oeste da Península Ibérica, ocupada, atualmente, por Portugal e Galiza, incluídas na província romana da Lusitânia.
  • A partir de 218 a.C., com a invasão romana da Península, a língua falada naquela região era o romance, uma variante do latim que constituiu um estágio intermediário entre o latim vulgar e as línguas latinas modernas.
  • No tempo dos romanos, a Lusitânia era uma das três divisões administrativas da Península Ibérica, na costa atlântica. Correspondia, aproximadamente, ao que veio a ser depois, o território galego-português.

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A bacia do Mediterrâneo já conquistada (De 500 a. C. a 221 d. C.)

lingua 10 6b405Constantino I foi o criador de um mundo novo.

Converteu-se ao Cristianismo, o Império tornou-se cristão e ganhou uma capital: Constantinópla.

Foi dividido em Império Romano do Ocidente Latino e o Império Romano do Oriente Grego, em 306-337.

Este, vingou até 1.453.

 

 

 

 

 

 

 

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SÉCULOS V A VIII:

  • A partir de 409 a 711 d.C., produziram-se os primeiros superestratos, representados pela invasão dos povos germânicos na Península: alanos, suevos e vândalos e, em 531, dos visigodos;
  •  Começa um processo de diferenciação regional: uma parcela da Lusitânia coube aos suevos e, depois, aos visigodos.

SÉCULO VIII:

  • Em 711, os mouros conquistam grande parte da Ibéria, incluindo o atual território português;
  • Do árabe, o idioma português também herdou várias palavras, quase todas começando pelo prefixo árabe al. Por ex. alambique, alcatraz, algarismo, álgebra, alfanje, alface, alicate, etc.
  • O árabe é adotado como idioma oficial, mas o povo segue falando o romance.
  • Delineia-se o galego-português, essencialmente na Lusitânia, que se falou até meados do séc. XIV, o qual, dividido por fronteiras politicas, deu origem ao galego e ao português.

O Superestrato (Cont.)

SECULOS IX AO XI

  • Surgemos primeiros documentos latinos com alguns termos portugueses;
  • Os árabes são expulsos para o Sul da Península, onde se formam os dialetos moçárabes, resultantes do contato do árabe com o latim;
  • Ogalego português torna-se a língua falada e escrita da Lusitânia, nos documentos oficiais e textos literários não latinos, tais como os Cancioneiros, coletânea de poemas medievais.
  • A língua portuguesa define-se com a história de Portugal. Da reconquista da terra aos mouros, forma-se, em parte, o Condado Portucalense, cujo nome se deve à Província Romana de Portus Cale, situada entre os rios Minho e Mondego, fundada pelos romanos em 136 a.C., antigo território ibérico, que constituiria a base geográfica e política do Estado Português.
  • Em 1095 – Afonso XI de Leão e Castela, confiou o condado a D. Henrique de Borgonha, cuja independência foi tentada por ele, mas só conseguida após sua morte.

SÉCULO XII

O GALAICO PORTUGUÊS constitui um complexo linguístico que recebeu influência do Provençal, da Langue d´Oc e da Langue d´Oil (Francês) e do Latim Vulgar). Era um dos dialetos falados na Galiza, província ocidental do reino de Leão, ao qual o condado portucalense pertencia, a princípio. Na época do primeiro monarca português, Dom Afonso Henriques (1110-1185), produziram-se as primeira manifestações da literatura portuguesa: Cantiga de Amor, poesia cortesã, e manifestações em língua vulgar: Cantiga de Amigo, popular, cantada por mulher; e Poesia Satírica, de escárnio e maldizer.

O PORTUGUÊS é a continuação histórica do galego português ou galaico- português, idioma da Galiza e do Norte de Portugal, na Idade Média, que deu lugar ao português moderno. Porto Cale: porto dos romanos, na margem direita do Rio Douro, onde nasceu a cidade do Porto, que seria a capital do Condado Portucalense, até 1174, origem da nação portuguesa.

DERROTA DOS MOUROS

SÉCULO XII – D. Afonso Henriques (1110-1185), filho de Dom Henrique de Borgonha, derrotou os mouros em 1139, quando o condado se tornou independente de Leão. Em 1147, conquistou Santarém, Lisboa e Porto; em 1166, Évora.

D.DINIZ

SÉCULO XIII – Foi assinalado pelo reinado de D. Diniz (nascido em1261, reinou de 1279 até sua morte, ocorrida em 1325), tendo sido um dos monarcas portugueses mais notáveis. Conhecido como Rei Trovador, compôs 138 cantigas. Adotou o dialeto do Porto como a língua oficial, que substituiu o Latim nos documentos judiciários. Em 1290, fundou a Universidade de Lisboa, transferida para Coimbra em 1308.

  • SÉCULO XIV – D. João , nascido em Lisboa, em 1357, reinou, de 1385 a 1433. Era Grão Mestre da Ordem de Avis, fundador da segunda dinastia nacional, esmagou os castelhanos na batalha de Aljubarrota, em 1385. Garantindo a sobrevivência a independência do Reino.
  • O IMPÉRIO PORTUGUÊS: Espaços Criados
  • SÉCULO XV- Portugal foi o Estado pioneiro na expansão marítima. Prescindiu dos intermediários árabes, genoveses e venezianos. Procurou alternativas aos itinerários comerciais que ligavam as cidades italianas do Norte da Itália ao Norte da Alemanha e Holanda.

