A imoralidade e a podridão escondidas por trás da Copa Mundial de Futebol no Catar precisam ser escancaradas. A humanidade não pode e não deve ignorar as afrontas e agressões à Vida e aos direitos legítimos do ser humano. É intolerável a crueldade praticada contra pessoas vulneráveis e consequentemente incapazes de se defender. O CATAR é um pequeno País e seu território cabe dentro de Sergipe, o menor dos Estados do Brasil. Porém, é um País riquíssimo, onde o petróleo jorra em abundância e o gás natural brota do seio da terra. Para construir estádios faraônicos, verdadeiras obras de arte, o Emirado catariano autorizou a atuação de empresas estrangeiras e portentosas multinacionais contrataram mão de obra recrutada entre as Nações mais pobres do Planeta. Os operários assinam contrato que não prevê qualquer direito pelo trabalho a exercer. Eles vieram aos milhares principalmente do Paquistão, Nepal, Sudão, Índia e de pequenos lugarejos do Oriente. A jornada normal de trabalho é de quinze horas diárias e apenas uma folga mensal. A remuneração atinge no máximo um salário-mínimo mensal, acréscimo de alimentação precária, à base de mingau de arroz, suco e chá.
Bebida alcoólica dá cadeia e chibatadas são aplicadas ao menor desvio de conduta. O homossexualismo leva à prisão e até mesmo ao fuzilamento. Nos alojamentos sufocantes se amontoam seis a doze pessoas em beliches no mesmo quarto. As altas temperaturas são constantes no Catar. Os serviços nas obras não oferecem o mínimo de segurança e os acidentes são comuns. Estatísticas comprovam que aproximadamente quatro mil operários morreram nos últimos dois anos, despencando dos prédios em construção. A maioria das vítimas é de gente jovem, pouco mais de vinte e cinco anos. Os corpos são sepultados por lá mesmo e a empresa informa à família, com atestado médico suspeito, declarando que a vítima faleceu de “ataque cardíaco decorrente de causas naturais”! E assim se livra do pagamento de indenização aos familiares. O NEPAL é um dos maiores fornecedores de serviçais ao Catar e oficialmente já morreram mais de setecentos nepaleses nas obras de construção dos estádios onde se joga a
Copa. Denúncias e clamores de setores religiosos e Organizações Não Governamentais (ONGs), conseguiram, ao menos, chamar a atenção da FIFA e a poderosa organização futebolística prometeu timidamente interferir. Por enquanto, só promessa!
Lázaro Piunti - 04/12/2022.