As urnas falaram. Com menos vozes, pois cresceu o número de ausências. Muitos não votaram desencantados com os políticos, ou afugentados pela Pandemia.
Prefeitos e Vereadores eleitos se preparam para assumir seus mandatos.
Focalizemos aqui o papel do Vereador. Embora a legislação restrinja bastante as atividades parlamentares nas Câmaras Municipais, ainda há espaço para quem almeje desempenhar corretamente as funções.
FISCALIZAÇÃO, sem dúvida é a principal tarefa do Vereador! Fiscalizar os atos do Executivo, pois o prefeito, com a “caneta na mão”,
maneja orçamento milionário. E nos limites da legalidade o gestor “manda e comanda”. É o fazedor de obras.
O Prefeito faz e o Vereador fiscaliza! Vigiar os atos do Prefeito é dever do Vereador! O Vereador não serve só para dar nome de rua à pessoa falecida. Há outras obrigações:
aprovar ou rejeitar projetos, elaborar requerimentos cobrando informações do Executivo, formular Indicações - sugestões ao Executivo - podendo inclusive votar a cassação do mandato do prefeito corrupto mediante
criação de Comissão Especial de Investigação (CEI).
O Vereador dispõe de arma poderosa: A PALAVRA! Ele tem imunidade para se manifestar na tribuna da Câmara ressaltando os feitos ou denunciando os malfeitos do governante. Ele, Vereador, representa o povo
e fala em seu nome!
O mandato é a Procuração para proteger os interesses coletivos favorecendo o bem estar geral. Há duas frentes de atuação política: Situação e Oposição! Não significa ser obrigatório ao Vereador situacionista apoiar
cegamente o prefeito. De igual forma o Vereador oposicionista não deve ser contra tudo. Quem apoia compõe a chamada “base de sustentação do prefeito” e responsavelmente coopera com o Executivo na
aprovação de projetos honestos submetidos á análise do Poder Legislativo.
Ao Vereador da oposição, com grandeza cívica, compete referendar as proposituras do prefeito, quando estas são dignas! Vereador obediente ao prefeito deve ser repudiado. Causa asco e nojo “vaquinha de
presépio”. Na Situação ou na Oposição é horroroso o comportamento de quem negocia apoio ao prefeito em troca de nomeação de parentes, cabos eleitorais, ou recebimento de “mensalinho”. Esse traidor, já
corrompido, vira marionete nas mãos do Executivo e vota sempre a favor justificando-se com a velha prosa... “não quero atrapalhar o prefeito”. Quem age assim é hipócrita. Nesse caso, o “Vossa Excelência” vendeu o
mandato à “Sua Excelência”, o Prefeito.
Lázaro Piunti