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Lázaro Piunti

Junho de 2020 começou preocupante.

Donald Trump, presidente dos EUA, inconformado com a exportação chinesa do COVID-19 anunciou sérias represálias ao País mais povoado do planeta.Lazaro Piunti b1860

De fato, a comunidade científica mundial não perdoa o governo comunista chinês pela demora em isolar a região de WUHAN quando o vírus se manifestou. Evitando usar a pandemia como arma motivadora das retaliações, Trump veste o escudo da crise de Hong Kong e vai ao ataque!

Esse pequeno território é um paraíso multinacional na expansão do mercado livre, onde o sistema financeiro internacional reina impávido.

Hong Kong pertence à China desde 200 anos antes de Cristo. Explorado pelo Reino Britânico por longo período, sofreu a ocupação japonesa e voltou à órbita inglesa no fim da Segunda Guerra, mediante acordo internacional garantindo a reintegração à China em 1997. De lá para cá se criou uma espécie de “dupla governança” (Região Administrativa Especial) e os seus habitantes gozam de relativa autonomia política e administrativa. Contudo, sem rompimento ao vínculo umbilical com o “ventre materno”, a comunista República Popular da China. A situação local é explosiva. O povo exige mais Liberdade e Pequim ameaça reprimir.

Nesse panorama, Donald Trump resolve esmurrar a mesa prometendo jogar pesado. Ele se contrapõe a Pequim e acena com apoio aos revoltosos de Hong Kong. Até onde poderá chegar a intervenção dos EUA?

Limitar-se-á às sanções econômicas? Conflito bélico nem pensar. A China não é mais a “Cortina de Bambu” dos primórdios do regime totalitário de Mao Zedong. Que, aliás, bem antes da Revolução Cultural já produzira sua bomba atômica!

Pode ser que Trump esteja apenas fazendo jogo de cena para agradar o público interno, de olho na sua própria reeleição. Talvez seja só bravata! Porém, mesmo o “trucar em falso” é extremamente perigoso quando chefes de superpotências arreganham os dentes! 

O mundo já está sofrendo demais nesta quarentena controversa pontilhada de mortes - onde tantos palpitam suas razões e poucos procuram semear a Paz e a Solidariedade!

 

*Este texto ficaria atrofiado e incompleto, se a ele não fosse acrescentada outra hipótese explicando a atitude ameaçadora de Donald Trump: as violentas manifestações antirracistas nos EUA, após o hediondo crime praticado por um policial branco contra um negro indefeso. A morte de GEORGE FLOYD em Minneápolis prejudica sua imagem. E Donald Trump tem pressa em mudar o cenário!