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  • Fonte: Justino Magno Araújo

A Pelé, o rei do futebol, a nossa homenagem e o nosso preito de saudade (1940 - 2022)

São Paulo, 2023

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O TEMPLO DO FUTEBOL- ARTE

Eu queria reviver os grandes jogos
Do Pacaembu, da era de Pelé
O público não economizava fogos
Os gols eram aplaudidos de pé.

O estádio é um emblema da cidade
Quando nela não havia delinquência
A plateia torcia sem maldade
O esporte era avesso à violência.

A concha acústica, a estátua de Davi
Também faziam parte da paisagem
O estádio mais bonito que já vi
Neste canto eu lhe rendo esta homenagem.

Leônidas jogou nesse gramado
Foi o grande inventor da bicicleta
Na sua grande estreia ovacionado
O recorde de público de um atleta.

As rádios transmitiam emoção
Pedro Luiz, o grande locutor
Todos os lances descritos em fração
Levavam à loucura o torcedor.

A gazeta Esportiva circulava
Aos domingos, depois das partidas
Chegava às bancas, logo esgotava
Nas fotos as jogadas revividas.

O São Paulo era o Bom Velhinho
De Rui, Bauer e Noronha.
Canhoteiro em dupla com Zizinho
O time com que todo mundo sonha

O Palmeiras era o periquito
Onde Oberdan Cattani brilhava
Sua torcida era um só agito
Waldemar Fiume o time comandava.

No Corinthians o goleiro era Gilmar
Que revezava com o Cabeção
Com Cláudio, Luizinho e Baltazar
Foi Mosqueteiro antes de ser timão.

Até a Portuguesa era esquadrão
Colocou a Fita-Azul no peito
Djalma Santos foi seu capitão
Júlio Botelho, na ponta, era perfeito.

O Santos conhecido por Baleia
Teve Del Vecchio, Vasconcelos e Pagão
Encontrou Pelé, o maior meia
Fora-de-série ele já nasceu campeão.

O templo do futebol-arte
Dos dribles e dos gols sensacionais
O Pacaembá da história faz parte
Dos penta-campeões mundiais!

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Edson Arantes do Nascimento,
Nasceu na mineira Três Corações
No futebol, um excepcional talento,
Como Pelé, o maior dos campeões.

Em Bauru viveu parte da infância,
Chegou a jogar pelo Baquinho,
Sua diversão era correr quando criança
Atrás da bola, já era um "craquinho”.

Quando menino era chamado de Dinho
O nome Pelé ganhou na mocidade,
Conhecido como o filho de Dondinho,
Assim criou sua fama na cidade.

Waldemar de Brito então o conheceu,
Elogo ficou maravilhado,
Viu um gênio que ao Santos remeteu,
Surgiu Pelé, um ser predestinado.

O conhecido time santista,
Campeão da técnica e da disciplina,
Com Pelé foi somando as conquistas,
Ganhar títulos virou uma rotina.

Com Coutinho formou duo infernal,
As tabelinhas por eles inventadas,
Do Santos, eram a arma mortal,
Não raro resultando em goleada.

Enquanto permaneceu no Brasil
Somente do "Peixe" vestiu a camisa,
A gratidão a quem o descobriu,
Fidelidade a uma única divisa.

Contra o Juventus, na rua Javari,
Dando "chapéus" nos defensores aflitos,
Com vários toques na bola, sem cair,
Marcou o gol considerado o mais bonito.

Com Garrincha atuou na Seleção,
Este era o Chaplin da ponta-direita,
No jogo "entortavam" qualquer marcação
Ninguém detinha a dupla perfeita.

Pela Seleção Brasileira disputando,
Foi 3 vezes Campeão Mundial,
Nenhum outro jogador o superando,
Nessa conquista mostrou-se sem igual.

Marcou mais de 1.000 gols na carreira,
Uma façanha realmente impressionante,
A bola sempre foi sua parceira,
E lhe deu um cenário deslumbrante.

No time do Cosmos afinal encerrou,
A sua fabulosa e magistral jornada,
E Nova York inteira celebrou,
A suga de Pelé, aqui narrada!

(Em homenagem ao 70º Aniversário de Pelé em 23.10.2010)

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