Texto de introdução à conferência “Nossa Língua Portuguesa, proferida no XXI Congresso Mundial de Elos Internacional.
É sumamente prazeroso discorrer sobre uma língua falada por cerca de duzentos e cinquenta milhões de pessoas em todo o mundo. Língua nascida no velho Lácio e cultivada, trabalhada, burilada e defendida ― ao longo dos séculos ― por luminares da cultura lusíada como Camões, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro, Padre Antônio Vieira, Machado de Assis, Olavo Bilac, Castro Alves, Fernando Pessoa e o Nobel José Saramago, entre tantíssimos outros.
Assim, atendendo ao honroso convite do Presidente de Elos Internacional Máximo Donoso, preparei um singelo texto sobre NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA, como falada nos dias atuais. Mas, como no global world, assim como neste nosso happening, “time is money”, redigi apenas um short speech.
A propósito, pouco antes deste morning meeting ― logo após o breakfast ― fui abordado por um repórter, logo ali entre o hall e o living. Veio pedir meu script para inseri-lo em seu house organ. Na realidade, trata-se de interessante newsletter, cujo mailing list é altamente “in”, incluindo shopping centers, head offices, commercial boards e business points.
Respondi-lhe que tudo estava no press release, distribuído por e-mail, e disponível no site da internet.
Como ele comanda um talk show, insistiu em obter an interview ou, ao menos, uns flashes. Disse-lhe “OK”, eu o atenderia junto ao staff da mass media, no coffee-break ou durante a happy hour.
Chamei então o boy e pedi-lhe que avisasse o public relations e o barman de que usaríamos a sala Vip, ao lado do night club, perto do play ground. O ambiente deveria ser light, com appetizers, sandwiches, soft drinks e scotch ― tudo self service ― aproveitando tanto o layout como o merchandising do show room, com música de DJ , jazz band e um crooner.
Quanto ao meu paper, como não tem copyright, pode ser reproduzido ― sem royalties ― por fax, por xerox ou pela media...
“At last but not at least”, admito que este starting point, este beginning, pode soar algo forçado e snob, merecendo até figurar no Guiness Book por seu record de English words. Retrata, porém, com soft jockes, no american style, nossa permissividade diante da contínua e avassaladora invasão de termos alheios às nossas raízes, estranhos à nossa tradição e avessos à nossa cultura latino-lusíada. Não se trata de xenofobia cega: não há como negar a existência de vocábulos estrangeiros ― principalmente em áreas técnicas ― absolutamente indispensáveis e intraduzíveis.
Ao uso destes, somente, deveríamos nos restringir.
Não seria o caso de se adotar o mesmo princípio do intercâmbio comercial, em que leis específicas protegem o produto nacional contra a importação de similar estrangeiro?
Haveria, assim, a convivência harmônica e salutar entre os termos alienígenas e os vernaculares.
Que diremos, pois, em conclusão:
― Adeus aos estrangeirismos supérfluos ? ou
― Bye bye à Língua Portuguesa castiça ?