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Expansão europeia ultramarina: Espanha e Portugal – de 1500 a 1600.
Disp. em: PARKER, Geoffrey (ed). Atlas da História do Mundo. 4 ed. Folha de São Paulo, 12 mar.- 22 out., 1995. pp.154-155.

NAVEGAÇÕES:

• ESCOLA DE SAGRES – O Infante D. Henrique, filho de D. João I, criou a Escola de Sagres, no Algarve, onde se reuniam pessoas interessadas em aprender e divulgar as ciências e artes ligadas à navegação. Eram geógrafos, cartógrafos, astrônomos e navegadores de nacionalidades várias. Salientamos a importância dos navegadores indianos que ensinaram os portugueses a singrarem os mares da Índia.
• Portugal aperfeiçoa os antigos tipos de navios: galeotas, barcas, barinéis, e principalmente as caravelas, de 3 a 4 mastros, com proas elevadas, o que deixava espaço para o transporte dos mantimentos e outro tipo de carga. Os navegadores portugueses já utilizavam instrumentos como: bússola, astrolábio, círculo de bronze graduado e quadrante. Apud: Novo Dicionário de História do Brasil, São Paulo, Melhoramentos, 1970. Verb. “Descobrimentos Marítimos Portugueses”.

SÉCULO XV – DESCOBRIMENTOS: O IMPÉRIO PORTUGUÊS (COLONIZAÇÕES).
◦ 1415 – Ceuta e outros descobrimentos na costa africana, até que, em

◦ 1488 – Bartolomeu Dias chegou ao Cabo das Tormentas, depois denominado Cabo da Boa Esperança.
◦ 1497 e 1498 – Pelo Cabo da Boa Esperança, Vasco da Gama chegaria a Calicute, na Índia, no reinado de D. Manuel. Assim, puderam intensificar o comércio com especiarias e drogas orientais: pimenta, gengibre, canela, arilo, cravo, noz-moscada etc.

◦ 1492 – Cristóvão Colombo cumpre a rota em sentido inverso e chega á América em

SÉCULO XVI – RENASCIMENTO: A LÍNGUA PORTUGUESA COMO LÍNGUA DO IMPÉRIO PORTUGUÊS

▪ Em 1500, comprovadamente, o navegador português Pedro Álvares Cabral finca a cruz, a divisa real e as armas portuguesas em Porto Seguro, atual Baía Cabrália.

▪ Em 1510 – Foram ocupados Goa, Damão e Diu, territórios situados na costa
ocidental da Índia.

▪ Em 1511 – Os portugueses conquistam Malaca, importante porto situado no sudeste da Ásia.

▪ 1557 – Chegariam a Macau, na China, região do Cantão chinês (atual Guanzou, a Oeste de Hong Kong) e duas pequenas ilhas: Taipa e Cobane.

▪ 1571 em diante: Criam as colônias, Moçambique e Guiné.

O PORTUGUÊS COMO IDIOMA GLOBAL: O MAR SEPAROU, O IDIOMA UNIU.

  • A intelectualidade lusa montou um programa de trabalho: a língua portuguesa será o idioma nacional e deverá acompanhar o império que se formava. Mas inexistia uma linguagem escrita e que fosse suficientemente estruturada, além da atração exercia pelo castelhano, junto aos portugueses. Para tanto, valorizou-se o Latim, em vista da normatização e reflexão do português, a ex. do que ocorrera com o francês, italiano e o espanhol. Surgem as obras que deram início a esse projeto:

▪ A Grammatica da Linguagem Portuguesa, de autoria de Fernão de Oliveira (1536) e a Gramática de João de Barros (1540), acompanhada do Diálogo em louvor de nossa língua. Tais obras definem a morfologia e a sintaxe.
▪ Como a criação do Império Português ocorre em pleno Renascimento, os intelectuais portugueses trataram de colocar o Latim a serviço do Português, definindo-se a morfologia e a sintaxe. A língua e a literatura também incorporam termos italianos e derivados do grego.

▪ Para sua fixação, valeram-se dos professores de primeiras letras, que se multiplicaram no século XVI, somados aos magistrados, ao clero e aos médicos.
• A língua portuguesa, que se fazia presente em várias regiões da Ásia, África e América, passou a ser falada por 13 milhões de pessoas, tornou-se tão importante quanto o inglês é hoje, graças ao império que os lusitanos edificaram e ao papel que tiveram os missionários religiosos nas terras conquistadas.
• A maioria dos autores consagra o idioma nacional.
• 1531 – 1533 – A colonização portuguesa inicia-se no Brasil com a chegada de Martim Afonso de Souza, fundador das primeiras vilas brasileiras e donatário da Capitania de São Vicente. Trazia 400 homens em cinco navios, mais súditos para a administração municipal.

