O fator primordial para o desenvolvimento humano com o qual se possa vislumbrar a verdadeira cultura de paz – tão almejada pela humanidade – é, sem sombra de dúvida, o equilíbrio advindo de consensual somatória de esforços da própria sociedade. E esse equilíbrio somente poderá ser alcançado através de ações conscientes entre vozes que ressoem uníssonas em prol do sucesso de tal objetivo.
Digo isso diante dum cenário de beligerância complexa da qual o mundo todo se vê refém ante as expectativas sombrias criadas em consequência de eventual expansão do conflito existente no leste europeu, bem como, da clara possibilidade de a guerra alcançar países-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Neste caso, se justificaria ação solidária de proteção e defesa desses entes, prevista em caso de evidente agressão contra qualquer dos membros da OTAN. Proteção mútua a ser exercida conjuntamente em favor de qualquer país aderente e associado a tal organismo internacional.
A cada dia, a efervescência do atual estado de beligerância segue numa crescente perspectiva de total descontrole, com sérios riscos do que possa dela advir, inclusive com o uso de recursos bélicos nucleares - fator de consequências inimagináveis quanto ao seu alcance destrutivo.
E isso tudo se deve essencialmente à insânia e à cobiça por um poder desenfreado por parte de certos líderes absolutamente descompromissados com os valores intrínsecos à cultura voltada a um estado de harmonia e paz entre as nações. Consequentemente, entre os povos.
Portanto, enquanto não houver claro comprometimento com uma filosofia humanística, cujos valores sejam atinentes, de forma uníssona e taxativa, ao desenvolvimento humano, dificilmente se vislumbrará a possibilidade de alcançarmos tal objetivo de maneira incontestável e perene, reflexa à consistência de reais atitudes contrárias a quaisquer tipos de ações que atentem contra tais valores voltados à harmonia entre os povos.
Destarte, não obstante esse funesto desequilíbrio mental desses líderes abjetos, que parecem se sustentar da beligerância na busca de impor-se pelo jugo dessas ações, o que resulta na inviabilização da possibilidade do desenvolvimento da tão desejada filosofia de paz, jamais devemos perder a esperança quanto à possibilidade de superarmos tais inconsequências, de forma que possamos, ao final, promovermos, em sua plenitude, o desenvolvimento humano e, quiçá, uma diretriz eficiente voltada a solidificar a paz e a harmonia idealizada e desejada a bem da humanidade.