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Sempre houve poesia em seus olhos, daquelas que não se leem, mas se sentem. Carolina Ramos traz a alma em versos, como quem movimenta um relicário de afetos. No brilho do olhar, um oceano inteiro, como se carregasse as marés do tempo, onde cada onda traz consigo memórias, inspirações e a delicadeza de um coração que sempre soube transformar vida em poesia.

Foi um privilégio (esses que a vida nos concede como presente) conviver com Carolina. Durante cerca de cinco anos, nossos encontros nas reuniões da ACL no CIEE foram um capítulo especial no livro das lembranças. Era sempre um encanto vê-la chegar, trazida pelo devotado Cláudio de Pádua, seu eterno apaixonado. Ele a deixava na Academia Cristã de Letras e, mais tarde, voltava para buscá-la, como quem cuida de um tesouro, como quem sabe que certas presenças iluminam o mundo e devem ser protegidas.

Carolina não apenas escreve poesia — ela é a própria poesia. Seu riso, seu jeito delicado de narrar histórias, suas palavras seguem sempre emolduradas de sabedoria e ternura. Em cada encontro, uma nova página se escrevia sem que percebêssemos, porque o tempo ao lado das almas como a dela tem um ritmo próprio, fluindo suavemente entre palavras e silêncio.

Nas reuniões da ACL, sua presença era como um sopro de brisa que acalmava os dias. Havia em sua voz a cadência das marés, e em suas palavras, a leveza de quem entende a alma humana. Compartilhamos momentos únicos e bonitos, daqueles que aquecem o coração.

E há algo que sei: certas pessoas jamais partem. Carolina permanecerá nas palavras que nos deixa escrito, nos gestos delicados, na doçura com que toca cada vida, como um farol que nunca se apaga.

Feliz aniversário menina bonita. Nós te amamos Carolina Ramos!