  • A língua portuguesa era falada pelos colonos, por alguns indígenas, africanos e mestiços. As ordens religiosas guardaram o saber transmitido pela civilização ocidental, fundaram igrejas, conventos, colégios regulares, estudaram o tupi, ensinaram o vernáculo aos filhos dos colonos e aos índios.
  • Em 1572, é publicada a obra “Os Lusíadas”, de autoria de Luis Vaz de Camões (1524 ou 1525-1580), poema épico em dez cantos, escrito em língua portuguesa, versa sobre a descoberta das Índias e a aventurosa viagem de Vasco da Gama;
  • Camões foi o primeiro poeta português a escrever uma epopéia clássica. Era conhecedor tanto dos estilos e dos gêneros clássicos latinos quanto das formas e trovas populares. Funde elementos clássicos e modernos, exalta o povo luso e consagra a sua língua.
  • 1580-1640 – “Domínio Espanhol”. O português ainda sofreria influência do castelhano, devido à sua presença em Portugal e no Brasil, incorporando alguns vocábulos e, no séc. XVIII, do francês.

lingua 13 7bebbFernão de Oliveira, Grammatica da lingoagem portuguesa, Lisboa, Germão Galharde, 1536. Como se lê no cólofon, “todas cousas tem seu tempo & os ociosos o perde(m)”. O latim, como língua de estudo ainda estaria para durar. Como língua de comunicação corrente e como língua literária tinha os dias contados. Por isso gramáticas e dicionários de português começam a elaborar-se. Foto: BN, LISBOA. In: MATTOSO, José (dir.).
História de Portugal. 3 v. Lisboa: Editorial Estampa, [s.d], p. 358

 

 

 

 

 

 

 

 lingua 14 f743bLuís de Camões, Os Lusíadas, Lisboa, Antônio Gonçalves, 1572. Desde finais do século XV que a intenção de cantar os feitos portugueses na descoberta de novos mundos e novas gentes andava no ar. Vários foram as propostas e presumivelmente as tentativas. Só o domínio do Latim e da literatura latina recuperados pelos humanistas veio a abrir o caminho para que Luís de Camões, tomando o modelo da Eneida de Virgílio, elaborasse o seu poema, em forma que contribuiu fortemente para fixar o português literário. A inteligência de um censor (Bartolomeu Ferreira) permitiu a publicação. O êxito foi tal que nem a tentativa de aliviar o texto (edição dos Piscos, de 1586) conseguiu estropiar Os Lusíadas. Fotos: BN, LISBOA. In: MATTOSO, José (dir.) História de Portugal. 3 v. Lisboa: Ed. Estampa, [s.d], p. 361.

 

 

 

 

 

 

IBÉRIA:

A Península Ibérica esteve sob o jugo romano no período que vai do século III a. C. (a Lusitânia, desde o século II a. C.) ao século V d. C. Nela nasceram o galego, o espanhol e o português, sendo este idioma tradicional e poeticamente conhecido no Brasil como “A última flor do Lácio, ínclita e bela…”, uma alusão feita pelo poeta e cronista Olavo Bilac (1865-1918) à formação e aí rico potencial de nossa Língua, considerado pouco explorado.

DEZ LÍNGUAS NEOLATINAS:

Uma vez nas diferentes províncias romanas, o latim vulgar submeteu-se a diversos fatores (atuação de povos e culturas diferentes) e evoluiu para as chamadas línguas românicas, ou romances ou neolatinas, a saber:

SÉCULO XVI - O PADRE JOSÉ DE ANCHIETA (1534-1597), HOJE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

Já no período colonial, o português se enriqueceu, pois serviu de instrumento para pensadores, poetas, oradores sacros, historiadores e outros intelectuais, tanto vindos da metrópole quanto nascidos no novo território.

Salientamos o Padre José de Anchieta, que dominava com facilidade, a língua mais falada pelos indígenas. Escreveu a antológica Arte da Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil (1595). Compôs, também hinos, canções, historietas e peças de teatro. É considerado o fundador da Literatura Brasileira e o iniciador da poesia lírica na América Portuguesa.

