Reinaldo Bressani
Nossa vida, em seu curso, tem tantas nuances que dificilmente caberiam numa paleta de cores.
E é de se acreditar que, dentre essas nuances, em primeiro plano, estaria o amor que se espalma sobre nós pelas mãos do Criador, sendo, portanto, uma riqueza celestial que nos foi legada e a qual não podemos jamais, ignorar, ou sequer, negligenciar, sob risco de nos privarmos de tão belos e poderosos eflúvios que nos proporcionam o conforto e o sabor contidos nas nuances e messes desse elã absolutamente pertinente ao princípio do milagre da vida.
Mais ainda: sob um olhar poético, eu diria que ela, a vida, estaria naturalmente ornamentada com a intensidade daqueles gestos maternais – de bênçãos e amor – que, um dia, acalentaram cada um de nós, envolvendo-nos com a proteção de suas preces.
Portanto, sempre que sentirmos esmorecerem-se nossas forças, nossas esperanças, nossa fé, temos que buscar fortalecê-las na perenidade das luzes postas em nosso caminho por aquelas preces e bênçãos, com as quais nos brindou o amor maternal, profuso e incondicional, e de expressão claramente celestial que nos acompanham desde sempre.
Dá, até mesmo, para questionar se não seria, talvez, o amor, uma divindade ofertada pelos céus, generosa e aglutinadora de almas afins, cuja fortuna (sorte) seria a magia de seus efeitos sobre os homens.
Destarte, em sendo a vida uma semente que brotou do amor e das preces dele avivadas, somente no amor ela irá reflorir pela finitude do seu tempo.
Razão pela qual, o amor, de fato, seria uma aura de generosidades, que reveste a alma do ser humano e o harmoniza com as cores da paixão pela própria vida.