Lázaro Piunti
(A Pandemia gerou o Pandemônio)!
No começo disseram que deveríamos permanecer em casa. Obedecemos!
Assustados, ficamos inertes. O pavor nos aprisionou em nossas casas, transformadas em cárcere da nossa inconsciência.
Os empregos foram drasticamente reduzidos, empresas faliram e o comércio sucumbiu no silêncio profundo dos gemidos sufocados.
Em hospitais improvisados governos gastaram bilhões das reservas dos países submetidos ao controle oculto. E seres humanos, aos milhares, foram catalogados como vítimas fatais do COVID-19. Quase um milhão no ano perdido. Ainda que não haja provas irrefutáveis quanto à certeza das mortes atribuídas ao vírus invisível. O medo cultivado no coletivo humano injetou seu veneno e as ações comportamentais de rebanho ficaram expostas como vísceras sacrificadas no holocausto da insensatez.
E 2020 permeando a História... Será síntese da confusão geral, da complexidade maximizada.
Os mais afoitos dirão que a escravização planetária se impôs e o domínio dos governantes invisíveis se cristalizou. Indelével! Imponente! Soberbo! Plataformas eletrônicas agrilhoaram os humanos em amarras digitais! E a tríade da sobrevivência ditou o ritmo, na cadência propulsora estabelecida pela Nova Ordem Mundial.
A Agricultura, a Energia e a Tecnologia são as novas virtudes teologais. Mãos e braços anônimos detém seu manejo!
Eu, derradeiro espécime da idade prateada, despojado de vigor físico e cívico para qualquer reação - aliás, de todo inútil - rogo a Deus pelas crianças. Derradeira prece na pré-agonia da fase invernal.
Lázaro Piunti: