Reinaldo Bressani
Qual o brilho festivo d’um arrebol,
Sua vinda deu a São Paulo, feição única... luzidia.
Deu, também, ao Brasil todo,
Encantos... e versos repletos de alegrias.
Desde que foi aquele menino
Das travessuras entardecidas
E crescido por distração,
Revoou pelo silêncio das poesias da própria vida.
E, pelos revoos da vida inteira
Cantou versos, galas e solidões.
Semeou sonhos... navegou portos.
Foi peregrino de suas próprias razões.
Foi príncipe. Foi plebeu.
Foi menestrel e foi cuitelo
Dos bandolins enluarados...
Foi paulista verde-amarelo
Abraçou São Paulo e sua história
Que não se cansava de cantar.
Vestindo camisa paulistana,
Fez desta cidade o seu altar.
Deixou vivas suas lembranças
Plantadas nos corações
Que se fazem marulhar...
Por lúdicas vibrações.
Deixou sonhos convertidos
Em saudades e lamentos.
Tantas glórias nos deixou...
Que nos causam excitamentos.
Paulo Bomfim é grande exemplo
D’um Acadêmico imortal.
Deixou feitos e poesias
Com a força dum vendaval.
E, igual o Sol, igual a Lua,
Ele deu luz ao seu momento.
Jamais deixou de ter seu brilho...
Hoje rebrilha no firmamento.
Por isso o meu cantar,
Que é um preito de saudade,
É pra lembrar Paulo Bomfim...
O Poeta desta cidade.