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  • Fonte: Frances de Azevedo - Abril/2020

A filosofia dos três oitos, ou o modelo clássico de viver a vida, onde fracionamos nosso dia em: oito horas para trabalhar, oito horas para dormir e oito horas para o lazer, há muito é conhecida.

Interessante, pelo que pude constatar, que se inicia pelo trabalho. E para isso há uma razão. Ao que consta, essa divisão teve inicio no final do século XVIII, pós Revolução Industrial, onde Robert Owen, reformistaFrances de Azevedo 2 56cce social inglês,  preocupou-se em melhorar as condições de vida dos seus empregados.

No que tange ao item trabalho, tal vem sendo adotando pela maioria dos países, inclusive o Brasil, constando de nossa legislação trabalhista o respeito às oito horas.

Todavia, na realidade, bem sabemos que essa divisão igualitária não se aplica aos dois outros itens, quais sejam: oito horas de descanso e oito horas de lazer. As razões são múltiplas. Apenas para citar uma delas, em nosso país, temos a mobilidade urbana, onde o individuo fica horas e horas no trânsito, se não pelo acúmulo de veículos, provocando engarrafamentos, como pelo distanciamento entre sua moradia e o seu local de trabalho!

Hoje, dada à tecnologia, esse statuo quo vem se alterando, pois já há trabalhadores Home Office, ou seja, que trabalham em casa!  

Aliás, há quem diga que as oito horas “legais” poderiam ser reduzidas por excessivas em algumas modalidades de trabalho ou inúteis em outros. Nesse último, exemplificando, é o caso do trabalhador que executa sua tarefa em menos horas de trabalho e se queda  ali, na empresa, tão somente para cumprir as tais oito horas. Ociosidade que leva a desgastes econômicos e sociais!

Resumindo, essa divisão tão igualitária, inexiste.

Fiz essa introdução para falar do TEMPO. E ao falar do Tempo, lembro aqui, a Teoria Schumann (Winfried Otto Schumann: Físico alemão), segundo a qual, a terra possui um campo eletromagnético bem acentuado que tem pulsações num determinado número exato por segundo e que devido à alteração nesse número, o Tempo aqui na terra passou de 24 horas para 16 horas. Difícil de entender, porém essa é a sensação, pois realmente, na época atual, sentimos o Tempo passar mais rápido. Um ajuste na frequência correta, voltaríamos a um estado de ressonância com a frequência adequada para experimentar benefícios, tais como melhora na leitura e aprendizagem, rejuvenescimento, equilíbrio e tolerância ao estresse. (Segundo opinião de estudiosos).

Por se tratar de teoria, naturalmente é discutível, porém não descartável, até que seja provada cientificamente.

Por que a menciono?

Estamos passando por um período atípico, inimaginável, onde somos obrigados a ficar em casa, em confinamento, dada à Pandemia do CORONAVIRUS ou COVID 19, onde um vírus aterroriza nosso Planeta Azul. Sequer podemos vê-lo a olho nu, e olha o estrago que o mesmo vem provocando!

Estar confinados nos conduz invariavelmente para a questão TEMPO!

Não tenho Tempo, Não dá, não posso...

Isso pertence ao passado, pois

Agora Tempo é o que mais tenho.

Tenho tanto Tempo, tanto, tanto,

Que sequer sei o que fazer com ele...

O que é o Tempo?

Tenho como controlá-lo?

Nós fazemos o nosso Tempo

Ou ele é inexorável e se abate sobre nós?

Há um Tempo só ou

Múltiplos Tempos num só dia?!

Somos tão controlados pelo Tempo,

Tempo de vida! Quanto nos resta

De Tempo para isso, aquilo, aquilo outro?

Tempo para ir, para chegar, para voltar,

Tempo para ficar, esperar, aplaudir,

Tempo para dizer, pensar, representar...

Agora que tenho um Tempo enorme

Faço uma reflexão para dar

Tempo ao Tempo, esperando

Que ele pare hoje, um pouquinho só

Para que juntos, a Humanidade reflita

Sobre como usar melhor o

Seu Tempo para o bem comum

Onde o Amor, Fraternidade e Paciência

Sejam o tripé a imperar

Nos relacionamentos sociais,

Familiares... Assim, não haverá

Tempo perdido em discussões inúteis,

Nem para o egoísmo, a ira, o ódio...

Que venham NOVOS TEMPOS

Onde a PAZ UNIVERSAL impere!

                        Frances de Azevedo

                        Cadeira 39 da ACL