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  • Fonte:   Carolina Ramos

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O sol tombando a flama purpurina
no leito azul, sereno, se aninhava.
Era setembro, sete, na colina,
D.Pedro as cartas de Além-mar folheava.

Súbito, olhando a plácida campina
que às margens do Ipiranga se espraiava,
ouve a prece da Terra ainda menina,
que, pouco a pouco, se fazia escrava.

Eclode um grito: - “Independência ou Morte!”
Todo o Brasil é um brado de repulsa!
Rolam por terra os laços! Sul a norte,

ruge o Titã, pelo clamor desperto!
E ardendo em brios canta, freme, pulsa,
exulta um povo... dos grilhões liberto!