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Fonte: Blog Alex Fraga - Ana Maria  Bernardelli fez uma análise literária da crônica em que Raquel Naveira descreve o quadro de Elias Layon.

Raquel Naveira, em sua crônica "Morro São Sebastião-Ouro Preto”, descreve quadro do artista plástico Elias Layon, em seu quadro.

Raquel Naveira em seu texto, utiliza um tom intimista, convidando o leitor a partilhar de suas memórias e impressões pessoais, o que é um aspecto chave na crônica. Sua criatividade se destaca na maneira como ela transforma a descrição de uma pintura em uma viagem emocional e sensorial.

Quadro Elias Layon 71520

A autora consegue captar a essência pictórica do quadro de Elias Layon, utilizando palavras como pinceladas para recriar as imagens na mente do leitor. Descreve a neblina, os portais e a magia do espaço com uma precisão que remete diretamente à técnica do artista. Raquel Naveira, titular da cadeira 07 da Academia Cristã de Letras – ACL não apenas descreve o visual, mas também evoca a atmosfera e o sentimento que a pintura transmite, o que é uma realização notável.

O ritmo da crônica é fluido e bem cadenciado, refletindo a calma e a contemplação que a observação de uma pintura pode evocar. Naveira começa com uma reminiscência pessoal, o que dá um toque nostálgico e íntimo ao texto, típico das melhores crônicas. A crônica segue uma estrutura solta, mas bem organizada, começando com a memória da professora e  voluindo para a descrição detalhada do quadro. Essa progressão natural é um ajuste perfeito às características do gênero, que preza pela reflexão pessoal e observação do cotidiano.

A linguagem utilizada por Naveira é rica e poética, adequada para transmitir a beleza e a complexidade do quadro de Layon. Termos como "toalha fina de cristais"; e "sangue vertido regara o sonho da liberdade"; mostram uma sensibilidade aguçada para a escolha das palavras, criando imagens vívidas na mente do leitor. A sensibilidade da autora é ainda mais evidente na maneira como ela conecta a descrição da pintura com suas próprias emoções e memórias de infância, mostrando uma profunda ligação entre arte e vida pessoal.

Raquel Naveira, em sua crônica, oferece ao leitor uma experiência rica e imersiva.

Utiliza uma linguagem poética e descritiva para recriar o quadro de Layon, capturando não apenas o visual, mas também a atmosfera e os sentimentos que ele evoca. Naveira ajusta-se perfeitamente às características da crônica, proporcionando uma reflexão pessoal que ressoa com o leitor. Sua sensibilidade e criatividade transformam a descrição de uma pintura em uma jornada emocional e sensorial, evidenciando seu talento literário e sua capacidade de conectar arte e vida de maneira profunda e significativa.