Frances de Azevedo
Quem poderia imaginar que as XXXII Olímpiadas ou Olimpíadas Tóquio 2020, seriam realizadas no ano seguinte, em 2021?!
Mas foi o que aconteceu!
E qual a razão?
Este ano (2021), tivemos os Jogos Olímpicos de 2020, no Japão, cujo início ocorreu em 23 de Julho e teve seu término no dia 08 de Agosto.
Tudo em decorrência da Pandemia pelo Coronavírus que, ao que consta, principiou, lá na China, na região de Wuhan, originária dos morcegos...
No Brasil, não se tem uma data precisa, mas, no dia 14 de Março de 2020, as primeiras restrições de convívio social foram divulgadas.
O símbolo dos Jogos Olímpicos, como se sabe, são cinco circunferências, aros ou anéis coloridos, entrelaçados, representando cinco continentes: O azul, a Europa; o amarelo, a Ásia; o preto, a África; o verde, a Oceania e o vermelho, as Américas. O entrelaçamento é para dar voz a valores como o universalismo e o humanismo!
Sobre o número de Continentes há controvérsias, eis que alguns cientistas ou geógrafos levam em consideração alguns aspectos, como área cultural, política ou física, se habitado ou não, como no caso da Antártida.
Há outros que insistem num sétimo continente, ou subcontinente: a Índia.
Controvérsias à parte, o símbolo das Olimpíadas segue o modelo tradicional de considerar cinco continentes.
Quais os heróis dessas Olimpíadas?
Eu responderia: TODOS, porquanto esses jogos foram de verdadeira superação, a começar pela OMS - Organização Mundial da Saúde ao determinar que fossem suspensos em 2020 e realizados em época oportuna.
Os médicos, enfermeiros, auxiliares da área da saúde, participaram heroicamente dando o necessário respaldo para que os atletas competissem com segurança. Tanto que, poucos foram os casos detectados entre os atletas, durante sua realização.
O povo japonês deu exemplo de superação, de grandeza, de gratidão, de amor, acolhimento, simpatia.
O buquê ofertado aos ganhadores foi composto de flores amarelas, verdes e azuis (girassóis, eustomas, selos-de-Salomão e gencianas) oriundas de três distritos do nordeste do Japão que foram arrasados pelo terremoto e tsunami de 2011 que provocou o acidente nuclear de Fukuhisma. Simbolismo que diz bem de perto do sentimento japonês de sempre cultuar e respeitar seus mortos.
A abertura dessas Olimpíadas, revestida de alta tecnologia, deixou sem folego os espectadores, ao som da música (Imagine) de John Lennon!
No ar, balé de drones. Sim, de drones, em perfeita e fantástica coreografia, com desenhos em 3D formando os pictogramas (desenhos figurativos) das cinquenta modalidades olímpicas!
As apresentações humanas de uma singeleza ímpar, típica de uma nação sem ostentação. Prenhe de poesia, singeleza sutil...
Que ESPETÁCULO!
Não poderia ser diferente o encerramento, onde o espirito de união, solidariedade, paz, amizade entre as nações, pontificou soberano, levando às lágrimas.
O esporte, no palco principal, representou o abraço universal das nações, a superação do ser humano onde, apesar do uso de máscara, o sorriso foi possível, extravasando pelos olhos!
Na bancada dos discursos finais, eu notei uma BORBOLETA. Sim uma borboleta. Cheguei mais perto de minha TV para ver aquilo que parecia um defeito. Na verdade, tratava-se de uma borboleta de asas fechadas, ali, quietinha, ouvindo...Até que, alçou voo no momento em que o Presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, discursava. Que simbolismo, naquele momento: de transformação, felicidade, beleza, renovação e, com certeza, ressureição, para que os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, representem um porvir risonho; a fênix renascida das cinzas!
Salve! Salve! Olímpiadas Tóquio 2020, para sempre em nossa memória!
A R I G A T O!