Se a solidão tanto oprime - o remédio que redime - mitigando a saudade!
É a entrega ao doce abraço - a curva contornando o traço - alento além da amizade!
Somos feitos de igual tempero - tristeza e desespero - desilusão e vazios!
Os ímpios não tem esmero - a eles eu reverbero! Querida: ouve os cicios!
Cicios que brotam em carícias - olvidando as sevícias - que o tempo nos impõe!
Querida! O amanhã é talismã! No aroma da romã - o desejo se recompõe!
Distâncias! Circunstâncias! Sufocadas em torpes ânsias! Ampliam-se em mágoas e dor!
Um vinho dos deuses do Olimpo - torna o espírito limpo - e devolve à vida o sabor!
Vem! Ó fada dos meus dias - guirlanda tecida em alegorias - pérola a mais brilhante!
Quero-te! Um dia qualquer - és ditosa mulher! És paixão! Ilusão! Di amante!!!