Há três dias no volante,
Vou rodando nesta estrada
Do fundão deste Brasil,
Pela sorte abandonada.
É um chão esburacado
Que só faz me atrasar.
E se a chuva está presente,
No atoleiro vou ficar.
Eu sozinho neste inferno
Com ladrões me espreitando.
Grande levas de pedintes
E uma vila, vez em quando.
Lugarejo bem simplório...
Fim de mundo, de doer,
Onde a vida dessa gente
Faz a lágrima correr.
Oh! meu Deus, eu já nem sei,
Nesta vida o que é pior.
Se é o caminho de perigos,
Ou se é a miséria ao redor.