(“A comemoração é no dia 16 de Maio e homenageia Aleixo Gary”).
Aleixo Gary (escreve-se com ípsilon) era um francês radicado no Brasil. Vivia no Rio de Janeiro na época do Império. Organizou uma pequena empresa de limpeza e convenceu as autoridades a contratá-lo para promover a remoção do lixo da capital. Ele tencionava assumir a limpeza da capital inteira, mas o contrato abrangia casas do perímetro central e as praias próximas. As demais áreas ficavam desprovidas das melhorias e os mais ricos, com o acúmulo da sujeira nas proximidades de suas casas contratavam particularmente os serviços. Era comum, diante das necessidades, a pessoa dizer: “chamem o Gary, o Gary resolve”. Assim nasceu a denominação dos homens da limpeza. Algo semelhante a Portugal, onde para tarefas semelhantes o lusitano chama o “Almeida”.
Durante 15 anos (11 de outubro de 1876 até 1891), Aleixo Gary cuidou da limpeza carioca. Então ele transferiu o controle da empresa para o seu primo, Luciano, que durou pouco no comando. Em 1892, o Império criou a “Superintendência de Limpeza Pública e Particular do Rio de Janeiro”. A experiência não produziu os resultados esperados. A prestação de serviços deteriorou-se e as reclamações surgiram. Logo as tarefas voltaram para mãos particulares, sem a mesma competência do velho Gari. E novamente o Império precisou ficar com a “empreitada”. Há um curioso registro em arquivo: em 1906 a Superintendência tinha 1.084 muares (burros e mulas) e um pequeno exército de empregados para retirar o lixo das ruas. “Insuficiente” para carregar toda semana 560 toneladas de lixo da cidade.
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