Eu, pra quem quer saber, não nasci nesta Capital.
Sou da cidade de Matão, no interior deste Estado.
Todavia, vivendo aqui, há mais de meio século,
Eu posso dizer: hoje, sou um paulistano declarado.
Em tenra idade, para cá eu vim há muito... muito tempo.
Nesta selva de pedra, sem saber, eu cheguei para ficar.
Aqui eu criei raízes e abracei cada canto da cidade.
Portanto, admito: já sou daqui... não há como negar
Minha história está estampada em sua história.
Meu coração, seduzido, pulsa com o frenesi alucinante
Desta cálida metrópole. Pulsa com o aroma místico
Desta melting pot de nuances expressivas e excitantes.
São Paulo é uma cidade de infinitos horizontes.
De oportunidades abertas a quem busca o sucesso
E jamais se intimida com os percalços do caminho.
Destarte, frente à persistência, oferta-nos acessos.
São Paulo, em seu dia a dia, exposta nua e crua,
Expõe seus habitantes a duros desafios e incertezas,
Mas, ao mesmo tempo em que assusta, também cativa...
E nos ajusta a esse estado de tormenta e leveza.
É que, São Paulo tem a magia da esperança una;
Tem a grandeza e as cores da harmonia plena;
A fraternidade universal que propicia a paz
Além da oportunidade de se viver vida serena.
Isso, com certeza, me envolve e alegra o coração,
Pois, São Paulo é cidade com múltiplas identidades.
É um éden sereno, com ares soprados do mundo inteiro,
Os quais, aninhados em suas veias, lhe dão majestade.
E, não lhe falta, absolutamente, quem lhe goste;
Quem lhe ame e cultive, apesar das adversidades;
Quem não se permite trocá-la por nenhuma outra.
É que, aqui as preces são em qualquer idioma. Com liberdade!
Apenas, está faltando quem difunda todo esse amor;
Quem difunda todo esse gostar ingênito da alma
Que o paulistano naturalmente tem, mas não se atém
Que São Paulo é amor que sobre nós se espalma.