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Lazaro Piunti b1860

Quisera redigir um texto carregado de otimismo!

Uma crônica grávida de esperança!

Desafortunadamente a conjuntura se opõe.

Eis que na dor naufraga a circunstância.

Feito momento insólito!

E impulsiona o pensamento para os desvãos da nostalgia!

Tristeza infinda!

O planeta Terra, estreitado em seus limites, se contorce!

Há lamúrias! Almas choram!

O vírus gestado em solo do Oriente rompeu fronteiras!

No invisível, o minúsculo se agiganta!

Impune, ele ceifa vidas!

Despudoradamente! Liberto de freios!

Desafiando sapiências!

Estatísticas sinalizam o marco pavoroso:

Um milhão de mortos!

Governos titubeiam. Desprovidos de remédios e ideias!

As formulações de teses se desnudam. Fragilizadas!

Impotentes ante o mal.

E estratégias tantas desembocam em equívocos.

Alternativas soçobram.

E soluções se dissolvem no laboratório do fracasso.

A Ciência se apequena!

Enquanto necrópoles e cemitérios se empanturram de corpos!

Os fazedores de milagres por encomenda se calam!

O prometido resgate mediante a paga do dízimo virou pó!

E o espetáculo das curas midiáticas perdeu o brilho!

O mundo dos homens é frio!

Inodoro! Sem gosto! Ausente de perspectivas!

Vozes murmuram:

“Deus, ó Deus, onde estás que não respondes”?

E os que creem perseveram no silêncio.

Pois ainda resta o recurso da Fé!