Flores, que são flores, que são gente, que somos nós... que somos fé.
Uma rosa é uma rosa... é uma rosa.
Uma rosa é sempre bela, cultuada e cantada em prosa e versos.
A sempre-viva não é uma rosa... não é uma rosa. Quase ninguém toma conhecimento dela. Poucos dizem de sua beleza. Jamais houve quem a cantasse em prosa... muito menos em versos.
No entanto, no contexto da sábia natureza, ambas têm a mesma importância. O mesmo esplendor.
Dentro do mesmo contexto, todos somos iguais as flores. Aos olhos mais ávidos - a maioria - destacam-se uns e outros. Poucos, quais as rosas com seu brilho invulgar. Aos outros, quais as sempre-vivas, sobram serem quase que totalmente ignorados, desprezíveis e descartáveis.
No entanto, a rosa seria efêmera e seu brilho fugaz.
A sempre-viva mais parece eterna frente a rosa. Resplandecente ao sol que faz brilhar intensamente suas cores qual verdadeiro arco-íris.
Assim também somos todos nós.
Uns têm maior brilho - quase sempre efêmero e fugaz. Outros, a intensidade de seu brilho e esplendor depende de se querer vê-los realmente. Nem por isso um é mais importante que o outro. Apenas se destaca. Todos temos nossos valores. Todos temos nossa função no contexto da vida. Só é preciso cultuar a sabedoria que existe dentro de cada um de nós. Só é preciso apurada sensibilidade para dispormos da verdadeira e individualíssima sabedoria ínsita de todo ser humano para que possamos enxergar com isenção, os reais matisses da rosa, assim como, os da sempre-viva e, igualmente, os valores e as aptidões de cada um de nós.
Dentro de cada um existe, com certeza, dormente, porém vigorosa e altruísta, uma força que nos propela. É a ingênita índole à evolução. É a nossa própria saga da felicidade. É a motivante de acreditarmos e persistirmos sempre. E, finalmente, é em decorrência disso que, certamente haveremos todos de alcançarmos em nosso futuro, o reluzir intenso do brilho de uma estrela nova nesta constelação da vida de todos nós... o nosso brilho próprio.