Misticismo e encantamento
No esplendor que vem do Sol...
Brilho cálido que só traz vida
À nossa Terra o arrebol.
Quando cedo, ao lado leste,
Luminescente vai surgindo
Bem na fímbria do horizonte...
Em vermelho reluzindo,
O luzeiro de esperanças
Sobre as relvas orvalhadas,
É lume intenso que seduz
Com visões tão rendilhadas.
Nas manhãs traz o alvor
Que a anteaurora prenuncia...
Vicejam flores, cantam pássaros,
E como encanto... faz-se o dia!
E à labuta vai o homem
Pelo pão que é o seu sustento.
Ara a terra, planta e colhe,
Por sua vida... seu intento.
Vive a vida intensamente
Todo ser que é deste mundo.
Voam aos céus as andorinhas
Em vôo esperto tão fecundo.
Até que chega a tardinha
E o descanso necessário.
E também chega o arrebol
- Divisão de dois cenários.
Lusco-fusco avermelhado,
A colorir o fim do dia.
É o crepúsculo, no oeste,
Que a nós todos extasia.
E pra que a vida não se canse
E nem o tédio se estabeleça,
Há a escuridão da noite
Pra desligar nossa cabeça.
Outro encanto vem nos sonhos
Refloridos por girassóis
- Deleitantes fantasias...
Quais luzentes arrebóis.