  • SÉCULO XVII – O PADRE ANTONIO VIEIRA (Lsboa,1608-Salvador, Bahia, 1697), professor e grande orador sacro, além de outras obras, é autor de Os Sermões e das Cartas, considerados monumentos da língua portuguesa e da literatura barroca. O ensino seguia nas mãos das Ordens religiosas, devendo a formação acadêmica dos discípulos leigos ocorrer na Metrópole.
  • SÉCULOS XVI, XVII E XVIII – Floresceu uma série de historiadores religiosos e leigos, nascidos ou falecidos em nosso solo, que nos legaram obras clássicas sobre a formação do Estado do Brasil. Citemos o Pe. Fernão Cardim (1549-1625); Pero de Magalhães Gandavo, humanista, latinista e historiador; Frei Vicente do Salvador (1564-1636-1639); os paulistas: Frei Gaspar da Madre de Deus (1715- 1800), Pedro da Almeida Paes Leme (1714-1777) E Mathias Aires, primeiro filósofo e cientista brasileiro, cuja irmã, Teresa Margarida (1711 ou 1712-1793), foi a primeira romancista brasileira. Obs. Luiz Correia de Melo, Dicionário de Autores Paulistas, São Paulo, Comissão do IV Centenário da Cidade, 1954.
  • DICIONÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA, por Antônio de MORAES SILVA, Rio de Janeiro(1757-1824), primeiro dicionarista brasileiro, cuja obra foi editada três vezes, em Lisboa. Revela, contudo, que havia preconceito contra a língua portuguesa. Havia muita aceitação dos neologismos, sem que fossem traduzidos para o português.
  • Há ainda inúmeras línguas indígenas, formando grupos linguísticos que não se entendiam entre si. As tribos eram nômades, viviam na pré-história, na Idade da Pedra. Até o século XVIII, a língua geral era falada na corte do Brasil pelos índios tupis, mais adiantados, e pelos jesuítas, e concorria com o português, enquanto os índios tapuias ou jês, do interior, eram denominados “Índios da língua travada”.
  • 1759 – MARQUÊS DE POMBAL, Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras – Em 1759, o Marquês de Pombal, 1º Ministro do Rei D. José I, de Portugal, por decreto de 17 de agosto daquele ano, torna o português o idioma oficial no Brasil, sendo a palavra de ordem a integração entre os diversos povos que compunham a população, começando pelas fronteiras.
  • No período do Descobrimento, havia de três a quatro milhões de indígenas na américa portuguesa, sendo quatro grupos básicos. (Ver: Novo Dicionário de História do Brasil, II. São Paulo, Ed. Melhoramentos, 1970. V. O índio, p. 357-362.
  • Segundo os historiadores, os índios ficavam à margem da ordem colonial. Devido ao regime que tinham nas reduções, que contradizia não só os interesses particulares e imediatos dos colonos, mas também os da própria metrópole, aí compreendida sua política de colonização. A começar pela ignorância da língua portuguesa que não lhes era ensinada, “para evitar contatos com os colonos brancos;...”

O SUPERESTRATO (cont.)

Tem sequência a formação do “superestrato”. Apesar de a língua portuguesa no Brasil ter incorporado vocabulário de origem tupi e africana, e de sofrer alterações na fonética, e, em aspectos morfológicos e sintáticos, o decreto pombalino lhe conferiu uma homogeneidade impressionante, sendo responsável pela unidade nacional de norte a sul e pela integração do Estado Nacional. Em poucos países se fala a mesma língua, geralmente são dialetos nas várias regiões, além do idioma oficial, culturalmente superior, ou politicamente mais forte e aceito pelos demais. Por ex. China, Itália, França, Espanha.
 

SÉCULOS XIX E XX – O vocabulário português recebe novas contribuições, mais uma vez de origem greco-latina, para nomear as maravilhas da ciência e da tecnologia, tais como telefone, telégrafo, telepatia, hipnotismo, cinema, automóvel, televisão etc., e termos técnicos e científicos em inglês, a maioria calcada na mesma origem, sem que os intelectuais se deem ao trabalho de traduzir ou adaptar. Correntes nacionalistas na literatura atravessam o século XIX, motivadas pela Independência e pelo Romantismo, associados à luta em prol do Abolicionismo, vitorioso no ocaso do Império. Os países europeus ainda passariam por movimentos literários, em especial a França: Realismo, Naturalismo, Simbolismo, etc.

SÉCULOS XIX E XX

Sobressai uma série de autores que se alçaram ao plano internacional e foram traduzidos em outros idiomas.

  • MACHADO DE ASSIS (1839-1908) – Quadro 1
  • Até aquele século, segundo o escritor, o traço predominante na literatura brasileira era o “instinto da nacionalidade” enquanto, em Portugal, ela tenha procurado seguir as tendências francófilas. Previu que a aguardavam altos destinos.
  • De fato, as profecias de Machado de Assis se concretizaram, tendo surgido váriasautoresque se alçaram ao plano internacional e foram traduzidos em diversos idiomas.
  • Euclides da Cunha (1866-1909), Jornalista e engenheiro, autor de Os Sertões. 1902, obra que se ombreia com Guerra e Paz e com a Canção de Rolando, na linha traçada pela Ilíada.
  • EUCLIDES DA CUNHA, por sua vez, influenciou diversos literatos estrangeiros: Mário Vargas Lhosa, escritor peruano, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, em 2010.
  • Século XX: João Guimarães Rosa (1908-1967), médico e diplomata, com “Grande Sertão: Veredas (1956). Segundo os mestres Antonio Cândido e José Aderaldo Castello, Guimarães Rosa soube criar um estilo próprio (e), baseado na contribuição regional e remontando, graças ao arcaísmo desta, às matrizes da língua.
  • OUTROS AUTORES: Nosso país seguiu produzindo obras literárias admiráveis, a cargo de um grande número de escritores e poetas, alguns reconhecidos internacionalmente. Entre outros, citemos:
  • Lima Barreto (1881-1922), Graciliano Ramos (1892-1953), Érico Verísssimo (1905-1975), Mario Quintana (1906-1994), Jorge Amado (1912-2001), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Pedro Nava (1903-1984), Lúcio Cardoso (1912-1968), Vinícius de Moraes (1913-1980), João Cabral de Melo Neto (1920- 1999) e tantos outros. Como Euclides da Cunha, Monteiro Lobato (1882-1948) é considerado pré-moderno apenas quanto aos temas, o que não invalida a monumentalidade de sua produção literária.

