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  • Fonte: Lázaro Piunti

13 Lazaro Jose Piunti 33f60Escrevo este texto algumas horas antes das eleições. Para dizer o óbvio: infelizmente o Congresso Nacional continuará dominado pelas velhas raposas.

A renovação será inferior aos 40% da composição atual. Explico. A enganosa “reforma partidária” foi feita para beneficiar os detentores de mandatos eletivos. O dinheiro público sustenta o “Fundo Partidário”. E os recursos, de acordo com a lei aprovada no Congresso, são manuseados pelos presidentes dos partidos.

A conclusão é lógica. Os donos dos partidos montam seus esquemas, fazem as dobradinhas eleitorais, casando candidaturas do Federal com o Estadual e alimentam a campanha com o dinheiro do Fundo Partidário. Aos candidatos novos restam migalhas do aporte financeiro oficial.

O dono do partido distribui a verba como bem entende. Tem mais: gente nova e independente dificilmente consegue filiação nos partidos políticos. Simplesmente os chefes de partidos não aceitam suas inscrições. E, sem filiação, não há candidatura. Por isso os candidatos são quase sempre os mesmos.

Só haverá mudança substancial por meio de verdadeira reforma eleitoral e partidária no País. Algo detestado pelas elites de todos os partidos políticos. Nesse ponto formam uma só família! Prognóstico? Depois de domingo (7/10/18), quatro partidos dominarão a Câmara Federal: PT-PSDB-MDB-PP. Os demais completarão as vagas restantes. Poucos parlamentares de primeira viagem vão se eleger.

A vontade popular é assim oficialmente fraudada. Na base do sofisma. No disfarce sem rubor ou vergonha. Prática legal, porém, ilegítima. E imoral.

Ou as Reformas estruturais são feitas ou o Brasil não se livrará jamais do lamaçal que o sufoca. A formatação dos partidos começando pela base municipal, mediante filiação livre e democrática dos interessados e a implantação do Voto Distrital são algumas das alternativas de mudança.

A escolha de candidatos em sua Região elimina o poder de compra do voto, purifica a campanha e dá mais justiça à disputa. A ruptura do Sistema é urgente. E se não for feita pela via democrática, no chamado parto natural, haverá um momento em que será feita a fórceps. Convenhamos: não será o melhor caminho!

*Não quis elaborar um texto de desalento, mas este é o cenário. Somos nós, povo brasileiro, os responsáveis pela situação a que chegamos. Uns pela omissão. Outros, por conveniência. Não culpemos Deus por isso!

Lázaro Piunti

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03/10/18.