Di Bonetti

Há palavras que não envelhecem.
Palavras que florescem, mesmo quando o tempo parece árido.
Assim são as palavras do poeta paulista Paulo Bomfim — simples, mas cheias de alma, nascidas da terra e regadas pela gratidão.
Em cada verso, ele soube transformar a realidade em ternura. Cantou São Paulo, o povo, os amigos, a natureza, e sobretudo, o humano que habita em todos nós. Paulo tinha o dom de olhar o mundo com doçura e devolver em poesia tudo o que via — como quem planta amor em cada sílaba.
Em seu poema Dia do Professor, o poeta nos lembra que ensinar é um ato de fé e esperança. Ele escreveu:
“Dia de professar amor,
Dia de semeadura,
Dia da colheita...”
E é isso mesmo. O professor semeia em silêncio, rega com paciência e colhe, um dia, o florescer do saber no olhar de quem aprende.
Paulo entendia que a educação é o caminho que conduz o homem à sua própria grandeza.
Em tempos em que tantos se esquecem do valor da palavra e da escuta, lembrar o poeta é também lembrar que educar é um gesto poético. É transformar o outro sem impor, apenas despertando.
Hoje, no Dia do Professor, ecoam as palavras de Paulo Bomfim como um agradecimento a todos os mestres — os que nos ensinaram a ler o mundo, a sonhar, a resistir e a recomeçar.
Porque, como ele escreveu,
“Somos infância de novo,
Trazendo a flor de um sorriso,
A gratidão que floresce
No dia do professor.”
E é exatamente essa gratidão que permanece viva — nas palavras do poeta e nos corações de quem aprendeu com ele que ensinar também é uma forma de amar.
Poesia de Paulo Bomfim – O dia do Professor
Dia do professor
Dia de professar amor,
Dia de semeadura,
Dia da colheita,
Dia da saudade,
Dia da Esperança,
Dia do professor,
Dia de gratidão!
Na lonjura dos rincões,
Nas periferias da vida,
Nos subúrbios do sonho,
Na caminhada dos rios,
Nas caatingas, no cerrado,
Nos pampas, nos igapós,
Nas veredas do sertão,
Nos vilarejos, nas praias,
Na inquietação das cidades,
Somos infância de novo
Trazendo a flor de um sorriso,
A gratidão que floresce
No dia do professor.