A Semana de Arte Moderna de 1922,

realizada de 11 a 18 de fevereiro daquele ano, apresentada no Teatro Municipal de São Paulo, por um grupo de escritores e poetas, paulistas em sua maioria, caracterizou-se pelas tentativas de rompimento com relação aos princípios acadêmicos e de definição de brasilidade. Atuaram Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988), Cassiano Ricardo (1895-1974), Guilherme de Almeida (1890-1969), os quais foram responsáveis por uma renovação na literatura do Brasil. Apresentaram-se ainda, os escritores Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras, e Ronald de Carvalho, ao som da música de Villa- Lobos, Anita Malfatti, Manoel Bandeira, Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, John Graz, Victor Brecheretti, Guiomar Novaes, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Sérgio Milliet, Tácito de Almeida, Oswaldo Goeldi, e René Thiollier.

1931 – Modernamente, foi Fernando Pessoa, o consagrado poeta português, quem teve a necessária sensibilidade para compreender a beleza de nossa língua e clarividência quanto à importância do papel que desempenha e sempre desempenhou no cenário internacional. Ele que era bilingue, pois fora educado na África do Sul, tendo escrito livros também em inglês, emocionou-se ao ler pela primeira vez a célebre passagem de autoria do Padre Antônio Vieira sobre o Rei Salomão, por onde chegou à famosa frase “{...} Minha pátria é a língua portuguesa”.
 1943 - O Brasil e Portugal vêm buscando prestigiar a língua junto à comunidade lusófona como poderoso instrumento da comunicação na vida internacional. A grafia uniforme é capaz de propiciar aos povos a ela vinculados melhores condições de progresso econômico, intelectual e moral.

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Com a globalização de nossos dias, começou-se a valorizar o mundo lusófono, e o potencial sociocultural, político e econômico a ser proporcionado pelo intercâmbio entre os países membros, isto é, a língua como o grande instrumento do comunicação e afinidade cultural. Para tanto, detectou-se a necessidade de internacionalização do português e, como tal, este viria a ser, junto às Nações Unidas, um dos idiomas oficiais ou de trabalho, assim como nas demais organizações regionais e internacionais.
Na tentativa de nivelar as diferenças ortográficas, considera-se o carro chefe da internacionalização o acordo ortográfico, o qual entrou em vigor no Brasil em 2009, mas tardaria a ser aprovado pelos países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (fundada em 1996).
• 1989 – Surge a ideia de criação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP.
• 1990 – Aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em Lisboa, 16 dez., pela maioria dos países lusófonos. A reforma ortográfica resultava da fonética com a etmologia. Assinada pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras Decidiram realizar um Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
• 1994 – Em Brasília foi constituída outra Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, quando se criou a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
◦ 1999 – O Instituto Internacional da Língua Portuguesa: IILP torna-se realidade , cuja sede fica instalada na República de Cabo Verde, objetivando:

  • “a promoção, a defesa, o enriquecimento e a difusão da língua portuguesa como veículo de cultura, educação, informação e acesso ao conhecimento científico, tecnológico e de utilização oficial em fóruns internacionais”. 2004 – Fica incluído o Timor Leste no Acordo Ortográfico de 1990;
  • 2014 – Mas nem todos os portugueses e brasileiros foram unânimes em aceitar o novo acordo, o qual entrou em vigor, desde janeiro de 2016.

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA – 5 DE MAIO

A data de 5 de Maio foi oficialmente estabelecida em 2009 pela Comunidade dos países de Língua Portuguesa (CPLP) - uma organização intergovernamental, parceira oficial da UNESCO desde 2000, que reúne os povos que têm Língua Portuguesa como um dos fundamentos da sua identidade específica – para celebrar a Língua Portuguesa e as culturas lusófonas. Em 2019, a 40ª sessão da Conferência Geral da UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de Maio de cada ano como “Dia Mundial da Língua Portuguesa”.

DIA NACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA – 5 DE NOVEMBRO

O dia Nacional da Língua Portuguesa é celebrado anualmente, no dia 5 de Novembro. A data foi instituída pela lei n°. 11.310, de 12 de junho de 2006: “Art. 1°. É instituído o dia Nacional da Língua Portuguesa a ser celebrado anualmente no dia 05 de Novembro em todo o território Nacional”.
A data foi escolhida como uma homenagem ao escritor brasileiro Ruy Barbosa, que nasceu em 5
de Novembro de 1849, e foi um notável orador e estudioso da Língua Portuguesa.
Além disso, ele foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1897, e seu presidente, entre os anos de 1908 e 1919. Escreveu Ruy Barbosa (1849-1923), jurista, político e mestre do vernáculo: “Uma raça, cujo espírito não defende o seu solo e o seu idioma, entrega a alma ao estrangeiro, antes de ser por ele absorvida”. (Migalhas, p.532).

DISPONÍVEL EM:
https://www.somospar.com.bt/dia-da-lingua-portuguesa/ https://pt.unesco.org/commemorations/portuguese-language-day

◦ O CAOS LINGUÍSTICO

– Enquanto se estudam estratégias de internacionalização da língua portuguesa, o Ministério de Educação e Cultural (do Brasil) – MEC, anda no sentido contrário: propõe-se a relativizar os erros de português que se cometem em nosso país, acreditando que o conhecimento da língua forneça munição para a discriminação social. Confundiu linguagem com a língua e língua familiar com língua escrita. Assim, valeriam todas as formas de expressão e os alunos estariam livres para escolhê-las.

