Cavalga a pálida luz no galopar errante
Sem rumo a espargir mágoa e fantasia
É o frêmito martírio do fugaz instante
Da sedução retida na amarga nostalgia.
A luz trafega solitária na loucura incerta
Afável refém da noite rendida à finitude.
A esmaecida paixão já não mais desperta
Do sono feito sonho absorto na quietude.
Do fatigado corpo de decepções exaurido
De lutas perdidas e o frágil coração ferido.
Esvoaça ainda o espírito na saga do além!
Da imortalidade vibra um brado no infinito
É dor! Desamor! No silêncio o contido grito
As iníquas relíquias! Recordações de alguém!