Frances de Azevedo - 26.01.2021
Até onde sei, trata-se de espécie pertencente a uma das maiores famílias de plantas, com múltiplos significados, cores, tamanhos... São encontradas em todas as regiões do planeta – o único lugar em que não florescem é na Antártida.
Dizem que cada cor tem um significado. Mito ou verdade?
Deixo a critério de cada um, pensar a respeito.
Só sei que, há muitos anos, ao desfazer um namoro - fui eu quem o desfez... Não me recordo o porquê -, passados alguns dias, recebi uma orquídea lilás, repousada numa caixa, com a tampa transparente... Com ela veio um cartão com os seguintes dizeres: E... Foi tudo tão bacana!
Foi a primeira e única orquídea que recebi em toda minha vida; vida essa que já tem algumas décadas...
Nesses anos todos, muitas e muitas vezes, me peguei a pensar nessa única orquídea e no cartão...
Quando assistimos a um filme de amor, é óbvio que aguardamos por um final feliz, seguido da famosa frase: E viveram felizes para sempre! É o que se espera, certamente!
Há muitos filmes famosos, inesquecíveis, que, logo que saímos do cinema, estávamos em lágrimas. Até tentávamos disfarçar emoção tão bela!
Havia também as Videolocadoras que nos permitiam assistir ao filme que quiséssemos em casa, em nosso sofá, bem confortáveis; com pipoca ou não.
Hoje, com a Netflix, Google Play, Youtube, mais exatamente Filmes on Line, temos a possibilidade de nos deleitarmos, a qualquer hora, com as histórias de amor.
Certamente, para quem as aprecia, é um maravilhoso deleite. Pode-se chorar à vontade...
Sempre torcemos por um final feliz, não é mesmo?!
Porém, nem sempre é assim, como bem sabemos.
Lembro aqui, de um clássico, de 1957: Tarde Demais para Esquecer, com Debora Kerr e Cary Grant. Eles se conhecem numa viagem de navio e se apaixonam; posto já sendo comprometidos. Marcam um encontro no Empire State, porém, ela, ao ir ao encontro, sofre um acidente. Ele fica esperando, esperando... Pensa que ela não foi, por ter se casado. O resto, bem o resto, deixo aqui um quê de curiosidade para que você assista. VALE A PENA!
Há outro filme, estupendo, de 1955, com Meryl Streep e Clint Eastwood: As Pontes de Madison. (Eu já o mencionei numa crônica: Os Pérolas Negras na Revolução de 32, publicada no site da Academia Cristã de Letras). Esse filme me deixou fascinada: Primeiramente, porque amo pontes. Por outro lado, a história de amor impossível, que atravessa o tempo, vai amalgamando recordações e, por mais que as águas dos anos passem mansas ou ferozes, não há nada que posam destruí-las. Amor de poucos instantes, porém para uma vida inteira!
E, quem não se recorda de O Vento Levou, de 1939, porém sempre atual, não é mesmo?!
A vivaz e intrépida Scarlet O`Hara (Vivien Leigh), filha de um latifundiário, e o seu amor por Rhett (Clark Gable). A história se passa na Geórgia, Sul dos EUA, na época da Guerra de Secessão. Tal drama romântico também é lembrando pela magnífica participação de Hattie McDaniel, no papel de Mammy, que lhe deu o Oscar de melhor atriz-coadjuvante em 1940.
Há outros, como Casablanca, Titanic, Diário de Uma Paixão...
Voltando à minha Orquídea, o que mais dizer, quando a dúvida assalta o meu coração?!
Lembro, então, do paradoxo socrático: Só sei que nada sei...
Frances de Azevedo - Cadeira 39 da ACL