  • Há alguns meses, o Brasil inteiro assistiu, estupefato, à consagração, nos livros didáticos, de frases como : “Nois pega o peixe...” e “Os menino pega o peixe”. Diz o professor Evanildo Bechara que “a língua familiar é aceita do ponto de vista linguístico, mas não deve ser ensinada”. E ainda: “Sempre se vai à escola para se ascender à posição melhor: A própria palavra educar, que é formada pelo prefixo latino “edu”, quer dizer conduzir”.
  • Outros exemplos de construções populares: - “Se querem”, “A gente vamos”, - “viu ela”; “qüestão”; “São meio-dia e meio” “– A gente está satisfeito”, “Aqui são meia-noite”, etc.
    Atualmente,
  • Desenvolve-se, ante nossos olhos, um verdadeiro caos linguístico. Vemos a valorização do idioma (mal)falado. O linguista, hoje, quer estudar a língua em sua espontaneidade, motivado ou por ideologia, ou pela antropologia.
  • Na verdade, a língua falada, que se altera o tempo todo, preserva antigos elementos, o que lhe dá sustentação. Diz o professor e filólogo Segismundo Spina que a arte sofre influência tanto da vertente erudita quanto da popular. A poesia, por exemplo, deriva da música e da coreografia. De modo que ela necessita de ritmo como a prosa também.
  • Não nos satisfaremos apenas com o popular e cita a toada monótona dos indígenas brasileiros, cuja aridez não acrescenta nada à dança. Verifica-se que nem a “poesia popular saiu da poesia de arte, nem esta daquela. Os dois tipos coexistem no tempo e no espaço, desde que coexistam as classes sociais. Diz ainda o professor que “a poesia culta sempre hauriu com vantagem os recursos formais da poesia popular.” ”Segundo ele, “é o aspecto conservador que sustenta o idioma.”
  • Observa Ataliba Castilho, professor da USP, autor da obra “O Português Brasileiro” (Contexto), que existem duas tendências na língua: preservar e renovar, uma vez que recebemos o português do século XV, da era dos Descobrimentos, com seu sotaque e seu vocabulário. Segundo ele, é o aspecto conservador que sustenta o idioma.
  • ◦ Nos últimos dez anos, a educação foi associada às ideias políticas e a resoluções demagógicas importadas de países de primeiro mundo, impostas por instituições financeiras internacionais. Alunos carentes, remuneram-se mal os docentes, que se apresentam até despreparados, sem o diploma competente, etc. Atualmente, a cada dez brasileiros, sete são analfabetos funcionais.

A título de Conclusão, citemos uma vez mais Ruy Barbosa:

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Bibliografia

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. 5 ed. São Paulo: Global,

  1. BECHARA, Evanildo. “ABL reage às críticas ao acordo”. In: Língua Portuguesa, São Paulo, n 89: 30-33. CAETANO, João; GRAYLEY Mônica Villela. O português no mundo, três anos após. O Estado de São Paulo. São Paulo, 25 jul. 2011.

CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira: das Origens ao Realismo. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
. Presença da Literatura Brasileira: Modernismo. História e Crítica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
CASARES, Julio. Diccionario Ideológico De La Lengua Española. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, S.A., 1951. CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. rev. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

53 COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: http://www.cplp.org/id-101.aspx.
Acesso em 31 out. 2011.
CURTO, Diogo Ramada. Língua e Memória: a língua e a literatura. In: MAGALHÃES, Joaquim Romero (coord.). História de Portugal: no Alvorecer da Modernidade (1480-1620). Lisboa: Ed. Estampa, 1993, pp. 375- 376, v. 3.

DUARTE, Paulo. Júlio Mesquita, São Paulo, Editora Hucitec/Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, 1977.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de (et. al). História da Civilização: área de estudos sociais. 7ª e 8ª séries do
Primeiro Grau (antigas 3ª e 4ª séries ginasiais). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da
língua portuguesa. Com a nova ortografia da língua portuguesa.1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MATTOSO, José (dir.). História de Portugal. 3 v. Lisboa: Editorial Estampa, [s.d].
MEDEIROS, Adelardo Dantas de. História da Língua Portuguesa: Tempo, vida e espaço. Disponível
em: http://www.youtube.com/watch?v-sQaEFXluy4c. Acesso em: 13 jan. 2011.
MELO, Luís Correia de. Dicionário de Autores Paulistas. São Paulo: Comissão do IV Centenário da Cidade, 1954.
MÓDOLO, Marcelo (org.). Oração aos Moços/Rui Barbosa. São Paulo: Hedra, 2009. NISKIER, Arnaldo. Língua Portuguesa, uma Paixão. João Pessoa: União Ed., 2009. NOVO DISCIONÁRIO DE HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo: Melhoramentos, 1970.
O ESTADO de São Paulo, 12 de julho de 2013, Caderno 2, p. C9.

O ESTADO de São Paulo, 27 de julho de 2014, A-3. Disponível
em: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral.a-ortografia-no-senado-imp-,1534674. Acesso: 31 mai. 2015.
PAIVA, Cláudia Gomes. Brasil: nação monolíngue? Disponível
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PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo, São Paulo, Brasiliense, 19.., p. 86-87; João Cruz Costa, Contribuição à História das Idéias no Brasil, Rio de Janeiro, Livraria José Olímpio Ed., 1956.

