Na verdade amigo não é “coisa”, pois sua dimensão está além do substantivo e dispensa todos os adjetivos! Há diferença enorme entre AMIGO e IRMÃO! Na página 83 do meu pequeno livro de PENSAMENTOS (Mensagens de Passagem) anotei:
“Um irmão biológico é uma incógnita, um amigo-irmão é uma bênção”!
Ao longo da nossa vida colecionamos muitos amigos! Uns chegam e vão embora. Outros permanecem por algum tempo e depois se afastam. Há os que ficam para sempre!
São poucos, sequer completam os dedos da mão. Estes são leais, gentis, maravilhosos, decentes! Surgem diante das nossas dificuldades trazendo uma palavra amiga. Ou a presença solidária. Conhecem o nosso íntimo, advinham a nossa dor e, generosos, amenizam a nossa aflição. Não pedem favores e recusam agrados estéreis! E oferecem o que de melhor cultivam no coração: Bondade!
Já tive muitos amigos, ou pensava tê-los! O tempo cuidou em revelá-los por inteiro. Seus atos desnudaram suas almas e foi possível ler em seu interior! Defino-os hoje como simples “conhecidos”! Ou “forasteiros da amizade”, “vizinhos da oportunidade”, “ávidos sócios dos mórbidos interesses”!
A demora em entender a realidade humana é natural. Não deveria ser! Se a gente prestasse atenção aos Evangelhos, perceberia que Jesus, o Nazareno, teve poucos amigos. Eram doze os apóstolos que O seguiam. Na hora do Seu maior tormento, a tibieza se estampou terrível e avara. Um deles O traiu, outro O negou, nove fugiram. Restou o Apóstolo Jovem! No Império Romano uma parcela da nobreza traiu César. Ele enfrentava seus oponentes, derrubando-os um a um. De repente, lhe aparece o filho do coração. E César então gritou, cheio de angústia: “Até tu, ó Brutus”? Lançou sua espada ao chão e desistiu de lutar. O golpe da traição foi fatal. Amigo de verdade é verdadeiro tesouro!
Você tem um Amigo?!