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Rosa Maria Custodio (2015)

Estima-se que dois terços da população mundial estará vivendo em áreas urbanas até 2030. Com o crescimento populacional e o crescimento das cidades aumentam também os desafios de infraestrutura e os impactos socioambientais.

No Brasil, a Constituição assegura aos cidadãos uma série de direitos que supririam suas necessidades básicas (saúde, educação, moradia, segurança etc.), mas na prática esses direitos não se consolidam. A desigualdade sociocultural e ambiental é uma realidade.

Mudanças profundas nos hábitos e costumes são necessárias para a construção de cidades mais adequadas e sustentáveis, que promovam a VIDA URBANA com mais qualidade. Neste sentido, a sociedade organizada e os setores públicos se voltam para a busca de soluções e alternativas mais saudáveis.

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL e MOBILIDADE URBANA são dois novos conceitos e alternativas de mudanças em prol do meio ambiente e da qualidade de vida.

De acordo com o Conselho Internacional da Construção, a indústria da construção é o setor de atividades humanas que gera mais impactos ambientais: é o que mais consome recursos naturais e energia de forma intensiva. Além disso, gera mais de 50% dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos.

Para minimizar esses impactos, surgiu o paradigma da CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL que visa a “restauração e a manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade e encorajem a equidade econômica”. (Agenda 21, para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento).

O conceito de CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL engloba também a sustentabilidade econômica e social, no sentido de valorizar a qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades. Propõe a redução do consumo de materiais e energia, a preservação do ambiente natural e a melhoria da qualidade do ambiente construído. São inúmeras as recomendações.

O conceito de MOBILIDADE URBANA, por sua vez, surge como um desafio às políticas ambientais e urbanas, cujo padrão de mobilidade está centrado no transporte motorizado individual. Padrão que não protege o meio ambiente e não atende à necessidade de deslocamento das pessoas e mercadorias. Ao contrário: gera congestionamentos, degrada a qualidade do ar, provoca aquecimento global e compromete a qualidade de vida nas cidades na medida em que aumenta o barulho, degrada o espaço público e provoca stress e atropelamentos.

É importante lembrar que a qualidade da VIDA URBANA não depende apenas da administração pública. Depende de todos nós. Cada um pode fazer a sua parte e ajudar a construir uma cidade mais saudável e sustentável.