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Frances de AzevedoFrances de Azevedo 2 56cce

TIRADENTES

Joaquim José da Silva Xavier

Em 1746 vem ao mundo

Em São João del-Rei!

Era alto, risonho. Tinha voz potente.

Lá, nos caminhos das Minas,

Era conhecido, por gostar de conversar!

Como alferes, participou de expedições

de reconhecimento dos sertões. Traçou mapas,

pesquisou terras para mineração e identificou minerais.

Vila Rica, à época, com quase vinte anos de fundação, era tida

e descrita como colônia de grandes personalidades e riquezas;

Uma das vilas mais importantes do Brasil onde se depositava o ouro

de todas as minas na Real Casa da Moeda!

E já os poetas levantam sua voz contra a tirania

nos seus versos: Tomas Antonio Gonzaga! Claudio Manuel da Costa!

Somando-se estes às palavras de Tiradentes, caminhava-se

para a emancipação política do Brasil!

Era o sonho da independência que se iniciava!

O tempo escoou...

Após a primeira derrama (1762), vem a segunda (1768) que durou três anos!

Em 1788, a corte exigia novo recolhimento das taxas atrasadas (seria mais uma derrama) ...

Nessa época, Tiradentes encontrava-se no Rio, eis que fora

tentar vida nova ante a decepção da vida militar...

Deixando seus planos de engenharia de lado, Tiradentes resolve voltar à Vila Rica e à vida militar, uma vez que sua licença expirara.

Retorna escoltando a mulher de Barbacena, o novo governador.

Os ideais europeus e a independência das colônias Inglesas, mais a conversa com Maciel, envolvem o alferes.

Juntamente com esse, iniciam a conspiração tendo como ponto de partida os impostos. Maciel afirma que se o ouro ficasse no Brasil, Portugal não teria recursos para manter uma guerra.

A revolução ganha corpo. Tiradentes expõe-se cada vez mais, numa época

em que criticar o soberano era fato gravíssimo!

Cogita-se interromper a derrama!

MAS, entre os inconfidentes, há um traidor: José Silvério dos Reis (comandante da tropa de São João del- Rei).

O próprio Silvério, a mando de Barbacena, vai ao encontro do alferes e relata o ocorrido. Tiradentes, não desconfiando de nada, esconde-se em casa de conhecidos.

Porém, é preso em 10 de Maio de 1789...

Os presos são torturados. Uns negam, outros não.

A devassa (processo rigoroso para julgar os acusados de sedição: crime Infame contra a Coroa portuguesa) se instaura.

Três longos anos na prisão no Rio, para o julgamento dos Inconfidentes que aguardam em celas individuais.

Tomas Antonio Gonzaga, em versos candentes à Marília, chora sua sina.

Alvarenga Peixoto à sua amada Bárbara Heliodora e aos filhos.

Aos poucos, devido aos intensos e cruéis interrogatórios foram se entregando.

Tiradentes confessou, ao final, porém atribui toda culpa a si, dizendo-se o único chefe e que os demais eram inocentes e foram por ele corrompidos...

Longa foi a sentença: Dezoito horas para ser redigida e duas horas para ser lida: alguns condenados à forca, outros ao degredo...

Ao final, somente Tiradentes acabou sendo condenado à forca para dar Exemplo aos cidadãos da Colônia.

Suas ultimas palavras:

Dez vidas eu daria, se as tivesse, para salvar as deles.

Na morte de TIRADENTES: o caminho para a INDEPENDÊNCIA!

Frances de Azevedo - Cadeira 39 da ACL