PESSOA, Fernando. A minha pátria é a língua portuguesa. In: “Descobrimento”, Revista de Cultura n.3, 1931, pp. 409-410, apud: Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa), Livro do Desassossego, recolhido por Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha;Lisboa, Ática, 1982, v.1, pp.16-17. Disponível
em: http://pt.wikisource.org/wiki/Aminha p%C3A1tria %C3%A9 a 1%C3%Alíngua portuguesa. Acesso em 20 jul. 2012. Nota: Foi mantida a ortografia original.

PETIT Larousse en Couleurs, Librairie Larrouse, 1989.

SANTOS, Armando Alexandre. “Estudo Crítico sobre o Novo Acordo Ortográfico” da Língua Portuguesa, Piracicaba, 2011.

SANTOS, José Verdasca. O VERBO, boletim da Ordem Nacional dos Escritores. José Verdasca dos Santos, presidente da ONE, foi entrevistado a esse respeito na Rede Vida de Televisão, às 21 horas do dia 07 out. 2011.
SILVA, Antonio de Moraes e. Dicionário de Língua Portuguesa, 1913, ed. fac-similar, dir. de Laudelino Freire. Rio de Janeiro, 1922, 2 t.
SPINA, Segismundo. Na Madrugada das Formas Poéticas, São Paulo: Ática Ed., 1982.

Sites:
http://bomlero.blogspot.com.br/2012/11/o-imperio-romano-um-exemplo-admiravel.html
http://www.cl.ipt.pt/cl/default.asp?script=portugues
www.cervantesvirtual.com

CURRÍCULO SUCINTO:

São Paulo, 22 de janeiro de 2020.

SOBRE A AUTORA:lingua 18 68a7b

Maria Cecília Naclério Homem é paulistana, Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas, pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e Mestre em História pelo Departamento de História da FFLCH-USP.
Possui os diplomas de Bacharel e Licenciada em Letras Neolatinas pela Universidade pela Universidade de São Paulo.
Trabalhou como Pesquisadora do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1974-2008).
Vem direcionando seus estudos para o conhecimento do patrimônio histórico e arquitetônico paulista e a necessidade de sua preservação.
Foi pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. Pela FAU, realizou estágio no Inventário Geral dos Monumentos e Riquezas Artísticas da França, Paris, cujo relatório foi organizado pela Professora e publicado para os alunos em forma de apostila, por essa Faculdade. Como bolsista do Instituto de Cultura Hispânica e da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou Geografia, História, História da Arte e da Arquitetura na Universidade Complutense de Madrid e na Universidade de Lisboa, onde também aperfeiçoou seus estudos de Língua e Literatura Espanholas e Portuguesas. Possui também, o Diploma de Língua e Literatura Italiana, pelo Istituto Italiano di Cultura de São Paulo e o Diploma Superior de Língua, Literatura e Civilização Francesas pela Universidade de Nancy/França.

Além de artigos de sua lavra, salientam-se as obras: Catálogo Vila Penteado, (coordenação e textos de sua autoria e outros autores). São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, 1976; Higienópolis: Grandeza e Decadência de um Bairro Paulistano, 1º Prêmio do Concurso Monografias de Bairros, concedido pela Prefeitura Municipal de São Paulo, 1979, publicada pela mesma, em 1980. A Edusp reeditou esta obra em 2011, com título Higienópolis: Grandeza de um Bairro Paulistano. São ainda de sua autoria: O Prédio Martinelli: a Ascensão do Imigrante e a Verticalização de São Paulo (seu Mestrado), O Palacete Paulistano e Outras Formas de Morar da Elite Cafeeira (1897-1918) (Doutoramento), Cozinha e Indústria em São Paulo: do Rural ao Urbano, editado pela Edusp, em 2015 (PRÊMIO JABUTI – 2015-2016, na área de Gastronomia). Escreveu “Do Colonial ao Neocolonial, Igreja de Nossa Senhora do Brasil e seu Retábulo Barroco”, a ser editado.

