Geraldo Nunes
São Paulo querida,
Eis que chega o dia do seu aniversário e mais uma vez, graças ao bom Deus, estou aqui para falar de você e te cumprimentar.
Sim, há o que comemorar nesta data e sempre haverá.
Nunca esquecerei de dizer que tudo o que sou, que sei e o que aprendi, devo a você.
O que há de mais doce na vida, vivi em São Paulo e os amargores da dor, experimentei aqui também.
Confesso, muitas vezes te detestei, lamentei morar aqui e tive oportunidades para ir embora.
Na hora de partir, faltou-me vontade de dizer adeus, porque em São Paulo há sempre muito o que fazer e realizar.
Por isso, és a terra do trabalho e em meio às tuas contradições dentro deste Brasil gigante.
És a filha mais rica e a mais pobre entre todas as cidades.
Certa vez alguém me disse, acho que foi Lourenço Diaféria, o mais apaixonado cronista que conheci:
"Para entender São Paulo, é preciso pensar como o apóstolo dos gentios. Após compreender Jesus, caíram-lhe escamas dos olhos. Para compreender São Paulo é preciso que nós também percamos, as escamas dos nossos olhares.”
Mas hoje é 25 de janeiro, o dia do teu aniversário e como é feriado, irei rezar por ti, minha querida São Paulo, e pedir a Deus que outros filhos teus, venham amar você, como eu te amo.
Viva São Paulo!