Tem participado em várias bancas examinadoras de Mestrado e Doutorado, na área de Arquitetura e Urbanismo. Como pós-doutorado, dedica-se ao estudo das tipologias e usos da habitação paulistana durante o ciclo do açúcar paulista e o império do café, com o objetivo de chegar à História do Cotidiano e da Cultura Material.
A autora é também, membro do Comité de Civismo e Cidadania da Associação Comercial de São Paulo e da Sociedade de Veteranos de 32-MMDC, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; em 30/08/2011, tomou posse na Academia Cristã de Letras, onde ocupa a Cadeira número 25, cujo Patrono é Ruy Barbosa; e ocupa a Cadeira 05 da Academia Paulista de História, cujo Patrono é Pedro Taques de Almeida Paes Leme.
Obs. A autora possui Curriculum Lattes. SALIENTAM-SE alguns trabalhos de sua
autoria:
• “Fazenda Imperial Morro Azul: Tradição e Vanguarda; 1817-2017”. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 2016, ano CXXII, vol. C, pp. 141-159.
• Aula-conferência “A Língua Portuguesa no Mundo Globalizado”, 64º Encontro dos
Descobrimentos, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 05 de outubro de 2016.
• Entrevista: “Programa Diálogo Nacional”, Nº 903, com Ruy Martins Altenfelder Silva, dia 30 de setembro de 2015.
• Entrevista sobre o currículo da historiadora, concedida ao “Jornal Gente”, da Rádio Bandeirantes, dirigido por José Paulo Andrade, Rafael Colombo e Salomão Ésper, no dia 13 de novembro de 2014.
• Comunicação: “Importância Nacional e Internacional da Língua Portuguesa”, publicada na Revista do IHGSP, n. XCIX, 2015, e apresentada no Seminário Internacional da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo: "Espaços Narrados: A Construção dos Múltiplos Territórios da Língua Portuguesa", 29 de outubro a 01 de novembro de 2012 e por ocasião do encerramento do ano “Portugal no Brasil”, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, em 2013. Publicada também na Revista do Historiador da Academia Paulista de História (súmula com ilustrações), números 166, 167 e 168, no período de março a agosto de 2013.
• “Presença da Itália na Produção do Móvel e do Desenho Brasileiros: Fábrica de Móveis Federico Oppido & Irmão”. In: Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU/USP, v. 18, pp. 138-153, 2011.
• Artigo: “Antônio da Silva Prado, Prefeito de São Paulo.”. In: Edilene Matos et alii. A Presença de Castello, São Paulo, Humanitas/FFLCH/USP, Instituto de Estudos Brasileiros, 2003, p.619-635.

  • “O princípio da racionalidade e a gênese da cozinha moderna.” In: Pós. Revista do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU/USP, São Paulo, v. 13, 2003;
  • “Mudanças espaciais na casa republicana: a higiene pública e outras novidades”. In: Pós - Revista do Programa de Pós Graduação da FAU/USP, São Paulo, v. 3, 1993; - “Do Palacete à Enxada”, in: D`Incao, Maria Angela, História e Ideal: Ensaios sobre Caio Prado Júnior. São Paulo, Secretaria de Estado da Cultural, Unesp, Ed. Brasiliense, 1989.
  • Tradução do francês para o português/Artigo: “Relações de produção e desenvolvimento das forças produtivas: o exemplo do moinho d'água”. De autoria do historiador Charles Parain, in: GAMA, Ruy (org.) História da Técnica e da Tecnologia. (Textos Básicos) São Paulo, Edusp e T. A. Queiroz, 1985. São Paulo: Edusp e T. A. Queiroz, 1985;
  • “Sobre a construção da capital do café e da indústria (1875-1930)”. In: Catálogo Warchavchik, Pilon, Rino Levi: três momentos da arquitetura paulista. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1983;
    FONTE: CURRÍCULUM LATTES
    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799725P4
    Frase: do seu livro: O Palacete Paulistano e outras formas urbanas de morar da elite cafeeira, 2010. Pág. 59: “Porém tanto o ócio quanto a educação feminina, por serem novidades, suscitavam temores e polêmicas. O primeiro, como gerador de todos os vícios. Por outro lado, a mulher que se preocupava com os livros era considerada fútil, ridícula”

CONDECORAÇÕES:

  • Colar Carlos de Souza Nazareth, Associação Comercial de São Paulo, 2017.
  • Medalha “DRÁUSIO”, outorgada pelo MMDC – SOCIEDADE VETERANOS DE 32 – 18 de agosto de 2016.
  • Medalha “Governador Pedro de Toledo”, outorgada pelo MMDC – SOCIEDADE VETERANOS DE 32 - 01 de outubro de 2015,
  • Colar do Centenário do Instituto Histórico e Geográfico, 30 de julho de 2014; Colar do Jubileu pelo Instituto Histórico Geográfico de São Paulo, em 2007.
  • “Diploma de Gratidão” outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo, em comemoração ao 81º Aniversário de Cessação das Hostilidades do Movimento Constitucionalista de 1932, pelos relevantes serviços prestados. São Paulo. 04 de outubro de 2013.
  • Medalha Governador Pedro de Toledo, pela Sociedade Veteranos de 1932 – MMDC. São Paulo, 18 de novembro de 2013.- Medalha 23 de Maio – MMDC, 2006. - Colar da Vitória, Evocativo dos 80 Anos da Revolução Constitucionalista de 1932, Sociedade Veteranos de 32 – MMDC.
  • Comenda Dom Pedro I “O Imperador do Brasil” (Academia Brasileira de Arte, Cultura e História em parceria com o Instituto Histórico Geográfico de São Paulo).
  • Medalha MMDC do Estandarte da Loja Maçonaria Roma, filiada ao Grande Oriente de São Paulo e federada ao Grande Oriente do Brasil (2006).
  • Medalha Constitucionalista (Sociedade Veteranos de 1932 – MMDC).- Medalha do Movimento Constitucionalista de 32, pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP, por sua Comissão Cívica e Cultural.
  • Voto de Júbilo e Congratulações pela Dissertação de Mestrado apresentada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP – Departamento de História, intitulada: “A Ascensão do Imigrante e a Verticalização de São Paulo”, pela Câmara Municipal de São Paulo, 1982.